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Nota: Para outros significados, veja Bahia (desambiguação).
Um dos primeiros núcleos de riqueza açucareira do Brasil, recebeu a Bahia imenso contingente e enorme influência de trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para comercialização, visando suprir os engenhos e as minas de ouro da colônia.[14] Esses indivíduos escravizados procediam em especial do Golfo da Guiné, das antigamente chamadas costas dos escravos, da pimenta, do marfim e do ouro, no oeste africano, com destaque para o Império de Oyo, fundado e habitado pelo povo iorubá, e o antigo reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois, o Rio de Janeiro recebeu escravos de Angola e Moçambique.[15] Assim, a influência da cultura africana na Bahia permaneceu alta na música, na culinária, na religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o tabuleiro de acarajé, vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da costa, a típica baiana.
A Bahia é considerada a parte mais antiga da América Portuguesa, pois foi na região de Porto Seguro — posteriormente incorporada ao território baiano — que a frota de Pedro Álvares Cabral ancorou, em abril de 1500, marcando o descobrimento oficial do Brasil pelos portugueses e a celebração da primeira missa, na praia da Coroa Vermelha, presidida pelo frei Henrique Soares de Coimbra.[14][16] É de se destacar também o decreto de abertura dos portos às nações amigas, promulgada em 28 de janeiro de 1808 por meio de uma Carta Régia pelo príncipe regente Dom João VI de Portugal, na Capitania da Bahia, acabando com o monopólio comercial e abrindo a economia brasileira para o comércio exterior.[17][18][19][20] Em 1º de novembro de 1501, o navegante florentino Américo Vespúcio, a serviço da Coroa portuguesa, descobriu e batizou a Baía de Todos-os-Santos, maior reentrância de mar no litoral desde a foz do Rio Amazonas até o estuário do Rio da Prata. O local foi escolhido para abrigar a sede do governo-geral em março de 1549 com a chegada do fidalgo Tomé de Sousa, a mando do rei Dom João III de Portugal para fundar a que seria, pelos próximos 214 anos, a cidade-capital do Brasil Colônia, Salvador.
Ao longo da história, a Bahia recebeu diversos encômios como Boa Terra e Terra da Felicidade, por causa de sua população alegre e festiva.[21] Possui um alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e de valor histórico e cultural. Apesar de ser a oitava maior economia do Brasil, com o produto interno bruto superior a R$ 150 bilhões, são pouco mais de R$ 11 mil de PIB per capita. Isso gera um quadro em que a renda é mal distribuída, se refletindo no Índice de Desenvolvimento Humano: 0,66 em 2010, o sexto menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento Humano de 2010 do Egito.[22] Na Bandeira do Brasil, o estado da Bahia é representado pela estrela Gamma Crucis (? Crucis) da constelação do Cruzeiro do Sul (Crux).[23]
Topônimo
O topônimo "Bahia" é uma referência à Baía de Todos os Santos, a qual deu o nome, originalmente, à Capitania da Baía de Todos os Santos. A capitania foi transformada, em 1821, em província. Em 1889, a Província da Bahia tornou-se o atual Estado da Bahia."Bahia" é a grafia antiga para "baía", a qual se conservou, no Brasil, por uma questão de tradição. No entanto, na variante europeia da língua portuguesa (destacando aí Portugal), a grafia também correta e usual é "Baía"; os dicionários portugueses como o da Porto Editora,[24][25][26] o da Texto Editores e o da Academia de Ciências de Lisboa, que é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, definem a palavra baiano como alguém que é originário do estado brasileiro da Baía, utilizando essa grafia.
O gentílico "baiano", já supracitado, não conserva a ortografia antiga. Embora a grafia Bahia siga as regras gerais da atual ortografia da língua portuguesa, está registrada na quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia já estava consagrada como exceção no ponto 42 do Formulário Ortográfico de 1943:
Ainda que a grafia Bahia seja universalmente adotada pela população brasileira, tal grafia suscita dúvidas a gramáticos e lexicógrafos como o ortógrafo e lexicógrafo brasileiro Evanildo Bechara, que considera a grafia Bahia, «um capricho imposto à nação»,[28] e Napoleão Mendes de Almeida, que qualifica tal grafia como «espúria».[29]
"Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo Bahia, que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao Estado e à cidade que têm esse nome. Observação. — Os compostos e derivados desses topônimos obedecerão às normas gerais do vocabulário comum".
História
Ver artigo principal: História da Bahia
Colonização portuguesa
Ver artigos principais: Colonização do Brasil e Descoberta do Brasil
Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, fundou Salvador, que se tornou a primeira capital do país em 1549, vendo a necessidade de se criar um centro político e administrativo capaz de congregar todas as capitanias, sendo, por muitos anos, a maior cidade das Américas. Em 1572, o governo colonial dividiu o país em dois governos: um, em Salvador e o outro, no Rio de Janeiro. A situação se manteve até 1581, quando a capital do Brasil passou a ser, novamente, apenas Salvador. A capital foi transferida para o Rio de Janeiro definitivamente em 1763 motivada por rei Dom João V devido a descoberta do ouro e pedras preciosas em Minas Gerais e que pudesse ser numa cidade de mais fácil acesso às regiões mineradoras.[32] Desde então, o eixo Sul-Sudeste se consolidou como o novo centro econômico e o aparelho político-administrativo do Brasil.
Em Salvador, concentrou-se uma grande população de europeus, índios, negros e mestiços - em decorrência da economia centrada no comércio com dezenas de engenhos instalados na vasta região do Recôncavo.[33][34]
O território original da Bahia compreendia a margem direita do Rio São Francisco (a esquerda pertencia a Pernambuco). Estava, basicamente, dividido entre dois grandes feudos: a Casa da Ponte e a Casa da Torre, dos senhores Guedes de Brito e Garcia d'Ávila, respectivamente - promotores da ocupação de seu território.[carece de fontes]
Invasões neerlandesas
Ver artigos principais: Invasões holandesas do Brasil § A invasão de Salvador (1624-1625) e Presença neerlandesa no Brasil § Processos de conquista
Os neerlandeses, liderados por Jacob Willekems e Johan van Dorf[36] e com a participação de Piet Hein,[35] chegaram à capital baiana com inúmeras embarcações e mais de 3 600 soldados, enquanto, no outro lado, sem receber reforços, havia apenas oitenta militares que debandaram com a maioria da população na iminência do ataque. Os neerlandeses chegaram à praça deserta, exceto pelo governador, que segurava a espada em riste prometendo defender a cidade até a morte. Foi detido.
