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Estado da Bahia |
|
Lema: Per Ardua Surgo
(traduzido do latim, significa: "Pela dificuldade, venço"[1][2]) |
Hino: Hino da Bahia |
Gentílico: baiano(a) |
|
Localização |
|
- Região |
Nordeste |
- Estados limítrofes |
Minas Gerais (S, SO, e SE), Goiás (O e SO), Tocantins (O e NO), Piauí (N e NO), Pernambuco (N), Alagoas (NE), Sergipe (NE) e Espírito Santo (SE) |
- Mesorregiões |
7 |
- Microrregiões |
32 |
- Municípios |
417 |
Capital |
Salvador[1] |
Governo |
- Governador(a) |
Rui Costa (PT) |
- Vice-governador(a) |
João Leão (PP) |
- Deputados federais |
39 |
- Deputados estaduais |
63 |
- Senadores |
Roberto Muniz (PP)
Lídice da Mata (PSB)
Otto Alencar (PSD) |
Área |
|
- Total |
564 733,177 km² (5º) [3] |
População |
2016 |
- Estimativa |
15 276 566 hab. (4º)[4] |
- Densidade |
27,05 hab./km² (15º) |
Economia |
2013[5] |
- PIB |
R$ 204,265,000,000 (7º) |
- PIB per capita |
R$ 13,577 74 (22º) |
Indicadores |
2010/2015[6][7] |
- Esper. de vida (2015) |
73,2 anos (17º) |
- Mort. infantil (2015) |
18,1‰ nasc. (7º) |
- Alfabetização (2010) |
84,6% (19º) |
- IDH (2010) |
0,660 (22º) – médio [8] |
Fuso horário |
UTC−03:00 |
Clima |
Equatorial, tropical com estação seca e semiárido[9] Af, As, Aw, BSh |
Cód. ISO 3166-2 |
BR-BA |
Site governamental |
http://www.ba.gov.br/ |
|
A
Bahia[10][11] (
pronúncia em português: [baˈi.ɐ]) é uma das 27
unidades federativas do
Brasil. Está situada no sul da
Região Nordeste, fazendo limite com outros oito estados brasileiros - o estado que mais faz divisas:
[12] Minas Gerais a sul, sudoeste e sudeste,
Espírito Santo a sul,
Goiás a oeste e sudoeste,
Tocantins a oeste e noroeste,
Piauí a norte e noroeste,
Pernambuco a norte e
Alagoas e
Sergipe a nordeste. A leste, é banhada pelo
Oceano Atlântico e tem, com novecentos quilômetros, a
mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 564 733,177 km²,
[3] sendo pouco maior que a
França. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a
maior extensão territorial, a
maior população, o maior
produto interno bruto e o maior
número de municípios. A capital estadual é
Salvador,
terceiro município mais populoso do Brasil. Além dela, há outros municípios influentes na
rede urbana baiana, como as
capitais regionais Feira de Santana,
Vitória da Conquista,
Barreiras, o bipolo
Itabuna-
Ilhéus e o bipolo
Juazeiro-
Petrolina,
[13] sendo este último um
município pernambucano e núcleo, junto com Juazeiro, da
RIDE Polo Petrolina e Juazeiro. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da
Grande Salvador:
Camaçari,
Lauro de Freitas e
Simões Filho; e os municípios interioranos de
Jequié,
Teixeira de Freitas,
Alagoinhas,
Santo Antônio de Jesus,
Eunápolis,
Porto Seguro e
Paulo Afonso.
Um dos primeiros núcleos de
riqueza açucareira do Brasil, recebeu a Bahia imenso contingente e enorme influência de
trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para comercialização, visando suprir os engenhos e as minas de ouro da colônia.
[14] Esses indivíduos escravizados procediam em especial do
Golfo da Guiné, das antigamente chamadas costas
dos escravos,
da pimenta,
do marfim e
do ouro, no
oeste africano, com destaque para o
Império de Oyo, fundado e habitado pelo povo
iorubá, e o antigo
reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois, o
Rio de Janeiro recebeu escravos de
Angola e
Moçambique.
[15] Assim, a influência da
cultura africana na Bahia permaneceu alta na
música, na
culinária, na
religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e
Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o tabuleiro de
acarajé,
vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias
compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da costa, a
típica
baiana.
