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domingo, abril 30, 2017

História de Minas Gerais

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
A região do atual estado de Minas Gerais, no Brasil, foi ocupada, até o século XVI, por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê: os xacriabás, os maxacalis, os crenaques, os aranãs, os mocurins, os atu-auá-araxás e os puris, entre outros[1]. O desbravamento europeu da região teve início no século XVI, por entradas que partiam da Bahia e de São Paulo e que buscavam ouro, pedras preciosas e escravos índios.
Dança dos Puris: pintura do século XIX de Johann Baptist von Spix

A Corrida do Ouro

Com seu irmão, Manuel Lopes, apelidado o "Buá", João Lopes de Lima foi descobridor do ouro no Ribeirão do Carmo, futura Mariana, depois de 1698 e das diligências de Francisco Bueno da Silva e Antonio Bueno da Silva, Tomás Lopes de Camargo e João Lopes de Camargo e do capelão padre João de Faria Fialho. No dia de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho de 1698, a bandeira do capitão João Lopes de Lima e com ele seu irmão o padre Manuel Lopes,(Buá de alcunha) redescobriu o ribeirão d Mariana, a que chamou Carmo e "mandou repartir estando já em São Paulo o meu general" (são palavras escritas por José Rebelo Perdigão que cita assim o governador Artur de Sá e Menezes), "nomeando para isso por Guarda-mor destas Minas aos Sargentos-Mor Manuel Lopes de Medeiros; e o ouro deste ribeirão se avaliou então por melhor que o de Ouro Preto". Outros autores falam em Diogo Pires Moreira e Francisco Alves de Castilho, de Taubaté, manifestando faisqueiras depois de João Lopes de Lima e Manuel Garcia, o qual teria descoberto outro córrego próximo. Eram de Atibaia. Foram seguidos pelo governador Artur de Sá e Menezes e por Manuel Lopes de Medeiros.
A repartição total do Ribeirão do Carmo somente se operou em 1700, em extensão de duas léguas, pelas barrancas do mesmo, prosseguindo os descobrimentos rio abaixo, que, de acordo com as vitimas, deu boas pintas. Ainda em 1800, Antônio Pereira Machado descobriu o ribeirão que guarda seu nome nas cabeceiras do Ribeirão do Carmo, mas no seu meio curso o ocupante foi Sebastião Rodrigues da Gama. O sucesso foi seu ouro, de excelente título e qualidade, mais alto que o de Ouro Preto, conhecido há dois anos. Escreverá depois Perdigão que "o ouro preto era mais agro e se fazia em pedaços ao ser colocado no cunho". Era o ouro chamado esterco podre, da serra de São João, a cavaleiro da futura Vila Rica. Outro códice da Biblioteca Municipal de São Paulo, o Códice Ameal, diz desse "ouro bravo, que é um ouro preto. E como depois de fundido se fazia em pedaços por não saberem doar, o vendiam aos Paulistas a preço de cinco tostões e a 640 réis, que assim o davam em seu pagamento, donde ficou chamado ainda hoje a um quarto de pataca, ouro podre". Chamada corrida do ouro pois se uma porca era avistada todos saiam correndo loucamente para ficar com ela.
Em "O Abastecimento da Capitania de Minas Gerais no Século XVIII", assim resume as descobertas Mafalda P. Zemella: "Garcia Roiz Pais pode ser considerado o primeiro descobridor do ouro dos ribeiros que correm da Serra de Sabarabuçu; Bartolomeu Bueno de Siqueira, buscando a Casa da Casca, achou ouro na Itaverava; Salvador Furtado no Carmo; o Padre João de Faria no Ouro Preto; João Lopes de Lima achou mais no Carmo; Borba Gato no Sabará; Salvador Faria de Albernaz no Inficionado; Domingos Roiz da Fonseca Leme no Ribeirão do Campo, afluente do Velhas; Domingos Roiz do Prado no rio Pitangui; Bartolomeu Bueno no rio Pará; Mateus Leme no Itatiaiçu; Domingos Borges nas Catas Altas; os Raposos no rio das Velhas; Tomé Portes del Rei, João de Siqueira Afonso e Antônio Garcia Cunha no Rio das Mortes".

A ausência do Estado

Portugal começou, desde o início do século XVIII, a se inquietar com as minas. É datada de 7 de fevereiro de 1701 carta régia de dom Pedro II que proíbe completamente a Artur de Sá e Menezes comunicação e comércio entre a Capitania da Bahia e o que chama "minas de São Paulo", isto é, a região mineira dos Cataguás, Caeté e Rio das Velhas.[2] Pensava a Corte poder resolver as fraudes ao Quinto ocasionadas com comércio muito ativo - mas como aplicar a lei com rigor em região tão vasta, tão deserta, sem soldados nem funcionários? Ficou porém proibida a passagem de escravos de Pernambuco e Bahia para o Sul, e tampouco era permitida a entrada de mais gente para as Minas. Os infratores achados em caminho deveriam ser presos e punidos com penas severas de cárcere e deportação, além de ter confiscada sua fazenda. Foi o início de tentativas desesperadas de "fechar" as minas.
Não havia estrutura judiciária em Minas. Os ouvidores gerais residiam no Rio e em São Paulo, e visitavam em correição, o que significa em viagem de inquéritos e julgamentos, mas se limitavam a ir aos principais arraiais. Só após as graves desordens de 1709, com a sublevação de Manuel Nunes Viana, a divisão da Capitania de São Vicente nas capitanias de São Paulo e Minas de Ouro e na do Rio de Janeiro. Só a chegada de um governador na nova Capitania de São Paulo e Minas de Ouro fez montar uma estrutura administrativa e judiciária conveniente, o que se deu após 1710-1711.
Em 1714, foram criadas as comarcas:
"Os aventureiros que concorriam", diz um cronista, "eram tão pobres que conduziam às costas quanto possuíam. Graças à caridade dos Paulistas, logo que entravam uns achavam cama e mesa nas casas destes descobridores: outros recebiam o mantimento somente, mas todos obtinham introdução nas lavras, até que ajuntando ouro se habilitassem para viverem às suas expensas". Mas, na linguagem popular dos mineiros, logo "forasteiro" passa a sinônimo de adversário. Os portugueses e seus aliados, os baianos sobretudo, seriam chamados "emboabas"".
Em 18 de abril de 1701, um ato do governador Artur de Sá e Menezes criou, para o fisco (para a arrecadação do tributo do Quinto sobre o ouro), os cargos de Superintendentes, escrivães, tesoureiros e registros nos caminhos dos campos gerais para o Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e para a Bahia, proibindo a circulação e a saída de qualquer pessoa de Minas sem guia do ouro pela qual mostrasse haver pago o tributo de um quinto.
Foram as primeiras providências sobre policiamento das minas e concessão dos terrenos: cobrança do quinto, recebedorias, guias. Desde então até 1820 segundo dados oficiais, mas doravante cada vez mais deficientes, a quantidade de ouro extraída sobre a qual incidiram os impostos atingiu 41 000 arrobas ou 615 000 quilos, não se podendo contar o ouro extraido e que, apesar da feroz vigilância, passou por contrabando. E eram grosseiros e primitivos os processos empregados na exploração das minas. No tempo colonial, o ouro valeu entre 1$200 e 1$500 a oitava, e por esse preço baixo a importância de tais arrobas sobe a 250,000:000$000 do tempo.
Em 7 de dezembro de 1705, o desembargador sindicante João Pereira do Vale respondeu a uma carta régia de 20 de março e escreveu um verdadeiro relatório ao rei dom Pedro II de Portugal com sua avaliação sobre a casa da moeda do Rio e o estado das Minas, em que estima a população das Minas ("serem couto de foragidos é o maior mal") em mais de 30 000 pessoas. Fala dos frades, "tão pouco regulados em seu procedimento e ações que seria servido de Deus e de Vossa Majestade mandarem seus prelados que todos se recolhessem e só passassem Padres da Companhia e alguns missionários". Falando das numerosas fraudes dos habitantes e Minas, diz - "afirmam os de maior experiência e melhor ponderação que se do ouro que nelas se tira cada ano se pagassem os quintos e datas com pontualidade, teria Vossa Majestade mais de cem arrobas cada ano.»
De 1705 em diante, escasseaiam as lavras fáceis de aluvião, obrigando a transformar o sistema da mineração por serviços em terra firme, obrigados a desmonte e regos de grande custo; os reinóis passam a mineiros. Conhecidos e amparados pelos compatriotas opulentos de praças marítimas, que lhes forneciam a crédito escravos e instrumentos, as terras mais ricas e regiões mais férteis passaram a ser de reinóis e baianos com tais elementos à disposição. Os Paulistas, em rápida decadência, procuraram novos ribeiros, largando seus arraiais e lavradios, refugiando-se na lavoura de roças. Os antigos magnatas ficam nivelados com a plebe solta nas Minas e a velha divisão de raças cedeu à nova divisão entre ricos e pobres, os ricos virando cabecilhas improvisados à frente de clientes façanhudos, de recente grandeza, impondo-se pelo terror a povoações inteiras. É a época dos concubinados e bastardos: população orçada em 30 000 almas, caminhos livres e francos, mercados abundantes, soltas forças da anarquia. O primeiro incidente de caréter vagamente nacionalista ocorre na Ponta do Morro.

Conflitos pelo Ouro

A invasão brutal e em atropelo impacientou até espectadores desinteressados, como o Padre Belchior de Pontes, que esconjurara, da aldeia de São José onde vivia, aqueles paulistas que se dirigiam para as minas, profetizando desgraças que sucederiam no grande levantamento futuro. O jesuíta antevia os ódios que iriam se desatar nas Minas Gerais, ontem sertões, habitados de feras e gentio. Os arraiais foram poucos, mas manifestado o ouro, surgiram de toda a parte: local para o lazer, a compra e a reza, não eram era domicilio nem lar, apenas uma demora, com caráter de provisoriedade e improvisação, o importante era a cata, a mineração, no fundo dos vales. Levavam vida grosseira, rude, somente com o lar e a mulher surgiriam preocupações de conforto.
Em 6 de fevereiro de 1705, uma ordem real declarou que a licença de passar às Minas só seja dada às pessoas de qualidade. Estaria a côrte alarmada na crença da extinção fácil das minas? Desde ofício de 20 de maio de 1698 de Artur de Sá e Menezes, havia ansiedade da corte: seriam menos ricas, seriam duráveis? Até 1704, houve dúvida: só quando se descobrem as camadas e veeiros da serra do Ouro Preto, formações regulares e de nunca vista fertilidade, crêem no resultado final e no destino das Minas - e o rei resolve derrogar as ordens proibitivas, franqueia caminhos. Com esta nova política, os Paulistas se sentem vencidos; reconcentram seu ódio nos forasteiros.
No século XVII, as drogas da terra em São Paulo eram a farinha, panos de algodão, redes, trigo, marmelo, couros e carnes. A grande maioria dos tropeiros era reinol, movimentando o giro comercial "Paulista", pois o natural da terra desprezava o comércio como degradante. Do Rio de Janeiro subiam para as Minas os artigos da terra, como açúcar, aguardente, gado, feijão, arroz e farinha, e artigos importados como vidros, espelhos, sedas, damascos, pelúcias, baixelas, vinhos, azeites, armas, pólvora, sal, ferro etc. - e os escravos. A Bahia, dada a grande facilidade de comunicação terrestre e a navegação pelo Rio São Francisco, era zona de povoamento antigo, havia currais no sertão, importante centro importador de artigos europeus - a proibição do capítulo XVII do Regimento nunca pode ser efetiva, a onda de contrabando foi irreprimivel, pois os moradores não permitiam, eram todos «tão absolutos que qualquer vaqueiro ou Paulista metido com a sua escopeta pelos matos daqueles sertões nem todos os exércitos da Europa parece serão bastantes para o impedirem que entre e saia para onde quiser». Se não fosse boiadeiro, não poderia, teoricamente, entrar. Outro produto, além do gado, foi o escravo - o contrabando era irrefreável. A princípio os senhores de engenho vendiam seus negros gostosamente - depois com a elevação do preço, não mais. Potentados em gado, senhores das fazendas, tropeiros e comboeiros de negros se foram congraçando e associando: uma das maiores figuras do contrabando foi Manuel Nunes Viana mancomunado com outros portugueses e baianos (no fundo, defendia os direitos que tinham os mineradores de alimentar-se, vestir-se e comprar de que quisessem, as coisas de que careciam) contra Borba Gato, Paulista defendendo a causa do rei.