Salvador chegou a ficar sob domínio neerlandês por um ano (1624-1625),[35] mas foi retomada por tropas pernambucanas na chamada jornada dos vassalos, com ajuda da esquadra luso-espanhola comandada por Fadrique de Toledo Osório, mas maioritariamente portuguesa, cujo general era Dom Manuel de Meneses, capitão-mor da Armada da Costa de Portugal. No Recôncavo, organizado nas pequenas vilas, prepararam a reação, com ajuda e empenho do Dom Marcos Teixeira de Mendonça, bispo da Bahia.[36]
Nova invasão ocorreu em 1638, período em que João Maurício de Nassau dominava boa parte do Nordeste, mas foi fortemente repelida. Embora tenham falhado, Piet Hein e Witte de With, junto a outros que tentaram tomar Salvador, novamente capturaram vários navios portugueses com uma grande carga de açúcar.[35][36]
Conjuração Baiana
Ver artigo principal: Conjuração Baiana
Independência
Ver artigo principal: Independência da Bahia
Outras revoltas
Com a independência do Brasil, os baianos exigiram maior autonomia e destaque. Como a resposta foi negativa, organizaram levantes armados que foram sufocados pelo governo central. Foi o caso da Federação do Guanais, levante de 1832.[carece de fontes]Em 1834, a Bahia foi palco da Revolta dos Malês (como eram conhecidos os escravos africanos islamizados), tida como a maior revolta escrava da história do Brasil. Com a República, ocorreram outros incidentes políticos importantes, como a Guerra de Canudos e o bombardeio de Salvador, em 1912. A Bahia contribuiu ativamente para a história brasileira e muitos expoentes baianos constituem nomes de proa na política, cultura e ciência do país.[carece de fontes]
Geografia
Ao norte, o limite é o Rio São Francisco, no município de Curaçá, divisa com Pernambuco. Sendo a latitude 8º 32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a barra do Riacho Doce, no município de Mucuri, na divisa com o Espírito Santo. Sendo a latitude 18º 20' 07" e a longitude 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo é a barra do Rio Real, no município de Jandaíra, na divisa com o Oceano Atlântico. Sendo a latitude 11º 27' 07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor de águas, no município de Formosa do Rio Preto, divisa com o Tocantins. Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". O centro geográfico do Estado fica na cidade de Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte ao prédio dos Correios, nas coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação Google Earth).[carece de fontes]
Hidrografia
Em março de 2009, através da resolução número 43 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) o estado foi dividido em 26 regiões, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA). Essas regiões hidrográficas organizam das bacias hidrográficas no território baiano para fins de planejamento público, muitas vezes em volta de um curso de água principal ou um grupo deles. A resolução instituiu RPGA para o Riacho Doce (I), Rio Mucuri (II), Rios Peruíbe, Itanhém e Jucuruçu (III), Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio (IV), Rio Jequitinhonha (V), Rio Pardo (VI), Leste (VII), Rio de Contas (VIII), Recôncavo Sul (IX), Rio Paraguaçu (X), Recôncavo Norte (XI), Rio Itapicuru (XII), Rio Real (XIII), Rio Vaza-Barris (XIV), Riacho do Tara (XV), Rios Macururé e Curaçá (XVI), Rio Salitre (XVII), Rios Verde e Jacaré (XVIII), Lago de Sobradinho (XIX), Rios Paramirim e Santo Onofre (XX), Riachos da Serra Dourada e do Brejo Velho (XXI), Rio Carnaíba de Dentro (XXII; Rio Grande (XXIII), Rio Corrente (XXIV), Rio Carinhanha (XXV), Rio Verde Grande (XXVI).[40]
Relevo e geologia
Ver também: Lista de praias da Bahia e Lista de ilhas da Bahia
O planalto e a baixada são as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas.[carece de fontes]
Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a erosão trabalhou em busca de formas tabulares.[41] Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe, na altura do estado, o nome de Espigão Mestre.[carece de fontes]
Os planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam rios vindos da Chapada Diamantina, da serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas Gerais, indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto semiárido, localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas altitudes.[41]
O relevo que predomina o estado baiano é a depressão.[41]
As planícies estão situadas na região litorânea, onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem praias, dunas, restingas e até pântanos. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem colinas que se estendem até o oceano. As planícies aluviais se formam a partir dos rios Paraguaçu, Jequitinhonha, Itapicuru, de Contas, e Mucuri, que descem da região de planalto, enquanto o rio São Francisco atua na formação do vale do São Francisco, onde o solo apresenta formação calcária.[carece de fontes]
Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento do Recôncavo baiano, cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela presença do solo massapê, formado por terras de origem argilosa.[carece de fontes]
Clima
Há distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de Ilhéus, a umidade é maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500 milímetros anuais, no sertão pode não chegar aos quinhentos milímetros anuais.[41] A estação das chuvas é irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos, desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para região do vale do rio São Francisco.
Vegetação
Em relação à fitogeografia, possui três grandes formações vegetais: a caatinga, que é a vegetação predominante, a floresta tropical úmida e cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na área da depressão do São Francisco, e na serra do Espinhaço. Resta para o cerrado a porção ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.[41]A floresta tropical úmida sofreu forte impacto da exploração antrópica, devido à abundância de madeiras de lei. Os plantios de cacau foram feitos nessa vegetação. Nesses locais vem ocorrendo o reflorestamento com o eucalipto, especialmente na região do extremo sul do estado.[carece de fontes]
Conservação ambiental
Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais (Marinho dos Abrolhos, Chapada Diamantina, Descobrimento, Grande Sertão Veredas - também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba - também localizado no Piauí, Maranhão e Tocantins - e Pau Brasil) e três estaduais (Serra do Conduru, Morro do Chapéu e Sete Passagens).
Entretanto, nem sempre o meio ambiente está livre de poluição na Bahia. Acidentes e crimes ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5 metros cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves, provocando não só impactos ambientais como econômicos.[44]
Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Bahia
Crescimento populacional | |||
---|---|---|---|
Censo | Pop. | %± | |
1872 | 1 379 616 | ||
1890 | 1 919 802 | 39,2% | |
1900 | 2 117 956 | 10,3% | |
1920 | 3 334 465 | 57,4% | |
1940 | 3 918 112 | 17,5% | |
1950 | 4 834 575 | 23,4% | |
1960 | 5 990 605 | 23,9% | |
1970 | 7 583 140 | 26,6% | |
1980 | 9 597 393 | 26,6% | |
1991 | 11 855 157 | 23,5% | |
2000 | 13 066 910 | 10,2% | |
2010 | 14 016 906 | 7,3% | |
Fonte: IBGE[45] |
Etnias
Cor/Raça[47] | Porcentagem |
---|---|
Pardos | 59.8% |
Brancos | 23.0% |
Negros | 16.8% |
Amarelos ou indígenas |
0,3% |
Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%).[49] Outro estudo, ainda revela que em relação aos ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE.[50]
Um estudo genético autossômico de 2015 encontrou a seguinte composição para Salvador: 50,5% de ancestralidade africana, 42,4% de ancestralidade europeia e 5,8% de ancestralidade indígena.[51][52] Os pesquisadores explicaram que eles coletaram mais amostras de indivíduos que vivem em ambientes mais pobres (página 4).[51]
Outro estudo do mesmo ano (2015) encontrou níveis semelhantes em Salvador: 50,8% de ancestralidade africana, 42,9% de ancestralidade europeia e 6,4% de ancestralidade indígena.[53]
Um outro estudo genético de 2015 encontrou a seguinte composição em Salvador: 50,8% de contribuição europeia, 40,5% de contribuição africana e 8,7% de contribuição indígena.[54]
Em Ilhéus, um estudo genético de 2011 encontrou a seguinte composição: 60.6% de contribuição europeia, 30.3% de contribuição africana e 9.1% de contribuição indígena.[55]
Populações indígenas
Etnias indígenas | Pessoas[56] |
---|---|
Atikum | 249 |
Kaimbé | 903 |
Kantaruré | 332 |
Kiriri | 2 167 |
Pankararé | 1 304 |
Pankaru | 107 |
Pataxó | 11 084 |
Tupinambá | 4 083 |
Pataxó-Hã-Hã-Hãe | 2 388 |
Truká | 131 |
Tumbalalá | 1 090 |
Tuxá | 1 568 |
Xukuru-Kariri | 55 |
Total | 25 816 |
De acordo com informações da ANAÍ-Bahia e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), os pataxós vivem, principalmente, na costa do Atlântico Sul, no municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado e Itamaraju; os pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos tuxás vivem nas margens do rio São Francisco no norte de Bahia, nas Áreas Indígenas Ibotirama (município de Ibotirama), Rodelas e Nova Rodelas (município de Rodelas), e também em Pernambuco; os pancararés (Pankararé) que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte da Estação Ecológica Raso da Catarina, nos municípios de Nova Glória e Glória; os índios quiriris (Kiriri) moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de Ribeira do Pombal e Banzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São Francisco, no município de Muquém de São Francisco; vizinhos a estes, os caimbés (Kaimbé) estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de Muriti e Tocas, todas dentro do município de Euclides da Cunha; já os índios tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do São Francisco entre os municípios de Abaré e Curaçá; os cantarurés (Kantaruré) habitando a Terra Indígena Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos pancarus (Pankaru) que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da serra do Ramalho, no município de Bom Jesus da Lapa.[carece de fontes]
Há também a presença dos tupinambás de Olivença em Ilhéus, Una e Buerarema, geréns, trucás (Truká ou Tur-Ká), aticuns-umãs (Aticum ou Atikim-Umã) e Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda pelos sapuiás e camacãs.[carece de fontes]
É no sul da Bahia que está localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o índio Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de Brasília, em 1997.[carece de fontes]
Municípios mais populosos
Ver também: Lista de municípios da Bahia por população
O município mais populoso da Bahia é Salvador (capital do estado, com quase três milhões de habitantes), que também é o terceiro mais populoso do Brasil, sendo seguida por Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Ilhéus, Jequié, Teixeira de Freitas, Alagoinhas e Barreiras. A região metropolitana da capital conta com cerca de quatro milhões habitantes, a primeira da região Nordeste e a sexta do Brasil.[57][58]
Bahia (estimativa de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[59] |
Municípios mais populosos da |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Salvador Feira de Santana |
|||||||||||
Posição | Localidade | Mesorregião | Pop. | Posição | Localidade | Mesorregião | Pop. | Vitória da Conquista Camaçari |
|||
1 | Salvador | Salvador | 2 902 927 | 11 | Alagoinhas | Nordeste | 153 560 | ||||
2 | Feira de Santana | Centro-Norte | 612 000 | 12 | Barreiras | Extremo Oeste | 152 208 | ||||
3 | Vitória da Conquista | Centro-Sul | 340 199 | 13 | Porto Seguro | Sul | 143 282 | ||||
4 | Camaçari | Salvador | 281 413 | 14 | Simões Filho | Salvador | 131 630 | ||||
5 | Itabuna | Sul | 218 925 | 15 | Paulo Afonso | São-Franciscana | 118 323 | ||||
6 | Juazeiro | São-Franciscana | 218 324 | 16 | Eunápolis | Sul | 112 032 | ||||
7 | Lauro de Freitas | Salvador | 188 013 | 17 | Santo Antônio de Jesus | Salvador | 100 550 | ||||
8 | Ilhéus | Sul | 182 350 | 18 | Valença | Sul | 96 507 | ||||
9 | Jequié | Centro-Sul | 161 150 | 19 | Candeias | Salvador | 88 308 | ||||
10 | Teixeira de Freitas | Sul | 155 659 | 20 | Guanambi | Centro-Sul | 85 237 |