Guerra dos Emboabas

Ver artigo principal: Guerra dos Emboabas
As descobertas importantes de ouro provocaram uma corrida cheia de incidentes, sendo o mais grave a Guerra dos Emboabas (1707-1710), onde os luso-baianos derrotaram os paulistas, que ocupavam anteriormente a região aurífera - os tupis que descobriram as minas possuiam bem mais afinidades com eles e realmente foram os grandes responsáveis por ceder a informação do ouro - obrigando-os a emigrar para o Centro-Oeste, onde outros grupos de índios, aliados dos paulistas, haviam descoberto ouro. Só que a transferência da capital foi em vão, já que os comerciantes judeus de Salvador eram os maiores traficantes de ouro e diamantes ilegais de toda a atual Minas Gerais e região Centro-Oeste, transformando o Rio São Francisco num grande exportador das riquezas de Minas (e o ícone-mor desta época é a igreja de São Francisco em Salvador, que nada possui de franciscana e tudo que tem é ouro contrabandeado por baianos do século XVIII).

Capitania de São Paulo e Minas de Ouro

Foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, separando-se da Capitania do Rio de Janeiro. A carta Régia data de novembro de 1709. As novas capitanias de São Paulo e Minas do ouro seriam somente capitania quando tivesse seus povoados de maior importância, organizados de acordo com as Ordenações do Reino, com câmaras municipais, Justiça, repartições arrecadadoras de tributos régios, Secretaria com livros de Atos, Cartas- Régias, Cartas-Patentes e Caixas Fiscais. O novo governador, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, recebeu ordem de velar pela fundação de povoações e tratar Paulistas e Reinóis com a mesma equidade, «uns e outros tendo a mesma condição de vassalos».

Capitania de Minas Gerais

Ver artigo principal: Capitania de Minas Gerais
Em 1720, a Capitania de São Paulo e Minas do Ouro foi dividida em Capitania de São Paulo e Capitania de Minas Gerais (praticamente o território atual, exceto o Triângulo Mineiro, que permaneceu paulista e passou para Goiás antes de se tornar parte de Minas Gerais em 1816[3]). Na primeira metade do século XVIII, a região tornou-se o centro econômico da colônia, com rápido povoamento, com destaque para as chamadas Vilas do Ouro - Ouro Preto, Mariana, Serro, Caeté, São João del-Rei, Pitangui, Sabará e São José do Rio das Mortes.
Escultura em pedra-sabão do Mestre Aleijadinho em Congonhas, em Minas Gerais

Inconfidência Mineira

Ver artigo principal: Inconfidência Mineira
No entanto, a produção aurífera começou a cair por volta de 1750, o que levou Portugal a buscar meios para aumentar a arrecadação de impostos, provocando articulações e conversas acerca da possibilidade de se realizar um levante que, apesar de nunca ter se efetivado, entrou para a história como a Inconfidência Mineira, em 1789.

O Mito da Decadência Mineira

Encerrada essa fase, a política de isolamento, antes imposta à região mineradora como forma de exercer maior controle sobre a produção de pedras e metais preciosos, ainda inibia o desenvolvimento de qualquer outra atividade econômica de exportação, forçando a população a se dedicar a atividades agrícolas de subsistência. Por decênios, apesar dos avanços alcançados na produção de açúcar, algodão e fumo para o mercado interno, Minas Gerais continuou restrito às grandes fazendas, autárquicas e independentes.
A decadência do ouro levou ao esvaziamento das vilas mineradoras, com o deslocamento das famílias e seus escravos para outras regiões, o que expandiu as fronteiras da capitania, antes restritas à região das minas.
A estagnação econômica da província, bem como de toda a colônia, continuava e somente foi rompida com o surgimento de uma nova e dinâmica atividade exportadora, o café.

Ocupação e Definição das Fronteiras

No fim do século XVIII, começou a ocupação das atuais regiões da Zona da Mata, Norte de Minas e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A expansão dos limites de Minas Gerais continuou ao longo do século XIX.[4] Em 1800, definiu-se a divisa com o Espírito Santo, a qual foi estendida até a Serra dos Aimorés. Em 1816, as atuais regiões do Triângulo e Alto Paranaíba foram incorporadas a Minas Gerais transferidas da Capitania de Goiás. Em 1824 o atual Noroeste de Minas deixou de pertencer a Pernambuco e foi incorporado a Minas. Já a divisa com o Rio de Janeiro, estabelecida sem muita precisão desde 1709, foi fixada em 1843[5] e, em 1857, o Vale do Jequitinhonha foi definitivamente transferido da Bahia para Minas Gerais.

Cafeicultura

A decadência da produção aurífera nas últimas décadas do século XVIII desencadeou um movimento migratório das vilas do ouro para outras áreas da Capitania das Minas Gerais. Nos primeiros anos do século XIX, as lavouras de café da Capitania do Rio de Janeiro atingiram Minas Gerais pelos vales dos afluentes do Rio Paraíba do Sul. Localizaram-se, inicialmente, na Zona da Mata, nas fazendas dos seus desbravadores, cujas famílias eram oriundas das regiões de Vila Rica, do Serro e do Sul de Minas.
Rapidamente a cafeicultura se difundiu, transformando-se na principal atividade da Província de Minas Gerais durante o Brasil Império e agente indutor do povoamento e do desenvolvimento da infra-estrutura de transportes e de energia. A prosperidade trazida pelo café ensejou um primeiro surto de industrialização, reforçado, mais tarde, pela política protecionista implementada pelo Governo Federal após a Proclamação da República Brasileira. Juiz de Fora despontava como a principal cidade mineira à época, estimulada pela imigração de alemães e italianos para trabalhar nas fazendas e nas fábricas. Construíram-se as primeiras usinas hidroelétricas, ferrovias e rodovias de Minas Gerais - com destaque para as pioneiras no Brasil Estrada União e Indústria e Usina de Marmelos - e foram fundadas suas primeiras instituições bancárias.

Industrialização

Primórdios

As indústrias daí originárias eram de pequeno e médio portes, concentradas, principalmente, nos ramos de produtos alimentícios (laticínios e açúcar), têxteis e siderúrgicos. No setor agrícola, em menor escala, outras culturas se desenvolveram, como o algodão, a cana-de-açúcar e cereais.

Modernização

O predomínio da cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de 1930 a 1950, com a afirmação da natural tendência do Estado para a produção siderúrgica e com o crescente aproveitamento dos recursos minerais. Ainda na década de 1950, no processo de substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação na economia brasileira. Um fator que contribuiu para essa nova realidade foi o empenho governamental na expansão da infra-estrutura - sobretudo na área de energia e transportes - cujos resultados se traduziram na criação, em 1952, da Companhia Energética de Minas Gerais e no crescimento da malha rodoviária estadual, com destaque para a inauguração da Rodovia Fernão Dias (BR-381), que liga Belo Horizonte a São Paulo, no fim da década.
Vista da cidade histórica de Ouro Preto
Na década de 1960, a ação do governo cumpriu papel decisivo no processo de industrialização, ao estabelecer o aparato institucional requerido para desencadear e sustentar o esforço de modernização da estrutura fabril mineira.
A eficiente e ágil ofensiva de atração de investimentos, iniciada no final da década de 1960, encontrou grande ressonância junto a investidores nacionais e estrangeiros. Já no início da década de 1970, o estado experimentou uma grande arrancada industrial, com a implantação de inúmeros projetos de largo alcance sócio-econômico. O parque industrial mineiro destacou-se nos setores metal-mecânico, elétrico e de material de transportes.
Entre 1975 e 1996, o produto interno bruto mineiro cresceu 93 por cento em termos reais. Em igual período, o país registrou um crescimento de 65 por cento. Esse relevante desempenho verificou-se, sobretudo, no setor de transformação e nos serviços industriais de utilidade pública. Na indústria extrativa mineral, a supremacia mineira durou até 1980, quando o país passou a explorar, entre outras, as jazidas do Complexo Carajás. Entretanto, em 1995, o estado ainda respondia por 26 por cento do valor da produção mineral brasileira do setor de metálicos.

Referências


  • http://www.cedefes.org.br/index.php?p=colunistas_detalhe&id_pro=7

  • Boxer, C. R. (1962). The Golden Age of Brazil 1695-750. Berkeley: University of California Press. 43 páginas

  • «A MINERAÇÃO NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA» (PDF). Universidade Federal de Alfenas. Maio de 2014. Consultado em 25 de março de 2015

  • "Metamorfose de Minas", por A. de Paiva Moura

  • Bibliografia

    • "As Minas Gerais". Miran de Barros Latif. Editora Itatiaia. 1991. 3ª edição.
    • "Códice Costa Matoso. Coleção das noticias dos primeiros descobrimentos das minas na América que fez o doutor Caetano da Costa Matoso sendo ouvidor-geral das do Ouro Preto, de que tomou posse em fevereiro de 1749, & vários papéis". Coleção Mineiriana. Fundação João Pinheiro. 1999.
    • "Geografia Histórica da Capitania de Minas Gerais. Descrição Geográfica, Topográfica, Histórica e Política da Capitania de Minas Gerais. Memória Histórica da Capitania de Minas Gerais". Autor: José Joaquim da Rocha. Coleção Mineiriana. Série Clássicos. Fundação João Pinheiro. 1995.
    • "Instrução para o governo da capitania de Minas Gerais". Autor: José João Teixeira Coelho. Coleção Mineiriana. Fundação João Pinheiro. 1994.


    SÍMBOLOS DE NOVA SERRANA, MG.


    Fonte, https://www.novaserrana.mg.gov.br/conteudo/simbolos-da-cidade#.WQYGJze1vcs

    BANDEIRA DE NOVA SERRANA, MG.