Rede urbana
Como centros sub-regionais A (██) tem-se Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus e Teixeira de Freitas; e centros sub-regionais B (██) Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cruz das Almas, Eunápolis, Itaberaba, Ribeira do Pombal, Senhor do Bonfim e Valença.[60]
No menor nível, Caetité, Camacan, Conceição do Coité, Ipiaú, Itamaraju, Itapetinga, Macaúbas, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Seabra, Serrinha, Xique-Xique são classificadas como centros de zona A (██); e Amargosa, Barra, Boquira, Caculé, Capim Grosso, Cícero Dantas,Fátima Euclides da Cunha, Gandu, Ibicaraí, Ibotirama, Jaguaquara, Riacho de Santana, Livramento de Nossa Senhora, Nazaré, Paramirim, Poções, Riachão do Jacuípe, Santana, Serra Dourada e Valente, como centros de zona B (██).[60]
Política
Ver artigo principal: Política da Bahia
Integrante da federação brasileira, é uma unidade federativa autônoma, sob os limites da constituição federal, com os três poderes próprios (executivo, judiciário e legislativo), além do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), eleições diretas periódicas para cargos do executivo e legislativo, símbolos oficiais e data magna estabelecidas na Constituição estadual de 1989.[61] A capital estadual é o município de Salvador,[61] e Cachoeira
é a segunda capital do estado, de acordo com a Lei Estadual 10.695 de
2007, que estabeleceu que todos os anos, no dia 25 de junho, o governo
estadual é transferido para a cidade, em reconhecimento histórico pelas
lutas na Independência da Bahia.[62]A história da política no estado brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país - e boa parte dela equivale à mesma, uma vez que Salvador, por muitos anos, foi a capital da Colônia. Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, a Bahia é um dos mais representativos estados da federação.[carece de fontes]
Durante o período imperial, contou com diversos primeiros-ministros; na fase republicana, estiveram à frente de vários movimentos nacionais baianos como Rui Barbosa, Cezar Zama, Aristides Spínola e outros. Na República Velha, dominou o cenário estadual José Joaquim Seabra; durante a Era Vargas surgiu a figura de Juracy Magalhães e em contraposição, com a redemocratização do pós-guerra, o socialista Octávio Mangabeira. Durante o regime militar, surgiu a figura de Antônio Carlos Magalhães, que dominou o cenário político estadual por três décadas, com breve derrota para Waldir Pires, na década de 1980, ocupando o cargo de senador, quando de sua morte. Tal fenômeno político ganhou a denominação de "Carlismo".[carece de fontes]
Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado.[63] Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de abril de 2016, o partido político com maior número de filiados na Bahia é o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 94 518 membros, seguido do Democratas (DEM), com 90 106 membros e do Partido dos Trabalhadores (PT), com 84 525 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido Progressista (PP), com 73 386 membros; e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 64 477 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 24 e 275 filiados, respectivamente.[63]
Poder executivo
Ver também: Lista de governadores da Bahia
O Poder Executivo baiano é exercido pelo governador do estado, que é eleito em sufrágio universal
e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos
de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. A atual sede é o
Palácio de Ondina, situado no bairro de Ondina, desde 1967.[64] Antigamente, a sede do governo baiano era o Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal, e foi construída em 1549
(ano da fundação da cidade de Salvador, em 1549) tornando-se sede do
governo e residência oficial do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.[65] Em janeiro de 1908, foi transformada em residência oficial dos governadores do estado.[66] Depois do Palácio Rio Branco, a sede do governo baiano foi o Palácio da Aclamação, localizado no bairro do Campo Grande, até ser estabelecida a atual sede.Poder legislativo
Ver artigos principais: Assembleia Legislativa da Bahia, Tribunal de Contas do Estado da Bahia e Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia
Ver também: Lista de deputados estaduais da Bahia
O Poder Legislativo da Bahia é unicameral, exercido pela Assembleia Legislativa da Bahia, localizado no Palácio Luís Eduardo Magalhães. É constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. Ela possui 63 deputados estaduais. No Congresso Nacional, a representação baiana é de 3 senadores e 39 deputados federais.[carece de fontes]Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:
- Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
- Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
- Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
- Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
- Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.
Além deste, possui o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxilia as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos.[carece de fontes]
Poder judiciário
Ver artigo principal: Tribunal de Justiça da Bahia
A maior corte do Poder Judiciário estadual é o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, localizado em prédio denominado Palácio da Justiça, situado no Centro Administrativo da Bahia. A Justiça do Trabalho está ligada à Quinta região, que compreende todo o estado e possui sede na capital. A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.[carece de fontes]Eleições
Ver artigo principal: Eleições na Bahia
O sistema eleitoral na Bahia repete o nacional.
Os mandatos eletivos duram quatro anos, e as eleições estaduais e
federais alternam com as municipais a cada dois anos. O eleitorado
baiano é composto por 10.110.100 votantes, segundo dados referentes às eleições de 2012, o que representa o quarto maior colégio eleitoral do país. Sua capital, Salvador, é o município com maior número de eleitores (1.881.544), seguido de Feira de Santana (373.753) e Vitória da Conquista (215.299). O município com menor número de eleitores é Lajedinho, com 3.027.[67]Símbolos oficiais
Ver artigos principais: Símbolos oficiais da Bahia, Bandeira da Bahia, Brasão da Bahia e Hino da Bahia
Os símbolos oficiais do estado da Bahia, definidos constitucionalmente, são a bandeira, o brasão de armas e o hino.[68]A bandeira baiana foi criada pelo médico baiano Diocleciano Ramos, quem, numa reunião do Partido Republicano da Bahia, propôs este símbolo como representativo da agremiação política, em 25 de maio de 1889.[68][69] O uso popular consagrado da bandeira somente veio a ser obrigatório por decreto do governador Juracy Magalhães, em 11 de junho de 1960 (Decreto n.º 17.628).[68][69] Com forte inspiração na bandeira dos Estados Unidos, a bandeira é composta por quatro listras horizontais alternadas entre vermelhas e brancas e tem, na parte superior interna, um quadrado azul com um triângulo branco no seu interior. O triângulo faz referência ao símbolo maçônico, já adotado nas conjurações mineira e baiana - muito embora as cores azul, vermelho e branco já tivessem figurado como símbolos da revolta de 1798 conhecida como Revolta dos Alfaiates.[68][69]
O brasão de armas do estado da Bahia constitui-se dos seguintes elementos: timbre com uma estrela, que simboliza o estado; escudo com uma embarcação com a vela içada, onde um marinheiro acena com um lenço branco; Monte Pascoal, ao fundo, local do primeiro registro visual de terra pela esquadra de Cabral; insígnia com dois tenentes sobre listel com o lema
PER ARDVA SVRGO
, que significa, numa tradução livre, "pela dificuldade, venço";[2] dois tenentes, um homem seminu à esquerda com uma marreta, uma bigorna e uma roda (representação da indústria local) e uma mulher à direita com barrete frígio (símbolo da república), carregando a bandeira da Bahia, que jaz atrás do triângulo maçônico; encimando o brasão, o nome do estado e, abaixo deste, o nome do Brasil.[68]O hino baiano, cuja letra é de Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto, faz referência à data máxima do estado, o 2 de julho de 1823 - quando o estado, finalmente, tornou-se independente do jugo português e se uniu ao restante do Brasil, após grandes batalhas, referidas na composição - a exemplo de Cabrito e Pirajá.[68][70] Somente foi oficializado em 20 de abril de 2010, em decorrência do decreto n.º 11.901 sancionado pelo governador Jaques Wagner.[71] Por este ato, o Hino ao 2 de Julho substituiu o Hino ao Senhor do Bonfim que era, mesmo que não de forma oficial, a música utilizada em ocasiões importantes do estado da Bahia.[68]
Subdivisões
Ver também: Lista de mesorregiões da Bahia, Lista de microrregiões da Bahia, Lista de municípios da Bahia, Lista de municípios da Bahia por IDH-M, e Regiões hidrográficas da Bahia
A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios.O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.
Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa das Baleias, Costa do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Chapada Diamantina, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do São Francisco.[72]
Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador.[73]
A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA).[40]
Economia
Ver artigo principal: Economia da Bahia
A Bahia responde por quase trinta por cento do produto interno bruto do Nordeste brasileiro e por mais da metade das exportações da região. É o sétimo estado brasileiro que mais produz riqueza.[76] A economia do estado baseia-se na indústria (química, petroquímica, informática, automobilística e suas peças), agropecuária (mandioca, grãos, algodão, cacau e coco), mineração, turismo e nos serviços.[77] Existe o importante Polo petroquímico de Camaçari, onde funciona, entre outros empreendimentos, a montadora Ford, estando o complexo industrial localizado na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, e que foi a primeira indústria automobilística a se instalar na região, em 2001.[78] As atividades agropecuárias ocupam cerca de setenta por cento da população ativa do estado. Um bom indicador de duas atividades econômicas é sua pauta de exportação,
composta, no ano de 2012, principalmente por petróleo refinado
(18,77%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,82%), soja
(8,33%), algodão cru (6,32%) e farelo de soja (4,36%).[74]Anos | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 |
---|---|---|---|---|
PIB (em reais) | 60 671 843 | 68 146 924 | 79 083 228 | 90 942 993 |
PIB per capita (em reais) | 4 525 | 5 031 | 5 780 | 6 583 |
Setor primário
No setor primário, a agricultura está dividida em grande lavoura comercial, a pequena lavoura comercial e a agricultura de subsistência. A grande lavoura está baseada na cultura da cana-de-açúcar e integrada com modernas usinas e na do cacau. Entre as pequenas culturas comerciais, a mandioca, o coco-da-baía, o fumo, o café, o agave, a cebola, dendê (e consequente azeite-de-dendê) são as produções em destaque. As culturas de subsistência estão em todo o território, sendo que a cultura da mandioca é a mais importante, seguida pelo feijão, o milho, o café e a banana. O estado é conhecido por ter uma baixa qualidade nas condições de trabalho e de explorar excessivamente a mão-de-obra.[79]Também importante elemento da economia baiana, a pecuária bovina ocupa hoje o sexto lugar nacional, enquanto a caprina registra atualmente os maiores números do setor em todo o Brasil, mas também se destacando os rebanhos de ovinos.[carece de fontes]
Já as atividades extrativas vegetais têm pequena participação na economia baiana. Entretanto, tem reservas consideráveis de minérios e de petróleo. A mineração baseia-se essencialmente na produção de ouro, cobre, magnesita, cromita, sal-gema, barita, manganês, chumbo, urânio, ferro, talco, columbita, prata, cristal de rocha e zinco.[carece de fontes]
Setor secundário
A indústria é relativamente bem distribuída, abrigando os mais mais variados segmentos desse setor. Representa uma grande força econômica no estado. Está voltado para os setores da química e petroquímica, agroindústria, informática, automobilística e suas peças, alimentos, mineração, borracha e plástico, metalurgia, couro e calçados, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, energia eólica, celulose e papel e bebidas.[85][86][87] Na região metropolitana de Salvador, estão concentradas a maioria das indústrias no Polo Industrial de Camaçari, maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul e que já nasceu planejado na década de 70, cujo foco inicial era o setor petroquímico e com o passar dos anos diversificou sua produção.[88] Em relação ao valor de transformação industrial, a Bahia saltou da nona para a sexta posição no ranqueamento nacional em 2005.[89] Há municípios do interior que se destacam por ser um grande polo produtivo, como de bebidas em Alagoinhas; papel e celulose em Eunápolis e Mucuri; calçados em Itapetinga, Serrinha e Amargosa; agroindústria em Juazeiro, etc.Para fomentar a pesquisa e desenvolvimento tecnológico, foi lançado o projeto de um grande parque tecnológico em Salvador.[90] Chamado de Parque Tecnológico da Bahia, tem como prioridades a tecnologia da informação e comunicação (TIC), a robótica e a energia.[91] A primeira área do complexo foi inaugurada em 2012.[92] Outro ponto de desenvolvimento tecnológico, a primeira biofábrica do país se encontra na cidade sertaneja de Juazeiro, no vale do Rio São Francisco.