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    Prefeitura de Nova Serrana - Telefones úteis

    Prefeitura de Nova Serrana - Telefones úteis: Site oficial da Prefeitura de Nova Serrana Minas Gerais. Serviços e informações



    Prefeitura de Nova Serrana - De volta ao passado em Nova Serrana

    Prefeitura de Nova Serrana - De volta ao passado em Nova Serrana: Site oficial da Prefeitura de Nova Serrana Minas Gerais. Serviços e informações

    Vista parcial da cidade - detalhe Igreja Matriz de São Sebastião - Foto: Francisco Anisio Ferreira

    FESTA DO TRABALHADOR DE NOVA SERRANA - TERCEIRO DIA.

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    sábado, abril 29, 2017

    MG: Nova Serrana caminha na contramão do desemprego



    As fábricas em Nova Serrana estão contratando, mas nem sempre conseguem preencher as vagas (Crédito: Adriana Ferreira)
    As fábricas em Nova Serrana estão contratando, mas nem sempre conseguem preencher as vagas
    Crédito: Adriana Ferreira

    Enquanto no Brasil são 12 milhões de desocupados, a cidade, que é uma das principais do polo calçadista mineiro, contabilizou de janeiro a março deste ano, mais de três mil postos de trabalho. Isso significa que o número de admissões superou o de demissões. Do total de vagas geradas, 90% são da indústria de calçados. Os anúncios de contratações estão por toda parte. Mas nem sempre as vagas são preenchidas - o problema está na qualificação.

    Adriana Ferreira

    O município de Nova Serrana, no centro-oeste de Minas Gerais, vem caminhando na contramão do desemprego. Enquanto no Brasil são 12 milhões de desocupados, a cidade, que é uma das principais do polo calçadista mineiro, contabilizou de janeiro a março deste ano, mais de três mil postos de trabalho. Isso significa que o número de admissões superou o de demissões. Do total de vagas geradas, 90% são da indústria de calçados. Os anúncios de contratações estão por toda parte. Mas nem sempre as vagas são preenchidas. O problema está na qualificação. 
    Rodrigo Martins é diretor comercial de uma das mais tradicionais fábricas de Nova Serrana. Os produtos por lá são feitos em couro, material delicado e ao mesmo tempo caro. Por isso, os critérios de seleção são mais específicos. Ele confirma que sempre há necessidade de mão de obra qualificada, mas, nem sempre, encontra profissionais habilitados para ocupar as vagas abertas: “a gente tem funções específicas e às vezes se exige uma qualificação maior de determinados funcionários para o trabalho com esse tipo de material. A verdade é que a gente sempre tá aceitando currículos e sempre tá contratando. A gente sempre tem necessidade de mão de obra qualificada".
    A qualificação garante ao fabricante segurança na linha de produção. No caso de Rodrigo são 800 pares de sapatos femininos fabricados por dia. Volume suficiente para atender as principais capitais do sul e sudeste do Brasil, além do mercado internacional como Estados Unidos, Peru e Oriente Médio. 
    Não é diferente na fábrica comandada pelo empresário Júnior César Silva. Ele começou fabricando calçados esportivos. Há alguns anos, o foco mudou. Agora as atenções estão voltadas ao público feminino. Com cerca de 100 funcionários, o empresário já prevê crescimento no quadro para o segundo semestre, quando os negócios serão ampliados. A dificuldade, segundo Júnior, que também é vice-presidente do Sindnova, Sindicato das Indústrias de Calçados de Nova Serrana, não está tanto nos profissionais que atuam na linha de produção, mas em cargos administrativos e com perfil gerencial: "em algumas funções mais específicas, há dificuldade de contratações, principalmente em cargos de chefia. O processo de chefia, administrativos, que exigem um pouco mais de qualificação, nesses casos há sim mais dificuldade". 
    Jéssica trabalhava em uma montadora de veículos em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ficou três anos desempregada e encontrou uma recolocação em Nova Serrana e, em menos de um ano, já foi promovida: "onze meses que eu estou aqui, mas na verdade não comecei como embaladeira, comecei como passadora de cola. Aí foi subindo e hoje tô embalando".
    Considerando as cidades que tem a produção de calçados como principal vocação, Nova Serrana é a segunda em criação de postos de trabalho, perdendo apenas para Franca, em São Paulo. O polo calçadista em Minas Gerais é formado por 1200 empresas. São 800 apenas em Nova Serrana, que são responsáveis pela geração de aproximadamente 20 mil empregos diretos.

      Fonte, CBN.

    BAHIA: CONEXÃO NOVA SERRANA

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    Bandeira da Bahia Resultado de imagem

    Coordenadas: 12.52° S 41.69° O
    Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Bahia (desambiguação).
    Estado da Bahia
    Bandeira da Bahia
    Brasão da Bahia
    Bandeira Brasão
    Lema: Per Ardua Surgo
    (traduzido do latim, significa: "Pela dificuldade, venço"[1][2])
    Hino: Hino da Bahia
    Gentílico: baiano(a)

    Localização da Bahia no Brasil
    Localização
     - Região Nordeste
     - Estados limítrofes Minas Gerais (S, SO, e SE), Goiás (O e SO), Tocantins (O e NO), Piauí (N e NO), Pernambuco (N), Alagoas (NE), Sergipe (NE) e Espírito Santo (SE)
     - Mesorregiões 7
     - Microrregiões 32
     - Municípios 417
    Capital Brasão de Salvador.jpg Salvador[1]
    Governo
     - Governador(a) Rui Costa (PT)
     - Vice-governador(a) João Leão (PP)
     - Deputados federais 39
     - Deputados estaduais 63
     - Senadores Roberto Muniz (PP)
    Lídice da Mata (PSB)
    Otto Alencar (PSD)
    Área  
     - Total 564 733,177 km² () [3]
    População 2016
     - Estimativa 15 276 566 hab. ()[4]
     - Densidade 27,05 hab./km² (15º)
    Economia 2013[5]
     - PIB R$ 204,265,000,000 ()
     - PIB per capita R$ 13,577 74 (22º)
    Indicadores 2010/2015[6][7]
     - Esper. de vida (2015) 73,2 anos (17º)
     - Mort. infantil (2015) 18,1‰ nasc. ()
     - Alfabetização (2010) 84,6% (19º)
     - IDH (2010) 0,660 (22º) – médio [8]
    Fuso horário UTC−03:00
    Clima Equatorial, tropical com estação seca e semiárido[9] Af, As, Aw, BSh
    Cód. ISO 3166-2 BR-BA
    Site governamental http://www.ba.gov.br/

    Mapa da Bahia
    A Bahia[10][11] (pronúncia em português: [baˈi.ɐ]) é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situada no sul da Região Nordeste, fazendo limite com outros oito estados brasileiros - o estado que mais faz divisas:[12] Minas Gerais a sul, sudoeste e sudeste, Espírito Santo a sul, Goiás a oeste e sudoeste, Tocantins a oeste e noroeste, Piauí a norte e noroeste, Pernambuco a norte e Alagoas e Sergipe a nordeste. A leste, é banhada pelo Oceano Atlântico e tem, com novecentos quilômetros, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 564 733,177 km²,[3] sendo pouco maior que a França. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a maior extensão territorial, a maior população, o maior produto interno bruto e o maior número de municípios. A capital estadual é Salvador, terceiro município mais populoso do Brasil. Além dela, há outros municípios influentes na rede urbana baiana, como as capitais regionais Feira de Santana, Vitória da Conquista, Barreiras, o bipolo Itabuna-Ilhéus e o bipolo Juazeiro-Petrolina,[13] sendo este último um município pernambucano e núcleo, junto com Juazeiro, da RIDE Polo Petrolina e Juazeiro. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da Grande Salvador: Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho; e os municípios interioranos de Jequié, Teixeira de Freitas, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Eunápolis, Porto Seguro e Paulo Afonso.
    Um dos primeiros núcleos de riqueza açucareira do Brasil, recebeu a Bahia imenso contingente e enorme influência de trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para comercialização, visando suprir os engenhos e as minas de ouro da colônia.[14] Esses indivíduos escravizados procediam em especial do Golfo da Guiné, das antigamente chamadas costas dos escravos, da pimenta, do marfim e do ouro, no oeste africano, com destaque para o Império de Oyo, fundado e habitado pelo povo iorubá, e o antigo reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois, o Rio de Janeiro recebeu escravos de Angola e Moçambique.[15] Assim, a influência da cultura africana na Bahia permaneceu alta na música, na culinária, na religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o tabuleiro de acarajé, vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da costa, a típica baiana.
    A Bahia é considerada a parte mais antiga da América Portuguesa, pois foi na região de Porto Seguro — posteriormente incorporada ao território baiano — que a frota de Pedro Álvares Cabral ancorou, em abril de 1500, marcando o descobrimento oficial do Brasil pelos portugueses e a celebração da primeira missa, na praia da Coroa Vermelha, presidida pelo frei Henrique Soares de Coimbra.[14][16] É de se destacar também o decreto de abertura dos portos às nações amigas, promulgada em 28 de janeiro de 1808 por meio de uma Carta Régia pelo príncipe regente Dom João VI de Portugal, na Capitania da Bahia, acabando com o monopólio comercial e abrindo a economia brasileira para o comércio exterior.[17][18][19][20] Em 1º de novembro de 1501, o navegante florentino Américo Vespúcio, a serviço da Coroa portuguesa, descobriu e batizou a Baía de Todos-os-Santos, maior reentrância de mar no litoral desde a foz do Rio Amazonas até o estuário do Rio da Prata. O local foi escolhido para abrigar a sede do governo-geral em março de 1549 com a chegada do fidalgo Tomé de Sousa, a mando do rei Dom João III de Portugal para fundar a que seria, pelos próximos 214 anos, a cidade-capital do Brasil Colônia, Salvador.
    Ao longo da história, a Bahia recebeu diversos encômios como Boa Terra e Terra da Felicidade, por causa de sua população alegre e festiva.[21] Possui um alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e de valor histórico e cultural. Apesar de ser a oitava maior economia do Brasil, com o produto interno bruto superior a R$ 150 bilhões, são pouco mais de R$ 11 mil de PIB per capita. Isso gera um quadro em que a renda é mal distribuída, se refletindo no Índice de Desenvolvimento Humano: 0,66 em 2010, o sexto menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento Humano de 2010 do Egito.[22] Na Bandeira do Brasil, o estado da Bahia é representado pela estrela Gamma Crucis (? Crucis) da constelação do Cruzeiro do Sul (Crux).[23]