Setor terciário
Ver artigo principal: Turismo na Bahia
Os principais veículos da imprensa baiana são o tradicional jornal A Tarde, que também possui uma emissora de rádio (A Tarde FM); a TV Salvador (emissora local), Correio, TV Bahia e outras emissoras que transmitem a Rede Globo no interior do estado, todas as empresas da Rede Bahia; o jornal Tribuna da Bahia; a emissora de TV Band Bahia, e a emissora da Bandnews FM em Salvador; e as emissoras de televisão TV Aratu, TV Educativa da Bahia (esta mantida pelo governo estadual), TV Itapoan e a TV Cabrália. Destacam-se três grupos de mídia baianos: a Rede Bahia, o Grupo A TARDE e o Grupo Metrópole, que publica o Jornal da Metrópole.[carece de fontes]
Infraestrutura
Educação
Ver artigo principal: Educação na Bahia
Ano | Português | Redação |
---|---|---|
2006[97] Média |
33,27 (17º) 36,90 |
51,53 (11º) 52,08 |
2007[98] Média |
46,79 (14º) 51,52 |
56,23 (8º) 55,99 |
2008[99] Média |
36,70 (19º) 41,69 |
58,71 (12º) 59,35 |
Atualmente, a Bahia conta com doze universidades, sendo quatro públicas estaduais (UNEB, UEFS, UESB e UESC), seis públicas federais (UFBA, UFRB, UNIVASF, UNILAB, UFSB e UFOB) e duas privadas (UCSal e UNIFACS). Sem falar os institutos federais, IFBA e IF-BAIANO.[101][102]
De acordo com um ranking realizado e divulgado pela Folha de S.Paulo, em 2012, a Universidade Federal da Bahia aparece como a segunda melhor pontuação entre as universidades públicas do norte e nordeste, atrás da federal pernambucana, e em 12.º lugar no país inteiro,[103] e na frente da Universidade Estadual do Maranhão. Em outro ranqueamento publicado no mesmo ano, feito pelo Ministério da Educação (MEC) a partir do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), a Universidade Estadual de Feira de Santana foi classificada como a melhor universidade das regiões norte e nordeste e a 15.º do país em cursos com a nota cinco.[104][105]
Transportes
Ver artigo principal: Transportes da Bahia
A Bahia conta com quatro portos, sendo o de Aratu, o de Ilhéus e o de Salvador marítimos e o de Juazeiro fluvial. O de Ilhéus é o maior exportador de cacau do Brasil e também grande importador. Na cidade também está em processo de construção o Porto Sul, com a expectativa de ser um dos maiores portos do Brasil em movimentação de cargas.[109]
A Bahia conta com dez aeroportos operando com voos regulares, sendo o Internacional Dois de Julho, também conhecido como Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, o oitavo aeroporto mais movimentado do Brasil, o primeiro do Nordeste e entre os 20 da América Latina, respondendo por mais de trinta por cento do movimento de passageiros dessa região do país em 2011.[110] Os outros são Aeroporto de Barreiras, em Barreiras; Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana; Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus; Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis; Aeroporto de Paulo Afonso, em Paulo Afonso; Aeroporto de Porto Seguro, em Porto Seguro; Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista; Aeroporto de Valença, em Valença; e [Aeroporto de Teixeira de Freitas]], em Teixeira de Freitas. O Aeroporto de Una-Comandatuba recebe muitos voos fretados.[111]
A Bahia é cortada por várias ferrovias,[112] entre elas estão a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que vai de Caravelas, na Bahia, ao norte de Minas,[113] e a Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, que integrava a Bahia com os estados de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Piauí.[114] Além dessas duas interestaduais, existe a Estrada de Ferro de Nazaré e a de Ilhéus, esta última possuía projetos de expansão para chegar a Vitória da Conquista e para ligar a outras do estado e à E. F. Bahia-Minas.[115] Todas essas linhas férreas já não estão mais em atividade.[113][114][115]
Atualmente, está sendo construída a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) com extensão de 1 527 quilômetros, que servirá de importante ponto de escoamento da produção de minérios e grãos do estado através do Porto Sul, no sul do estado. Ela também se conectará com a Ferrovia Norte-Sul em Tocantins formando um grande corredor logístico.[116] Durante a primeira gestão de Dilma Rousseff foram planejadas mais duas ferrovias cortando a Bahia: a Ferrovia Salvador-Recife, com extensão de 893 quilômetros e que atravessa municípios dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, onde fazia conexão com a Ferrovia Transnordestina[117] e a Ferrovia Belo Horizonte-Salvador, com extensão de 1 350 quilômetros e que atravessa 52 municípios da Bahia e Minas Gerais estabelecendo uma conexão com o Porto de Aratu na Região Metropolitana de Salvador.[118]
O transporte de alta capacidade de passageiros por trilhos foi implantado no estado com o Metrô de Salvador, após 14 anos de construção e indícios de superfaturamento.[119] O funcionamento foi iniciado em junho de 2014 e a conclusão das duas linhas licitadas está determinada pelo edital para ser em 2017.[120][121]
Telecomunicação
O estado de Bahia é o quarto do Brasil em quantidade de dispositivos moveis ativos (17.033.298) após São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade de Salvador tem a maior teledensidade (número de acessos por 100 habitantes) com 198,44 acessos para cada 100 pessoas.[122]Os códigos de discagem a distância, DDD, para realizações para números do estado são 71, 73, 74, 75 e 77.[123]
Saúde
Ver também: Lista de hospitais da Bahia
A saúde na Bahia não é das melhores do país, problemas típicos da saúde brasileira ocorrem no estado. Algumas doenças tem altos índices de doentes, como o câncer de mama,[124] que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, atinge cerca de dois mil novos casos anualmente.[125] Apesar disso, certas práticas que poderiam salvar muitas vidas não são comuns no estado, a exemplo da doação de órgãos. 60% das famílias baianas se recusam a doar órgãos de parentes, índice bem maior do que a média nacional que é de 25%.[126]Entre as doenças mais comuns, estão a dengue e a meningite, as quais estão alastrando-se por todo o território baiano e não apenas infectam os baianos, mas também provocam a morte.[127][128]
Na parte da estrutura, destacam-se na capital o Hospital Geral do Estado (HGE),[129] Hospital Geral Roberto Santos (HGRS),[130] Hospital do Subúrbio que funciona sob gestão de parceria público-privada, conceito inédito no Brasil,[131] Hospital Santo Antônio (fundado por Irmã Dulce), Hospital Sarah Kubitschek, Hospital Manoel Victorino, Hospital Santa Izabel, Hospital Ana Nery, referência nas áreas de cardiologia, cirurgia vascular, hemodiálise e transplante de órgãos,[132] Hospital Couto Maia, referência em doenças infecciosas e parasitárias,[133] Hospital São Rafael,[134][135] Hospital da Bahia,[136] Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM),[137][138] Hospital Martagão Gesteira, referência no atendimento às mais diversas especialidades pediátricas,[139] Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (COMHUPES, mantido pela Universidade Federal da Bahia através do Sistema Universitário de Saúde),[140] Hospital Aristides Maltez, instituição referência no diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil e que atende, prioritariamente, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS),[141] entre outros; o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em Feira de Santana destaca-se por ser o maior hospital público, porta aberta, do interior do estado no atendimento de média e alta complexidade.[142][143][144]
As ciências médicas estão também organizadas, assim, as sociedades científicas Academia de Medicina da Bahia e Academia de Medicina de Feira de Santana desenvolvem e publicam as pesquisas médicas dos especialistas baianos.[carece de fontes]
Cultura
Ver artigo principal: Cultura da Bahia
Esporte
Ver artigo principal: Futebol da Bahia
Ver também: Lista de estádios de futebol da Bahia, Federação Bahiana de Futebol, Federação Bahiana de Basketball, e Federação Bahiana de Futsal
Museus
Ver também: Lista de museus do Brasil § Bahia
Alguns museus da Bahia são Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arte da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Memorial dos Governadores Bahia, Museu Carlos Costa Pinto, Museu Henriqueta Catharino, Fundação Casa de Jorge Amado e Museu Geográfico da Bahia. No interior do estado, destaca-se o Museu Histórico de Jequié,
com um importante acervo sobre a história e cultura da região sudoeste.
O Museu dos Humildes em Santo Amaro, arte sacra, o Hansen em Cachoeira,
o Danneman em São Félix, com sua Bienal do Recôncavo.[carece de fontes]Festas
Na Bahia, ocorrem várias festas durante o ano todo. As principais são a Lavagem do Senhor de Bonfim, o Carnaval da Bahia e as diversas micaretas que ocorrem no ano todo sendo este evento momesco fora de época uma criação baiana. Há também a Festa junina São João com destaque para a cidade de Cruz das Almas (onde acontece a tradicional guerra de espadas) e Irecê que todos os anos trazem grandes atrações da música brasileira. Ainda tem a tradicional Vaquejada de Serrinha, que acontece sempre junto ao feriado de 7 de setembro.[carece de fontes]Em Salvador, acontece sempre, no começo do ano, o Festival de Verão de Salvador. Em Vitória da Conquista, durante o inverno, acontece o Festival de Inverno Bahia.[carece de fontes]
Literatura
Ver também: Academia de Letras da Bahia, Academia Caetiteense de Letras, Academia Feirense de Letras, Academia Guanambiense de Letras, Academia Ireceense de Letras e Artes, e Academia de Letras de Jequié
No período mais recente, temos uma Bahia pródiga de autores imortais, como Castro Alves, Adonias Filho, Jorge Amado, e João Ubaldo Ribeiro. Os dois últimos são autores excepcionais, de literatura fácil e rica de detalhes sobre a Bahia. São, ao mesmo tempo, radiografias da vida no estado. No entanto, ao se falar em romances, a "produção" está reduzida, restringe-se a pequenos versos e passagens que remontam o estilo medieval e ao famoso romance, Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, publicado em 1958. A obra é um retorno ao ciclo do cacau, entrando no universo de coronéis, jagunços e prostitutas que desenham o horizonte da sociedade cacaueira da época. Na década de 20 na então rica e pacata Ilhéus, ansiando progressos, com intensa vida noturna litorânea, entre bares e bordéis, desenrola-se o drama, que acaba por tornar-se uma explosão de folia e luz, cor, som, sexo e riso.[146] Paralelamente, a literatura de cordel persiste principalmente no sertão, onde violeiros transmitem a tradição cordelista por meio de sua cantoria.[146]
Artesanato
No campo do artesanato da Bahia, destacam-se a cerâmica decorativa, marca da influência indígena, a renda de bilros e outros tipos de bordados, bonecas de pano, os santeiros e carrancas, objetos feitos de couro, metal, pedras e os destinados à cozinha, como o pilão e gamela.[146]Música
Nas últimas décadas, a Bahia tem sido um verdadeiro celeiro musical. Surgiram muitos artistas (músicos, instrumentistas, cantores, compositores e intérpretes) de grande influência no cenário musical nacional e internacional. Tendo a maior cidade das Américas durante muitos séculos, sua capital foi local dos nascimentos, a partir da influência africana, do samba de roda, seu filho samba, o lundu e outros tantos ritmos, movidos por atabaques, berimbaus, marimbas - espalhando-se pelo resto do Brasil, e ganhando o mundo.[147]Na Bahia nasceram expoentes brasileiros do samba, do pagode, do tropicalismo, do rock brasileiro, da bossa nova, axé e samba-reggae. Alguns dos principais nomes são Dorival Caymmi, João Gilberto, Astrud Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé, Novos Baianos, Raul Seixas, Marcelo Nova, Pitty, Bira (do Sexteto do Jô), Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Dinho (do Mamonas Assassinas) etc.[147]
Ver artigo principal: Carnaval de Salvador
A história começou em 1950, quando Dodô e Osmar inventaram o Trio Elétrico.O negro reconquista sua identidade e ganha força nos Filhos de Gandhi, o Olodum, e blocos como o Ilê Aiyê, que une música ao trabalho social. O Carnaval de Salvador, considerado o maior carnaval de rua do mundo, atrai anualmente 2 milhões de foliões em seis dias de festa.[148] Durante o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do Brasil desfilam nos trios elétricos como, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e muitos outros.