    Topônimo

    O topônimo "Bahia" é uma referência à Baía de Todos os Santos, a qual deu o nome, originalmente, à Capitania da Baía de Todos os Santos. A capitania foi transformada, em 1821, em província. Em 1889, a Província da Bahia tornou-se o atual Estado da Bahia.
    "Bahia" é a grafia antiga para "baía", a qual se conservou, no Brasil, por uma questão de tradição. No entanto, na variante europeia da língua portuguesa (destacando aí Portugal), a grafia também correta e usual é "Baía"; os dicionários portugueses como o da Porto Editora,[24][25][26] o da Texto Editores e o da Academia de Ciências de Lisboa, que é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, definem a palavra baiano como alguém que é originário do estado brasileiro da Baía, utilizando essa grafia.
    O gentílico "baiano", já supracitado, não conserva a ortografia antiga. Embora a grafia Bahia siga as regras gerais da atual ortografia da língua portuguesa, está registrada na quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia já estava consagrada como exceção no ponto 42 do Formulário Ortográfico de 1943:
    "Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo Bahia, que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao Estado e à cidade que têm esse nome. Observação. — Os compostos e derivados desses topônimos obedecerão às normas gerais do vocabulário comum".
    Formulário Ortográfico de 1943, [[27] [27]]
    Ainda que a grafia Bahia seja universalmente adotada pela população brasileira, tal grafia suscita dúvidas a gramáticos e lexicógrafos como o ortógrafo e lexicógrafo brasileiro Evanildo Bechara, que considera a grafia Bahia, «um capricho imposto à nação»,[28] e Napoleão Mendes de Almeida, que qualifica tal grafia como «espúria».[29]

    História

    Ver artigo principal: História da Bahia

    Colonização portuguesa

    Local de chegada dos primeiros portugueses ao Brasil no ano de 1500, a região do que viria a ser o estado da Bahia começou a ser povoada por portugueses em 1534. Até então, a região era habitada apenas por indígenas da nação tupi, como os tupinambás, os aimorés e os tupiniquins.[30] No território correspondente ao atual estado da Bahia, foram formadas cinco capitanias hereditárias entre 1534 e 1566, conservadas até a segunda metade do século XVIII. As quais foram a da Bahia, doada a Francisco Pereira Coutinho em 5 de março de 1534; de Porto Seguro doada a Pero do Campo Tourinho em 27 de maio de 1534; de Ilhéus doada a Jorge de Figueiredo Corrêa em 26 de julho de 1534; Capitania das Ilhas de Itaparica e Tamarandiva|das Ilhas de Itaparica e Tamarandiva doada a Dom Antonio de Athayde em 15 de março de 1598; do Paraguaçu ou do Recôncavo da Bahia doada a Álvaro da Costa em 29 de março de 1566.[31]
    Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, fundou Salvador, que se tornou a primeira capital do país em 1549, vendo a necessidade de se criar um centro político e administrativo capaz de congregar todas as capitanias, sendo, por muitos anos, a maior cidade das Américas. Em 1572, o governo colonial dividiu o país em dois governos: um, em Salvador e o outro, no Rio de Janeiro. A situação se manteve até 1581, quando a capital do Brasil passou a ser, novamente, apenas Salvador. A capital foi transferida para o Rio de Janeiro definitivamente em 1763 motivada por rei Dom João V devido a descoberta do ouro e pedras preciosas em Minas Gerais e que pudesse ser numa cidade de mais fácil acesso às regiões mineradoras.[32] Desde então, o eixo Sul-Sudeste se consolidou como o novo centro econômico e o aparelho político-administrativo do Brasil.
    Em Salvador, concentrou-se uma grande população de europeus, índios, negros e mestiços - em decorrência da economia centrada no comércio com dezenas de engenhos instalados na vasta região do Recôncavo.[33][34]
    O território original da Bahia compreendia a margem direita do Rio São Francisco (a esquerda pertencia a Pernambuco). Estava, basicamente, dividido entre dois grandes feudos: a Casa da Ponte e a Casa da Torre, dos senhores Guedes de Brito e Garcia d'Ávila, respectivamente - promotores da ocupação de seu território.[carece de fontes]

    Invasões neerlandesas

    Planta da restituição da Bahia (de 1631 por João Teixeira Albernaz, o velho): em primeiro plano, a Armada Espanhola.
    No século XVII, a grande produção de pau-brasil e de açúcar, mercadorias valorizadas na época, no Nordeste do Brasil, fez essa região integrar-se ao comércio internacional, atraindo também corsários europeus.[35] Assim, Salvador, a sede colonial do Império Português na América Portuguesa, foi visada e atacada por outras potências europeias da época, em especial Inglaterra e Países Baixos, até que, em 1624, foi conquistada pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (CIO).
    Os neerlandeses, liderados por Jacob Willekems e Johan van Dorf[36] e com a participação de Piet Hein,[35] chegaram à capital baiana com inúmeras embarcações e mais de 3 600 soldados, enquanto, no outro lado, sem receber reforços, havia apenas oitenta militares que debandaram com a maioria da população na iminência do ataque. Os neerlandeses chegaram à praça deserta, exceto pelo governador, que segurava a espada em riste prometendo defender a cidade até a morte. Foi detido.
    Salvador chegou a ficar sob domínio neerlandês por um ano (1624-1625),[35] mas foi retomada por tropas pernambucanas na chamada jornada dos vassalos, com ajuda da esquadra luso-espanhola comandada por Fadrique de Toledo Osório, mas maioritariamente portuguesa, cujo general era Dom Manuel de Meneses, capitão-mor da Armada da Costa de Portugal. No Recôncavo, organizado nas pequenas vilas, prepararam a reação, com ajuda e empenho do Dom Marcos Teixeira de Mendonça, bispo da Bahia.[36]
    Nova invasão ocorreu em 1638, período em que João Maurício de Nassau dominava boa parte do Nordeste, mas foi fortemente repelida. Embora tenham falhado, Piet Hein e Witte de With, junto a outros que tentaram tomar Salvador, novamente capturaram vários navios portugueses com uma grande carga de açúcar.[35][36]

    Conjuração Baiana

    Ver artigo principal: Conjuração Baiana
    Bandeira da República Baiense. As cores (azul, branco e vermelho) do movimento são as mesmas da atual bandeira do estado.
    Em 1798, a Bahia foi cenário da Conjuração Baiana, que propunha a formação da República Baiense - movimento pouco difundido, mas com repressão superior àquela da Inconfidência Mineira: seus líderes eram negros instruídos (os alfaiates João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira e os soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens) associados a uma elite liberal (Cipriano Barata, Moniz Barreto e Aguilar Pantoja), mas só os populares foram executados, mais precisamente no Largo da Piedade a 8 de novembro de 1799.[carece de fontes]

    Independência

    Ver artigo principal: Independência da Bahia
    As lutas pela emancipação tiveram início na Bahia, ainda em 1821 e, mesmo após a declaração de independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, o estado continuou em luta contra as tropas portuguesas até a rendição destas, ocorrida no dia 2 de julho de 1823, após diversas batalhas. A data, feriado estadual, é comemorada pelos baianos como o Dia da Independência da Bahia.[37]

    Outras revoltas

    Com a independência do Brasil, os baianos exigiram maior autonomia e destaque. Como a resposta foi negativa, organizaram levantes armados que foram sufocados pelo governo central. Foi o caso da Federação do Guanais, levante de 1832.[carece de fontes]
    Em 1834, a Bahia foi palco da Revolta dos Malês (como eram conhecidos os escravos africanos islamizados), tida como a maior revolta escrava da história do Brasil. Com a República, ocorreram outros incidentes políticos importantes, como a Guerra de Canudos e o bombardeio de Salvador, em 1912. A Bahia contribuiu ativamente para a história brasileira e muitos expoentes baianos constituem nomes de proa na política, cultura e ciência do país.[carece de fontes]

    Geografia

    Em termos de extensão territorial, a Bahia é o quinto estado e possui 36,334% da área total da Região Nordeste do Brasil e 6,632% do território nacional. Da área de 564.733,177 quilômetros quadrados, cerca de 70 por cento situam-se na região do semiárido.[38] O estado encontra-se com 57,19% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[39] O seu litoral é o maior entre os estados brasileiros, com 1 183 quilômetros.[38]
    Ao norte, o limite é o Rio São Francisco, no município de Curaçá, divisa com Pernambuco. Sendo a latitude 8º 32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a barra do Riacho Doce, no município de Mucuri, na divisa com o Espírito Santo. Sendo a latitude 18º 20' 07" e a longitude 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo é a barra do Rio Real, no município de Jandaíra, na divisa com o Oceano Atlântico. Sendo a latitude 11º 27' 07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor de águas, no município de Formosa do Rio Preto, divisa com o Tocantins. Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". O centro geográfico do Estado fica na cidade de Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte ao prédio dos Correios, nas coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação Google Earth).[carece de fontes]

    Hidrografia

    Poço Encantado, um lago subterrâneo no Parque Nacional da Chapada Diamantina.
    O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os rios Paraguaçu - maior rio inteiramente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se somam aos rios Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, Rio Grande, entre outros, compõem um total de dezesseis bacias hidrográficas.[38]
    Em março de 2009, através da resolução número 43 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) o estado foi dividido em 26 regiões, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA). Essas regiões hidrográficas organizam das bacias hidrográficas no território baiano para fins de planejamento público, muitas vezes em volta de um curso de água principal ou um grupo deles. A resolução instituiu RPGA para o Riacho Doce (I), Rio Mucuri (II), Rios Peruíbe, Itanhém e Jucuruçu (III), Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio (IV), Rio Jequitinhonha (V), Rio Pardo (VI), Leste (VII), Rio de Contas (VIII), Recôncavo Sul (IX), Rio Paraguaçu (X), Recôncavo Norte (XI), Rio Itapicuru (XII), Rio Real (XIII), Rio Vaza-Barris (XIV), Riacho do Tara (XV), Rios Macururé e Curaçá (XVI), Rio Salitre (XVII), Rios Verde e Jacaré (XVIII), Lago de Sobradinho (XIX), Rios Paramirim e Santo Onofre (XX), Riachos da Serra Dourada e do Brejo Velho (XXI), Rio Carnaíba de Dentro (XXII; Rio Grande (XXIII), Rio Corrente (XXIV), Rio Carinhanha (XXV), Rio Verde Grande (XXVI).[40]

    Relevo e geologia

    Imagem de satélite do relevo baiano com escala altimétrica.
    Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de planícies, planaltos, e depressões e as formas tabulares e planas (chapadas, chapadões, tabuleiros). As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90% de sua área está acima de duzentos metros em relação ao nível do mar.[41]
    Vista do morro Pai Inácio, na Chapada Diamantina.
    Os pontos mais elevados na Bahia são o Pico do Barbado, com 2 033 metros, localizado na Serra dos Barbados, entre os municípios de Abaíra e Rio do Pires e o Pico das Almas, com 1 954 metros, localizado entre os municípios de Érico Cardoso, Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas, na Serra das Almas.[42][43]
    O planalto e a baixada são as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas.[carece de fontes]
    Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a erosão trabalhou em busca de formas tabulares.[41] Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe, na altura do estado, o nome de Espigão Mestre.[carece de fontes]
    Os planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam rios vindos da Chapada Diamantina, da serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas Gerais, indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto semiárido, localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas altitudes.[41]
    O relevo que predomina o estado baiano é a depressão.[41]
    As planícies estão situadas na região litorânea, onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem praias, dunas, restingas e até pântanos. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem colinas que se estendem até o oceano. As planícies aluviais se formam a partir dos rios Paraguaçu, Jequitinhonha, Itapicuru, de Contas, e Mucuri, que descem da região de planalto, enquanto o rio São Francisco atua na formação do vale do São Francisco, onde o solo apresenta formação calcária.[carece de fontes]
    Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento do Recôncavo baiano, cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela presença do solo massapê, formado por terras de origem argilosa.[carece de fontes]

    Clima

    Tipos de clima, segundo Köppen, no estado da Bahia.
    Devido à sua latitude, o clima tropical predomina em toda a Bahia, apresentando temperaturas elevadas, em que as médias de temperatura anuais, em geral ultrapassam os 30 °C, entretanto na serra do Espinhaço as temperaturas são mais amenas e agradáveis. Também se encontra o clima tropical de altitude em cidades da Chapada Diamantina (Piatã a 1268 metros do nível do mar) e no sudoeste do estado (Vitória da Conquista está entre 923 metros e 1100 metros de altitude). Contudo, no sertão, o clima é o semiárido, em que os índices pluviométricos são bastantes baixos, sendo comuns os longos períodos de seca.
    Há distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de Ilhéus, a umidade é maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500 milímetros anuais, no sertão pode não chegar aos quinhentos milímetros anuais.[41] A estação das chuvas é irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos, desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para região do vale do rio São Francisco.

    Vegetação

    Em relação à fitogeografia, possui três grandes formações vegetais: a caatinga, que é a vegetação predominante, a floresta tropical úmida e cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na área da depressão do São Francisco, e na serra do Espinhaço. Resta para o cerrado a porção ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.[41]
    A floresta tropical úmida sofreu forte impacto da exploração antrópica, devido à abundância de madeiras de lei. Os plantios de cacau foram feitos nessa vegetação. Nesses locais vem ocorrendo o reflorestamento com o eucalipto, especialmente na região do extremo sul do estado.[carece de fontes]

    Conservação ambiental

    Segundo dados de 2002, existiam 128 unidades de conservação (UC) cadastradas no estado, que são instituídas por legislações federais, estaduais ou municipais. Dessas destaca-se a quantidade de áreas de proteção ambiental (APA), 36 ao todo, por ser uma categoria de UC em que a adequação e orientação às atividades humanas são mais flexíveis. Há ainda a categoria de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que aparecem como opção de preservação em propriedade privada e totalizam 46 unidades. as áreas preservadas baianas cobrem os diferentes biomas presentes no estado: cerrado, caatinga e floresta (Mata Atlântica). Esta última conta com maior percentual de unidades de conservação, devido ao divulgado estado de fragmentação e degradação.[38]
    Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais (Marinho dos Abrolhos, Chapada Diamantina, Descobrimento, Grande Sertão Veredas - também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba - também localizado no Piauí, Maranhão e Tocantins - e Pau Brasil) e três estaduais (Serra do Conduru, Morro do Chapéu e Sete Passagens).
    Entretanto, nem sempre o meio ambiente está livre de poluição na Bahia. Acidentes e crimes ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5 metros cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves, provocando não só impactos ambientais como econômicos.[44]

    Demografia

    Ver artigo principal: Demografia da Bahia
    Crescimento populacional
    Censo Pop.
    1872 1 379 616
    1890 1 919 802
    39,2%
    1900 2 117 956
    10,3%
    1920 3 334 465
    57,4%
    1940 3 918 112
    17,5%
    1950 4 834 575
    23,4%
    1960 5 990 605
    23,9%
    1970 7 583 140
    26,6%
    1980 9 597 393
    26,6%
    1991 11 855 157
    23,5%
    2000 13 066 910
    10,2%
    2010 14 016 906
    7,3%
    Fonte: IBGE[45]
    Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a Bahia é o quarto estado brasileiro mais populoso e o 15.º mais povoado, com uma população de 14 016 906 habitantes distribuída em 564 733,1 quilômetros quadrados resultando em 24,82 habitantes por quilômetro quadrado nos seus 417 municípios. Segundo o mesmo censo, 6 880 368 habitantes eram homens e 7 141 064 habitantes eram mulheres.[46] Ainda segundo o mesmo censo, 10 105 218 habitantes viviam na zona urbana e 3 916 214 viviam na zona rural.[46] Se fosse um país, a Bahia seria o 65.º em população, entre o Camboja (64.º: 14 132 398 habitantes) e o Equador (65.º: 13 752 593 habitantes), 149.º em densidade demográfica, entre a República Democrática do Congo (148.º: 25 habitantes por quilômetro quadrado) e o Moçambique (149.º: 24 habitantes por quilômetro quadrado) e à frente do Brasil (150.º: 21 habitantes por quilômetro quadrado) e 7.º mais rico da América Latina.

    Etnias

    Cor/Raça[47] Porcentagem
    Pardos 59.8%
    Brancos 23.0%
    Negros 16.8%
    Amarelos ou
    indígenas
    0,3%
    Um estudo genético realizado no Recôncavo Baiano confirmou o alto grau de ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos municípios de Cachoeira e Maragojipe, além de quilombolas da área rural de Cachoeira. A ancestralidade africana foi de 80,4%, a europeia 10,8% e a indígena 8,8%.[48]
    Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%).[49] Outro estudo, ainda revela que em relação aos ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE.[50]
    Um estudo genético autossômico de 2015 encontrou a seguinte composição para Salvador: 50,5% de ancestralidade africana, 42,4% de ancestralidade europeia e 5,8% de ancestralidade indígena.[51][52] Os pesquisadores explicaram que eles coletaram mais amostras de indivíduos que vivem em ambientes mais pobres (página 4).[51]
    Outro estudo do mesmo ano (2015) encontrou níveis semelhantes em Salvador: 50,8% de ancestralidade africana, 42,9% de ancestralidade europeia e 6,4% de ancestralidade indígena.[53]
    Um outro estudo genético de 2015 encontrou a seguinte composição em Salvador: 50,8% de contribuição europeia, 40,5% de contribuição africana e 8,7% de contribuição indígena.[54]
    Em Ilhéus, um estudo genético de 2011 encontrou a seguinte composição: 60.6% de contribuição europeia, 30.3% de contribuição africana e 9.1% de contribuição indígena.[55]

    Populações indígenas

    Etnias indígenas Pessoas[56]
    Atikum 249
    Kaimbé 903
    Kantaruré 332
    Kiriri 2 167
    Pankararé 1 304
    Pankaru 107
    Pataxó 11 084
    Tupinambá 4 083
    Pataxó-Hã-Hã-Hãe 2 388
    Truká 131
    Tumbalalá 1 090
    Tuxá 1 568
    Xukuru-Kariri 55
    Total 25 816
    As populações indígenas localizados na Bahia pertencem, em grande maioria, ao tronco linguístico macro-jê. Dentre elas, estão os grupos indígenas de pataxós, pataxós-hã-hã-hãe, quiriris e os extintos camacãs. Grande parte dos índios vem perdendo o hábito do idioma materno, passando a falar a língua portuguesa. As tribos e aldeias indígenas estão bastante distribuídas pela Bahia em terras e reservas indígenas.[carece de fontes]
    De acordo com informações da ANAÍ-Bahia e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), os pataxós vivem, principalmente, na costa do Atlântico Sul, no municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado e Itamaraju; os pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos tuxás vivem nas margens do rio São Francisco no norte de Bahia, nas Áreas Indígenas Ibotirama (município de Ibotirama), Rodelas e Nova Rodelas (município de Rodelas), e também em Pernambuco; os pancararés (Pankararé) que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte da Estação Ecológica Raso da Catarina, nos municípios de Nova Glória e Glória; os índios quiriris (Kiriri) moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de Ribeira do Pombal e Banzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São Francisco, no município de Muquém de São Francisco; vizinhos a estes, os caimbés (Kaimbé) estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de Muriti e Tocas, todas dentro do município de Euclides da Cunha; já os índios tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do São Francisco entre os municípios de Abaré e Curaçá; os cantarurés (Kantaruré) habitando a Terra Indígena Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos pancarus (Pankaru) que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da serra do Ramalho, no município de Bom Jesus da Lapa.[carece de fontes]
    Há também a presença dos tupinambás de Olivença em Ilhéus, Una e Buerarema, geréns, trucás (Truká ou Tur-Ká), aticuns-umãs (Aticum ou Atikim-Umã) e Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda pelos sapuiás e camacãs.[carece de fontes]
    É no sul da Bahia que está localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o índio Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de Brasília, em 1997.[carece de fontes]

    Municípios mais populosos

    O município mais populoso da Bahia é Salvador (capital do estado, com quase três milhões de habitantes), que também é o terceiro mais populoso do Brasil, sendo seguida por Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Ilhéus, Jequié, Teixeira de Freitas, Alagoinhas e Barreiras. A região metropolitana da capital conta com cerca de quatro milhões habitantes, a primeira da região Nordeste e a sexta do Brasil.[57][58]

    Rede urbana

    Municípios baianos na hierarquia urbana brasileira.
    Segundo o estudo do IBGE Regiões de influência das cidades 2007 (REGIC 2007), na hierarquia urbana do Brasil, 54 municípios baianos estão em algum nível hierárquico definido, ou seja, não são um centro local, atribuição aos que não exercem influência. O município a ocupar o mais alto é Salvador, como metrópole regional (██). Em seguida, vem as capitais regionais B (██) Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista; e Juazeiro e Barreiras como capitais regionais C (██), não havendo capitais regionais A no território baiano.[60]
    Como centros sub-regionais A (██) tem-se Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus e Teixeira de Freitas; e centros sub-regionais B (██) Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cruz das Almas, Eunápolis, Itaberaba, Ribeira do Pombal, Senhor do Bonfim e Valença.[60]
    No menor nível, Caetité, Camacan, Conceição do Coité, Ipiaú, Itamaraju, Itapetinga, Macaúbas, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Seabra, Serrinha, Xique-Xique são classificadas como centros de zona A (██); e Amargosa, Barra, Boquira, Caculé, Capim Grosso, Cícero Dantas,Fátima Euclides da Cunha, Gandu, Ibicaraí, Ibotirama, Jaguaquara, Riacho de Santana, Livramento de Nossa Senhora, Nazaré, Paramirim, Poções, Riachão do Jacuípe, Santana, Serra Dourada e Valente, como centros de zona B (██).[60]

    Política

    Ver artigo principal: Política da Bahia
    Integrante da federação brasileira, é uma unidade federativa autônoma, sob os limites da constituição federal, com os três poderes próprios (executivo, judiciário e legislativo), além do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), eleições diretas periódicas para cargos do executivo e legislativo, símbolos oficiais e data magna estabelecidas na Constituição estadual de 1989.[61] A capital estadual é o município de Salvador,[61] e Cachoeira é a segunda capital do estado, de acordo com a Lei Estadual 10.695 de 2007, que estabeleceu que todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, em reconhecimento histórico pelas lutas na Independência da Bahia.[62]
    A história da política no estado brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país - e boa parte dela equivale à mesma, uma vez que Salvador, por muitos anos, foi a capital da Colônia. Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, a Bahia é um dos mais representativos estados da federação.[carece de fontes]
    Durante o período imperial, contou com diversos primeiros-ministros; na fase republicana, estiveram à frente de vários movimentos nacionais baianos como Rui Barbosa, Cezar Zama, Aristides Spínola e outros. Na República Velha, dominou o cenário estadual José Joaquim Seabra; durante a Era Vargas surgiu a figura de Juracy Magalhães e em contraposição, com a redemocratização do pós-guerra, o socialista Octávio Mangabeira. Durante o regime militar, surgiu a figura de Antônio Carlos Magalhães, que dominou o cenário político estadual por três décadas, com breve derrota para Waldir Pires, na década de 1980, ocupando o cargo de senador, quando de sua morte. Tal fenômeno político ganhou a denominação de "Carlismo".[carece de fontes]
    Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado.[63] Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de abril de 2016, o partido político com maior número de filiados na Bahia é o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 94 518 membros, seguido do Democratas (DEM), com 90 106 membros e do Partido dos Trabalhadores (PT), com 84 525 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido Progressista (PP), com 73 386 membros; e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 64 477 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 24 e 275 filiados, respectivamente.[63]
    Sedes de representações dos três poderes na Bahia
    Edifício da Governadoria, de onde o governador despacha.
    Palácio Luís Eduardo Magalhães, local do plenário da Assembleia
    Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça da Bahia.