Mas também há as festas de momo no interior, com destaque para Barreiras, Canavieiras, Palmeiras e Porto Seguro.[149]
Culinária
Ver artigo principal: Culinária da Bahia
Do candomblé ou do tabuleiro da baiana do acarajé brotam o acarajé, o abará, o vatapá e tantos pratos temperados pelo azeite de dendê, festejando aos santos, como o caruru ou festejando a vida, como a moqueca e o mingau, a Bahia tem uma grande variedade de pratos típicos.[150]Dialeto
Ver artigo principal: Dialeto baiano
Diferentemente da satirização feita pelos grandes meios de
comunicação, o dialeto falado na Bahia, segundo alguns linguistas, seria
parte integrante do grupo sulista, sendo, portanto, um dialeto próprio,
assim como os dialetos do nordeste. Entretanto, algumas gírias soam estranhas para outras regiões do país, como os famosos oxente, massa (no sentido de coisa boa) e aonde (utilizado para negar uma frase).Cinema
O cinema na Bahia é promovido e incentivado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (DIMAS), além da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV / ABD-BA), membro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas.- Bahia Afro Film Festival, em Salvador;[151]
- Encontro Baiano de Animação, em Salvador.[152]
- Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana;[153]
- Festival Brasilidades, em Feira de Santana;[154]
- Festival Nacional de Vídeo - A Imagem em 5 Minutos, em Salvador;[155]
- FIM! - Festival da Imagem em Movimento, em Salvador;[155]
- Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador;[155]
- Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista;[156]
- Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador.
- Vale Curtas - Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina;[157]
O estado também é berço de grandes nomes do cinema nacional, como os atores Lázaro Ramos, Wagner Moura, Luís Miranda, Priscila Fantin, João Miguel, Othon Bastos, Antonio Pitanga (pai dos também atores Rocco e Camila Pitanga) e Emanuelle Araújo e os cineastas Glauber Rocha e Roberto Pires.
Valorizando o cinema baiano, a TVE Bahia exibe às sextas-feiras, a sessão de filmes Sextas Baianas.[158] E a DIMAS exibe a sessão Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira, às quartas-feiras, às 8h da noite.[159]
Pontos turísticos
Ver artigo principal: Turismo na Bahia
No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina.[96] Na região está o melhor roteiro do país, localizado no Vale do Pati (Lençóis), segundo aponta o Ministério do Turismo em 2010.[96] Nele, cerca de 500 mil turistas, brasileiros e estrangeiros, passam anualmente.
Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,[164] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco, com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas. Já em 2010, foi escolhida pelo jornal americano The New York Times como um dos 31 destinos que merecem ser visitados em 2010.[165][166] O estado foi o único do Brasil a integrar o ranking.
Religião
O sincretismo, entretanto, com as religiões de origem africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o candomblé com o catolicismo (como a Irmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos) e outras variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o Cabula e a Umbanda. Sobressai, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e os terreiros como o Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano.
Desde o início do século XX, a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha o crescimento das múltiplas denominações cristãs.
Feriados
Data | Nome | Observações |
---|---|---|
2 de julho | Independência da Bahia | Em comemoração ao fato histórico ocorrido nesta data. |
Referências
Carta do príncipe regente Dom João ao conde da Ponte, governador da capitania da Bahia, João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes Brito, na qual ordena a abertura dos portos do Brasil a todas as mercadorias transportadas por navios de seus vassalos e de estrangeiros de nações amigas. Foi estabelecido o pagamento de direitos por entrada de 24%, com exceção dos vinhos, aguardentes e azeites doces, que deveriam pagar o dobro dos "direitos" até então pagos, além de liberar, aos mesmos navios, a exportação de mercadorias coloniais, a exceção do pau-brasil e outros produtos estancados, para todos os portos que lhes aprouver.
- «SECULT - Secretaria de Cultura da Bahia(INATIVO) — Bonfim é a festa rica em símbolos». secult.220i.com.br. Consultado em 15 de maio de 2012
Outras referências
- Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. Bahia em Números. Volume 4. Edição bilíngüe: português e inglês. Salvador: 2002. ISSN 1516-1730
- Dicionário de Autores Baianos, SEC, Salvador, 2006.
- Guia Cultural da Bahia (volumes 1 a 9), Sec. de Cultura e Turismo, Salvador, 1999.
- Anuário Estatístico da Bahia, SEI, Salvador, 2002 (ISSN 0102-0676)
- SOUZA, Antonio Loureiro de, Baianos Ilustres, Salvador, s/ed, 1949.
- Portal Educacional. Enciclopédia Educacional: Verbete BAHIA (estado). Acesso em 21 de abril de 2008.
- FOLGUEIRA, Manoel Rodrigues. Álbum Artístico, Commercial e Industrial do Estado da Bahia. Rio de Janeiro: Edição Folgueira, 1930.
- MAGALHÃES, Juracy. GUEIROS, José Alberto. O Último Tenente. São Paulo: Editora Record, 1996.
- _________. Quatro Séculos de História da Bahia. Salvador: Revista Fiscal da Bahia, 1949.
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