    Poder executivo

    O Poder Executivo baiano é exercido pelo governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. A atual sede é o Palácio de Ondina, situado no bairro de Ondina, desde 1967.[64] Antigamente, a sede do governo baiano era o Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal, e foi construída em 1549 (ano da fundação da cidade de Salvador, em 1549) tornando-se sede do governo e residência oficial do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.[65] Em janeiro de 1908, foi transformada em residência oficial dos governadores do estado.[66] Depois do Palácio Rio Branco, a sede do governo baiano foi o Palácio da Aclamação, localizado no bairro do Campo Grande, até ser estabelecida a atual sede.

    Poder legislativo

    O Poder Legislativo da Bahia é unicameral, exercido pela Assembleia Legislativa da Bahia, localizado no Palácio Luís Eduardo Magalhães. É constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. Ela possui 63 deputados estaduais. No Congresso Nacional, a representação baiana é de 3 senadores e 39 deputados federais.[carece de fontes]
    Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:
    • Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
    • Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
    • Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
    • Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
    • Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.
    O Tribunal de Contas, através de seus conselheiros, auxilia a Assembleia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.[carece de fontes]
    Além deste, possui o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxilia as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos.[carece de fontes]

    Poder judiciário

    Ver artigo principal: Tribunal de Justiça da Bahia
    A maior corte do Poder Judiciário estadual é o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, localizado em prédio denominado Palácio da Justiça, situado no Centro Administrativo da Bahia. A Justiça do Trabalho está ligada à Quinta região, que compreende todo o estado e possui sede na capital. A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.[carece de fontes]

    Eleições

    Ver artigo principal: Eleições na Bahia
    O sistema eleitoral na Bahia repete o nacional. Os mandatos eletivos duram quatro anos, e as eleições estaduais e federais alternam com as municipais a cada dois anos. O eleitorado baiano é composto por 10.110.100 votantes, segundo dados referentes às eleições de 2012, o que representa o quarto maior colégio eleitoral do país. Sua capital, Salvador, é o município com maior número de eleitores (1.881.544), seguido de Feira de Santana (373.753) e Vitória da Conquista (215.299). O município com menor número de eleitores é Lajedinho, com 3.027.[67]

    Símbolos oficiais

    Bandeira da Bahia
    Brasão da Bahia
    Os símbolos oficiais do estado da Bahia, definidos constitucionalmente, são a bandeira, o brasão de armas e o hino.[68]
    A bandeira baiana foi criada pelo médico baiano Diocleciano Ramos, quem, numa reunião do Partido Republicano da Bahia, propôs este símbolo como representativo da agremiação política, em 25 de maio de 1889.[68][69] O uso popular consagrado da bandeira somente veio a ser obrigatório por decreto do governador Juracy Magalhães, em 11 de junho de 1960 (Decreto n.º 17.628).[68][69] Com forte inspiração na bandeira dos Estados Unidos, a bandeira é composta por quatro listras horizontais alternadas entre vermelhas e brancas e tem, na parte superior interna, um quadrado azul com um triângulo branco no seu interior. O triângulo faz referência ao símbolo maçônico, já adotado nas conjurações mineira e baiana - muito embora as cores azul, vermelho e branco já tivessem figurado como símbolos da revolta de 1798 conhecida como Revolta dos Alfaiates.[68][69]
    O brasão de armas do estado da Bahia constitui-se dos seguintes elementos: timbre com uma estrela, que simboliza o estado; escudo com uma embarcação com a vela içada, onde um marinheiro acena com um lenço branco; Monte Pascoal, ao fundo, local do primeiro registro visual de terra pela esquadra de Cabral; insígnia com dois tenentes sobre listel com o lema PER ARDVA SVRGO, que significa, numa tradução livre, "pela dificuldade, venço";[2] dois tenentes, um homem seminu à esquerda com uma marreta, uma bigorna e uma roda (representação da indústria local) e uma mulher à direita com barrete frígio (símbolo da república), carregando a bandeira da Bahia, que jaz atrás do triângulo maçônico; encimando o brasão, o nome do estado e, abaixo deste, o nome do Brasil.[68]
    O hino baiano, cuja letra é de Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto, faz referência à data máxima do estado, o 2 de julho de 1823 - quando o estado, finalmente, tornou-se independente do jugo português e se uniu ao restante do Brasil, após grandes batalhas, referidas na composição - a exemplo de Cabrito e Pirajá.[68][70] Somente foi oficializado em 20 de abril de 2010, em decorrência do decreto n.º 11.901 sancionado pelo governador Jaques Wagner.[71] Por este ato, o Hino ao 2 de Julho substituiu o Hino ao Senhor do Bonfim que era, mesmo que não de forma oficial, a música utilizada em ocasiões importantes do estado da Bahia.[68]

    Subdivisões

    A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios.
    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.
    Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa das Baleias, Costa do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Chapada Diamantina, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do São Francisco.[72]
    Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador.[73]
    A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA).[40]
    Regiões econômicas
    Zonas turísticas
    Mesorregiões
    Microrregiões
    Municípios

    Economia

    Ver artigo principal: Economia da Bahia
    Exportações da Bahia em 2012[74]
    Exportações do Brasil por estado em 2012, a Bahia contribui com 4,47% do total[75]
    A Bahia responde por quase trinta por cento do produto interno bruto do Nordeste brasileiro e por mais da metade das exportações da região. É o sétimo estado brasileiro que mais produz riqueza.[76] A economia do estado baseia-se na indústria (química, petroquímica, informática, automobilística e suas peças), agropecuária (mandioca, grãos, algodão, cacau e coco), mineração, turismo e nos serviços.[77] Existe o importante Polo petroquímico de Camaçari, onde funciona, entre outros empreendimentos, a montadora Ford, estando o complexo industrial localizado na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, e que foi a primeira indústria automobilística a se instalar na região, em 2001.[78] As atividades agropecuárias ocupam cerca de setenta por cento da população ativa do estado. Um bom indicador de duas atividades econômicas é sua pauta de exportação, composta, no ano de 2012, principalmente por petróleo refinado (18,77%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,82%), soja (8,33%), algodão cru (6,32%) e farelo de soja (4,36%).[74]
    Evolução do PIB e do PIB per capita da Bahia
    Anos 2002 2003 2004 2005
    PIB (em reais) 60 671 843 68 146 924 79 083 228 90 942 993
    PIB per capita (em reais) 4 525 5 031 5 780 6 583

    Setor primário

    No setor primário, a agricultura está dividida em grande lavoura comercial, a pequena lavoura comercial e a agricultura de subsistência. A grande lavoura está baseada na cultura da cana-de-açúcar e integrada com modernas usinas e na do cacau. Entre as pequenas culturas comerciais, a mandioca, o coco-da-baía, o fumo, o café, o agave, a cebola, dendê (e consequente azeite-de-dendê) são as produções em destaque. As culturas de subsistência estão em todo o território, sendo que a cultura da mandioca é a mais importante, seguida pelo feijão, o milho, o café e a banana. O estado é conhecido por ter uma baixa qualidade nas condições de trabalho e de explorar excessivamente a mão-de-obra.[79]
    Cultivo de cacau em Ilhéus
    A Bahia é o primeiro produtor nacional de cacau, sisal, mamona, coco, feijão e mandioca, sendo os dois últimos mais voltados para a subsistência do que para a comercialização. A região de Ilhéus-Itabuna é uma das mais propícias áreas para o cultivo do cacau em toda a Bahia. Além de ser o principal produtor de cacau, é também o principal exportador de cacau no Brasil, porém a produção declinou nos últimos anos.[80] Tem bons índices também na produção de milho e cana-de-açúcar. Outra região do estado que merece a devida atenção é aquela compreendida pelo Rio São Francisco, conhecida também como Vale do São Francisco, compreendendo as cidades de Juazeiro, Curaçá, Casa Nova, Sobradinho, dentre outras. A região é a maior produtora de frutas tropicais do país, essa fruticultura é irrigada, tem crescido e exporta para os mercados europeu, asiático e estadunidense. Recentemente, o cultivo da soja, milho, arroz, café e algodão aumentou substancialmente no oeste do estado, principalmente na área do cerrado em que apresenta terreno plano e propício à mecanização, com perfil produtivo intensivo.[81][82]
    Também importante elemento da economia baiana, a pecuária bovina ocupa hoje o sexto lugar nacional, enquanto a caprina registra atualmente os maiores números do setor em todo o Brasil, mas também se destacando os rebanhos de ovinos.[carece de fontes]
    Já as atividades extrativas vegetais têm pequena participação na economia baiana. Entretanto, tem reservas consideráveis de minérios e de petróleo. A mineração baseia-se essencialmente na produção de ouro, cobre, magnesita, cromita, sal-gema, barita, manganês, chumbo, urânio, ferro, talco, columbita, prata, cristal de rocha e zinco.[carece de fontes]
    Fábrica de aerogeradores da cadeia eólica situada no Polo Industrial de Camaçari. Localizado no município de mesmo nome, na Grande Salvador, é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul.[83] O município de Camaçari, sozinho, é responsável por 20% da economia do estado.[84]

    Setor secundário

    A indústria é relativamente bem distribuída, abrigando os mais mais variados segmentos desse setor. Representa uma grande força econômica no estado. Está voltado para os setores da química e petroquímica, agroindústria, informática, automobilística e suas peças, alimentos, mineração, borracha e plástico, metalurgia, couro e calçados, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, energia eólica, celulose e papel e bebidas.[85][86][87] Na região metropolitana de Salvador, estão concentradas a maioria das indústrias no Polo Industrial de Camaçari, maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul e que já nasceu planejado na década de 70, cujo foco inicial era o setor petroquímico e com o passar dos anos diversificou sua produção.[88] Em relação ao valor de transformação industrial, a Bahia saltou da nona para a sexta posição no ranqueamento nacional em 2005.[89] Há municípios do interior que se destacam por ser um grande polo produtivo, como de bebidas em Alagoinhas; papel e celulose em Eunápolis e Mucuri; calçados em Itapetinga, Serrinha e Amargosa; agroindústria em Juazeiro, etc.
    Para fomentar a pesquisa e desenvolvimento tecnológico, foi lançado o projeto de um grande parque tecnológico em Salvador.[90] Chamado de Parque Tecnológico da Bahia, tem como prioridades a tecnologia da informação e comunicação (TIC), a robótica e a energia.[91] A primeira área do complexo foi inaugurada em 2012.[92] Outro ponto de desenvolvimento tecnológico, a primeira biofábrica do país se encontra na cidade sertaneja de Juazeiro, no vale do Rio São Francisco.
    O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, no rio São Francisco, é um conjunto das usinas Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales, as quais são operadas pela Eletrobras Chesf.
    A indústria, o comércio e os domicílios baianos contam com abundante suprimento de energia elétrica, fornecido principalmente pelo Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e pelas hidrelétricas de Sobradinho e Itapebi, que juntas produzem quase seis mil megawatts de energia. No campo da energia a partir dos hidrocarbonetos, o estado é dos maiores produtores nacionais de petróleo e gás natural. Há um importante polo de refino de petróleo e biocombustíveis em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, onde está localizada a Refinaria Landulpho Alves, a primeira construída no Brasil e que foi responsável por manter a Bahia como o maior produtor de petróleo por décadas,[93] e vários oleodutos e terminais em seu entorno para a chegada e escoamento da produção.

    Setor terciário

    Ver artigo principal: Turismo na Bahia
    O turismo é uma destacada atividade econômica baiana, uma vez que o setor é responsável por 7,5% do produto interno bruto (PIB) estadual e emprega uma cadeia gigantesca que englobam os estabelecimentos do setor do turismo, como hotéis, bares, restaurantes e agências de viagem.[94] No cenário nacional, o turismo baiano tem a fatia de 13,2% do PIB turístico nacional, a segunda maior porcentagem.[94][95] Foram 5,29 milhões de turistas brasileiros e 558 mil turistas estrangeiros que visitaram o estado em 2011.[94] A diversidade de atrativos no estado incitou o planejamento governamental, que estabeleceu zonas turísticas para definições necessárias ao desenvolvimento do ramo turístico e para identificação das potencialidades por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR). Em 2002, eram sete zonas: Costa dos Coqueiros, Baía de Todos-os-Santos, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento, Costa das Baleias e Chapada Diamantina.[38] Isso mostra o destaque para o turismo no litoral, mas também aponta um importante polo no interior, a Chapada Diamantina. Formação geográfica em que chegam anualmente 500 mil visitantes, que gastam meio bilhão de reais ao conhecer as cidades de Lençóis, Andaraí, Rio de Contas, Mucugê e Palmeiras[96] Mais tarde foram criadas novas zonas, interiorizando o planejamento turístico, a saber: Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do São Francisco.[72]
    Os principais veículos da imprensa baiana são o tradicional jornal A Tarde, que também possui uma emissora de rádio (A Tarde FM); a TV Salvador (emissora local), Correio, TV Bahia e outras emissoras que transmitem a Rede Globo no interior do estado, todas as empresas da Rede Bahia; o jornal Tribuna da Bahia; a emissora de TV Band Bahia, e a emissora da Bandnews FM em Salvador; e as emissoras de televisão TV Aratu, TV Educativa da Bahia (esta mantida pelo governo estadual), TV Itapoan e a TV Cabrália. Destacam-se três grupos de mídia baianos: a Rede Bahia, o Grupo A TARDE e o Grupo Metrópole, que publica o Jornal da Metrópole.[carece de fontes]

    Infraestrutura

    Educação

    Ver artigo principal: Educação na Bahia
    Resultados no ENEM
    Ano Português Redação
    2006[97]
    Média
    33,27 (17º)
    36,90
    51,53 (11º)
    52,08
    2007[98]
    Média
    46,79 (14º)
    51,52
    56,23 (8º)
    55,99
    2008[99]
    Média
    36,70 (19º)
    41,69
    58,71 (12º)
    59,35
    A Bahia possui um longo histórico na área de educação, desde os primeiros jesuítas que já no século XVI instalaram escolas em Salvador, então a capital da Colônia. Educadores de renome como Abílio Cezar Borges, Ernesto Carneiro Ribeiro e Anísio Teixeira capitanearam o proscênio educacional do país.[carece de fontes]
    Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia. As atividades na UFBA se iniciaram com a fundação da Faculdade de Medicina da Bahia, a escola de medicina mais antiga do Brasil, fundada em 1808 sob o nome de Escola de Cirurgia da Bahia, logo após a chegada de Dom João VI ao país.[100]
    A escola pública na Bahia é basicamente estadual e municipal, sendo que o município tem uma preocupação maior com a ensino fundamental (primeira à quarta série) e o governo estadual com a educação fundamental também, mas só da quinta à oitava série, além do ensino médio. O governo federal tem pouca participação na formação direta da população, porém, muitos recursos utilizados por estas instituições escolares são provenientes dos fundos federais.[carece de fontes]
    Atualmente, a Bahia conta com doze universidades, sendo quatro públicas estaduais (UNEB, UEFS, UESB e UESC), seis públicas federais (UFBA, UFRB, UNIVASF, UNILAB, UFSB e UFOB) e duas privadas (UCSal e UNIFACS). Sem falar os institutos federais, IFBA e IF-BAIANO.[101][102]
    De acordo com um ranking realizado e divulgado pela Folha de S.Paulo, em 2012, a Universidade Federal da Bahia aparece como a segunda melhor pontuação entre as universidades públicas do norte e nordeste, atrás da federal pernambucana, e em 12.º lugar no país inteiro,[103] e na frente da Universidade Estadual do Maranhão. Em outro ranqueamento publicado no mesmo ano, feito pelo Ministério da Educação (MEC) a partir do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), a Universidade Estadual de Feira de Santana foi classificada como a melhor universidade das regiões norte e nordeste e a 15.º do país em cursos com a nota cinco.[104][105]

    Transportes

    Ver artigo principal: Transportes da Bahia
    Rede de transportes da Bahia.
    Placa do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) do Governo da Bahia, modelo de serviço público premiado pela ONU.[106][107][108]
    Feira de Santana é o eixo polarizador do sistema rodoviário estadual e é por onde passa as vias principais: a BR-242, que liga Salvador ao oeste baiano e à capital federal; a BR-101 de sentido norte/sul com traçado paralelo ao litoral; a BR-116, que liga a metrópole ao sudoeste, além da BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador. Outras rodovias estaduais e federais atendem ao tráfego de longa distância ou atendem as sedes dos municípios fazendo parte de um sistema combinado que se complementam a exemplo da BR-110, BR-415, BR-407, BA-052, BA-099 e BA-001 (essas duas últimas são rodovias estaduais litorâneas).[38]
    A Bahia conta com quatro portos, sendo o de Aratu, o de Ilhéus e o de Salvador marítimos e o de Juazeiro fluvial. O de Ilhéus é o maior exportador de cacau do Brasil e também grande importador. Na cidade também está em processo de construção o Porto Sul, com a expectativa de ser um dos maiores portos do Brasil em movimentação de cargas.[109]
    A Bahia conta com dez aeroportos operando com voos regulares, sendo o Internacional Dois de Julho, também conhecido como Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, o oitavo aeroporto mais movimentado do Brasil, o primeiro do Nordeste e entre os 20 da América Latina, respondendo por mais de trinta por cento do movimento de passageiros dessa região do país em 2011.[110] Os outros são Aeroporto de Barreiras, em Barreiras; Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana; Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus; Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis; Aeroporto de Paulo Afonso, em Paulo Afonso; Aeroporto de Porto Seguro, em Porto Seguro; Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista; Aeroporto de Valença, em Valença; e [Aeroporto de Teixeira de Freitas]], em Teixeira de Freitas. O Aeroporto de Una-Comandatuba recebe muitos voos fretados.[111]
    A Bahia é cortada por várias ferrovias,[112] entre elas estão a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que vai de Caravelas, na Bahia, ao norte de Minas,[113] e a Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, que integrava a Bahia com os estados de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Piauí.[114] Além dessas duas interestaduais, existe a Estrada de Ferro de Nazaré e a de Ilhéus, esta última possuía projetos de expansão para chegar a Vitória da Conquista e para ligar a outras do estado e à E. F. Bahia-Minas.[115] Todas essas linhas férreas já não estão mais em atividade.[113][114][115]
    Atualmente, está sendo construída a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) com extensão de 1 527 quilômetros, que servirá de importante ponto de escoamento da produção de minérios e grãos do estado através do Porto Sul, no sul do estado. Ela também se conectará com a Ferrovia Norte-Sul em Tocantins formando um grande corredor logístico.[116] Durante a primeira gestão de Dilma Rousseff foram planejadas mais duas ferrovias cortando a Bahia: a Ferrovia Salvador-Recife, com extensão de 893 quilômetros e que atravessa municípios dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, onde fazia conexão com a Ferrovia Transnordestina[117] e a Ferrovia Belo Horizonte-Salvador, com extensão de 1 350 quilômetros e que atravessa 52 municípios da Bahia e Minas Gerais estabelecendo uma conexão com o Porto de Aratu na Região Metropolitana de Salvador.[118]
    O transporte de alta capacidade de passageiros por trilhos foi implantado no estado com o Metrô de Salvador, após 14 anos de construção e indícios de superfaturamento.[119] O funcionamento foi iniciado em junho de 2014 e a conclusão das duas linhas licitadas está determinada pelo edital para ser em 2017.[120][121]

    Telecomunicação

    O estado de Bahia é o quarto do Brasil em quantidade de dispositivos moveis ativos (17.033.298) após São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade de Salvador tem a maior teledensidade (número de acessos por 100 habitantes) com 198,44 acessos para cada 100 pessoas.[122]
    Os códigos de discagem a distância, DDD, para realizações para números do estado são 71, 73, 74, 75 e 77.[123]

    Saúde

    Hospital da Bahia, hospital particular localizado na capital.
    A saúde na Bahia não é das melhores do país, problemas típicos da saúde brasileira ocorrem no estado. Algumas doenças tem altos índices de doentes, como o câncer de mama,[124] que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, atinge cerca de dois mil novos casos anualmente.[125] Apesar disso, certas práticas que poderiam salvar muitas vidas não são comuns no estado, a exemplo da doação de órgãos. 60% das famílias baianas se recusam a doar órgãos de parentes, índice bem maior do que a média nacional que é de 25%.[126]
    Entre as doenças mais comuns, estão a dengue e a meningite, as quais estão alastrando-se por todo o território baiano e não apenas infectam os baianos, mas também provocam a morte.[127][128]
    Na parte da estrutura, destacam-se na capital o Hospital Geral do Estado (HGE),[129] Hospital Geral Roberto Santos (HGRS),[130] Hospital do Subúrbio que funciona sob gestão de parceria público-privada, conceito inédito no Brasil,[131] Hospital Santo Antônio (fundado por Irmã Dulce), Hospital Sarah Kubitschek, Hospital Manoel Victorino, Hospital Santa Izabel, Hospital Ana Nery, referência nas áreas de cardiologia, cirurgia vascular, hemodiálise e transplante de órgãos,[132] Hospital Couto Maia, referência em doenças infecciosas e parasitárias,[133] Hospital São Rafael,[134][135] Hospital da Bahia,[136] Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM),[137][138] Hospital Martagão Gesteira, referência no atendimento às mais diversas especialidades pediátricas,[139] Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (COMHUPES, mantido pela Universidade Federal da Bahia através do Sistema Universitário de Saúde),[140] Hospital Aristides Maltez, instituição referência no diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil e que atende, prioritariamente, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS),[141] entre outros; o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em Feira de Santana destaca-se por ser o maior hospital público, porta aberta, do interior do estado no atendimento de média e alta complexidade.[142][143][144]
    As ciências médicas estão também organizadas, assim, as sociedades científicas Academia de Medicina da Bahia e Academia de Medicina de Feira de Santana desenvolvem e publicam as pesquisas médicas dos especialistas baianos.[carece de fontes]

    Cultura

    Ver artigo principal: Cultura da Bahia

    Esporte

    Ver artigo principal: Futebol da Bahia
    Casa de Oração da Ordem Terceira do Carmo, que funciona como museu de arte sacra em Cachoeira.

    Museus

    Alguns museus da Bahia são Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arte da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Memorial dos Governadores Bahia, Museu Carlos Costa Pinto, Museu Henriqueta Catharino, Fundação Casa de Jorge Amado e Museu Geográfico da Bahia. No interior do estado, destaca-se o Museu Histórico de Jequié, com um importante acervo sobre a história e cultura da região sudoeste. O Museu dos Humildes em Santo Amaro, arte sacra, o Hansen em Cachoeira, o Danneman em São Félix, com sua Bienal do Recôncavo.[carece de fontes]

    Festas

    Na Bahia, ocorrem várias festas durante o ano todo. As principais são a Lavagem do Senhor de Bonfim, o Carnaval da Bahia e as diversas micaretas que ocorrem no ano todo sendo este evento momesco fora de época uma criação baiana. Há também a Festa junina São João com destaque para a cidade de Cruz das Almas (onde acontece a tradicional guerra de espadas) e Irecê que todos os anos trazem grandes atrações da música brasileira. Ainda tem a tradicional Vaquejada de Serrinha, que acontece sempre junto ao feriado de 7 de setembro.[carece de fontes]
    Em Salvador, acontece sempre, no começo do ano, o Festival de Verão de Salvador. Em Vitória da Conquista, durante o inverno, acontece o Festival de Inverno Bahia.[carece de fontes]

    Literatura

    Frontispício de A Cachoeira de Paulo Afonso, obra de Castro Alves de 1876.
    Escritores baianos possuem relevância história ao aparecerem como representantes maiores do Barroco no Brasil: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira e Frei Itaparica. Na Bahia apareceram também as primeiras Academias literárias, a Academia dos Esquecidos (1724-1725) e a Academia Brasílica dos Renascidos (1759). Cabe salientar que na época havia os cronistas-mor nomeados pelo rei de Portugal e que as academias eram tidas como seguidoras da moda das academias em Portugal[145] mas também representariam algum tipo de sentimento nativista do meio intelectual, já bastante desenvolvido em território baiano.
    No período mais recente, temos uma Bahia pródiga de autores imortais, como Castro Alves, Adonias Filho, Jorge Amado, e João Ubaldo Ribeiro. Os dois últimos são autores excepcionais, de literatura fácil e rica de detalhes sobre a Bahia. São, ao mesmo tempo, radiografias da vida no estado. No entanto, ao se falar em romances, a "produção" está reduzida, restringe-se a pequenos versos e passagens que remontam o estilo medieval e ao famoso romance, Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, publicado em 1958. A obra é um retorno ao ciclo do cacau, entrando no universo de coronéis, jagunços e prostitutas que desenham o horizonte da sociedade cacaueira da época. Na década de 20 na então rica e pacata Ilhéus, ansiando progressos, com intensa vida noturna litorânea, entre bares e bordéis, desenrola-se o drama, que acaba por tornar-se uma explosão de folia e luz, cor, som, sexo e riso.[146] Paralelamente, a literatura de cordel persiste principalmente no sertão, onde violeiros transmitem a tradição cordelista por meio de sua cantoria.[146]

    Artesanato

    No campo do artesanato da Bahia, destacam-se a cerâmica decorativa, marca da influência indígena, a renda de bilros e outros tipos de bordados, bonecas de pano, os santeiros e carrancas, objetos feitos de couro, metal, pedras e os destinados à cozinha, como o pilão e gamela.[146]

    Música

    Nas últimas décadas, a Bahia tem sido um verdadeiro celeiro musical. Surgiram muitos artistas (músicos, instrumentistas, cantores, compositores e intérpretes) de grande influência no cenário musical nacional e internacional. Tendo a maior cidade das Américas durante muitos séculos, sua capital foi local dos nascimentos, a partir da influência africana, do samba de roda, seu filho samba, o lundu e outros tantos ritmos, movidos por atabaques, berimbaus, marimbas - espalhando-se pelo resto do Brasil, e ganhando o mundo.[147]
    Na Bahia nasceram expoentes brasileiros do samba, do pagode, do tropicalismo, do rock brasileiro, da bossa nova, axé e samba-reggae. Alguns dos principais nomes são Dorival Caymmi, João Gilberto, Astrud Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé, Novos Baianos, Raul Seixas, Marcelo Nova, Pitty, Bira (do Sexteto do Jô), Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Dinho (do Mamonas Assassinas) etc.[147]
    Praia do Farol da Barra cheia de banhistas, um dia antes da abertura do carnaval de 2008

    Carnaval

    Ver artigo principal: Carnaval de Salvador
    A história começou em 1950, quando Dodô e Osmar inventaram o Trio Elétrico.
    O negro reconquista sua identidade e ganha força nos Filhos de Gandhi, o Olodum, e blocos como o Ilê Aiyê, que une música ao trabalho social. O Carnaval de Salvador, considerado o maior carnaval de rua do mundo, atrai anualmente 2 milhões de foliões em seis dias de festa.[148] Durante o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do Brasil desfilam nos trios elétricos como, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e muitos outros.
    Mas também há as festas de momo no interior, com destaque para Barreiras, Canavieiras, Palmeiras e Porto Seguro.[149]
    Baiana do acarajé e seu tabuleiro.

    Culinária

    Ver artigo principal: Culinária da Bahia
    Do candomblé ou do tabuleiro da baiana do acarajé brotam o acarajé, o abará, o vatapá e tantos pratos temperados pelo azeite de dendê, festejando aos santos, como o caruru ou festejando a vida, como a moqueca e o mingau, a Bahia tem uma grande variedade de pratos típicos.[150]

    Dialeto

    Ver artigo principal: Dialeto baiano
    Diferentemente da satirização feita pelos grandes meios de comunicação, o dialeto falado na Bahia, segundo alguns linguistas, seria parte integrante do grupo sulista, sendo, portanto, um dialeto próprio, assim como os dialetos do nordeste. Entretanto, algumas gírias soam estranhas para outras regiões do país, como os famosos oxente, massa (no sentido de coisa boa) e aonde (utilizado para negar uma frase).

    Cinema

    O cinema na Bahia é promovido e incentivado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (DIMAS), além da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV / ABD-BA), membro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas.
    Na Bahia, ocorrem vários festivais e encontros de cinema e cineclubismo, entre eles:
    • Bahia Afro Film Festival, em Salvador;[151]
    • Encontro Baiano de Animação, em Salvador.[152]
    • Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana;[153]
    • Festival Brasilidades, em Feira de Santana;[154]
    • Festival Nacional de Vídeo - A Imagem em 5 Minutos, em Salvador;[155]
    • FIM! - Festival da Imagem em Movimento, em Salvador;[155]
    • Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador;[155]
    • Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista;[156]
    • Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador.
    • Vale Curtas - Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina;[157]
    Também há várias produções cinematográficas nacionais que possuem como tema a Bahia ou algo a ela relacionado, a exemplo de Cidade Baixa e Ó Paí, Ó.
    O estado também é berço de grandes nomes do cinema nacional, como os atores Lázaro Ramos, Wagner Moura, Luís Miranda, Priscila Fantin, João Miguel, Othon Bastos, Antonio Pitanga (pai dos também atores Rocco e Camila Pitanga) e Emanuelle Araújo e os cineastas Glauber Rocha e Roberto Pires.
    Valorizando o cinema baiano, a TVE Bahia exibe às sextas-feiras, a sessão de filmes Sextas Baianas.[158] E a DIMAS exibe a sessão Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira, às quartas-feiras, às 8h da noite.[159]

    Pontos turísticos

    Ver artigo principal: Turismo na Bahia
    Outra principal indústria é o turismo, ao longo da costa da Bahia, que é o estado brasileiro com o maior litoral, as bonitas praias e os tesouros culturais fazem-lhe um dos principais destinos turísticos do Brasil, sendo o estado que mais recebe turistas na região Nordeste com um fluxo de 11 milhões de visitantes em 2011, segundo estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).[160][161][162] Além da ilha de Itaparica e Morro de São Paulo, há um grande número de praias entre Ilhéus e Porto Seguro, na costa sudeste, o norte litoral da área de Salvador, esticando para a beira com Sergipe, transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como Linha Verde. A Costa do Sauípe se destaca como o maior complexo de hotéis-resorts do Brasil.[163]
    No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina.[96] Na região está o melhor roteiro do país, localizado no Vale do Pati (Lençóis), segundo aponta o Ministério do Turismo em 2010.[96] Nele, cerca de 500 mil turistas, brasileiros e estrangeiros, passam anualmente.
    Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,[164] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco, com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas. Já em 2010, foi escolhida pelo jornal americano The New York Times como um dos 31 destinos que merecem ser visitados em 2010.[165][166] O estado foi o único do Brasil a integrar o ranking.

    Religião

    Fachada principal da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
    O catolicismo é a religião dominante no estado, e também a primeira forma organizada de culto que se introduziu no país, desde a celebração da primeira missa no Brasil. Em Salvador foi erguida a primeira igreja em solo brasileiro, graças à Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da Graça. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada do Arcebispo Primaz. A padroeira do estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia, cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao Senhor do Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.[167] Possui ainda centro de peregrinação de Bom Jesus da Lapa, alvo de romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo com suas novenas. Possui a Arquidiocese de Vitória da Conquista, Arquidiocese de Feira de Santana entre outras. Ressalta dentro do catolicismo as figuras das freiras Joana Angélica, Irmã Dulce e Irmã Lindalva.
    O sincretismo, entretanto, com as religiões de origem africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o candomblé com o catolicismo (como a Irmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos) e outras variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o Cabula e a Umbanda. Sobressai, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e os terreiros como o Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano.
    Desde o início do século XX, a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha o crescimento das múltiplas denominações cristãs.

    Feriados

    Data Nome Observações
    2 de julho Independência da Bahia Em comemoração ao fato histórico ocorrido nesta data.

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