A Bahia é considerada a parte mais antiga da
América Portuguesa, pois foi na região de
Porto Seguro — posteriormente incorporada ao território baiano — que a frota de
Pedro Álvares Cabral ancorou, em
abril de
1500, marcando o
descobrimento oficial do Brasil pelos portugueses e a celebração da
primeira missa, na praia da Coroa Vermelha, presidida pelo frei
Henrique Soares de Coimbra.
[14][16] É de se destacar também o
decreto de abertura dos portos às nações amigas, promulgada em
28 de janeiro de
1808 por meio de uma
Carta Régia pelo príncipe regente Dom
João VI de Portugal, na
Capitania da Bahia, acabando com o
monopólio comercial e abrindo a
economia brasileira para o comércio exterior.
[17][18][19][20] Em
1º de novembro de
1501, o navegante
florentino Américo Vespúcio, a serviço da
Coroa portuguesa, descobriu e batizou a
Baía de Todos-os-Santos, maior
reentrância de mar no litoral desde a foz do
Rio Amazonas até o
estuário do Rio da Prata. O local foi escolhido para abrigar a sede do
governo-geral em março de
1549 com a chegada do fidalgo
Tomé de Sousa, a mando do rei Dom
João III de Portugal para fundar a que seria, pelos próximos 214 anos, a cidade-capital do Brasil Colônia, Salvador.
Ao longo da história, a Bahia recebeu diversos
encômios como
Boa Terra e
Terra da Felicidade, por causa de sua população alegre e festiva.
[21] Possui um alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da
Chapada Diamantina, do
Recôncavo e de outras belezas
naturais e de valor
histórico e cultural. Apesar de ser a oitava maior economia do Brasil, com o
produto interno bruto superior a R$ 150 bilhões, são pouco mais de R$ 11 mil de
PIB per capita. Isso gera um quadro em que a
renda é mal distribuída, se refletindo no
Índice de Desenvolvimento Humano: 0,66 em 2010, o
sexto menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento Humano de 2010 do
Egito.
[22] Na
Bandeira do Brasil, o estado da Bahia é representado pela estrela
Gamma Crucis (
? Crucis) da
constelação do Cruzeiro do Sul (
Crux).
[23]
Topônimo
O topônimo "Bahia" é uma referência à
Baía de Todos os Santos, a qual deu o nome, originalmente, à
Capitania da Baía de Todos os Santos. A
capitania foi transformada, em 1821, em
província. Em 1889, a
Província da Bahia tornou-se o atual Estado da Bahia.
"Bahia" é a grafia antiga para "
baía", a qual se conservou, no Brasil, por uma questão de tradição. No entanto, na
variante europeia da
língua portuguesa (destacando aí
Portugal), a grafia também correta e usual é "Baía"; os
dicionários portugueses como o da
Porto Editora,
[24][25][26] o da
Texto Editores e o da
Academia de Ciências de Lisboa, que é o
Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, definem a palavra
baiano como alguém que é originário do estado brasileiro da Baía, utilizando essa grafia.
O gentílico "baiano", já supracitado, não conserva a ortografia antiga. Embora a grafia
Bahia siga as regras gerais da atual
ortografia da língua portuguesa, está registrada na quinta edição do
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia já estava consagrada como exceção no ponto 42 do
Formulário Ortográfico de 1943:
"Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração
alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno
dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo Bahia, que conservará esta
forma quando se aplicar em referência ao Estado e à cidade que têm esse
nome. Observação. — Os compostos e derivados desses topônimos
obedecerão às normas gerais do vocabulário comum".
— Formulário Ortográfico de 1943, [[27] [27]]
|
Ainda que a grafia Bahia seja universalmente adotada pela população
brasileira, tal grafia suscita dúvidas a gramáticos e lexicógrafos como o
ortógrafo e lexicógrafo brasileiro
Evanildo Bechara, que considera a grafia
Bahia, «um capricho imposto à nação»,
[28] e
Napoleão Mendes de Almeida, que qualifica tal grafia como «espúria».
[29]
História
Colonização portuguesa
Local de chegada dos primeiros
portugueses ao
Brasil
no ano de 1500, a região do que viria a ser o estado da Bahia começou a
ser povoada por portugueses em 1534. Até então, a região era habitada
apenas por
indígenas da nação
tupi, como os
tupinambás, os
aimorés e os
tupiniquins.
[30] No território correspondente ao atual estado da Bahia, foram formadas cinco
capitanias hereditárias entre
1534 e
1566, conservadas até a segunda metade do
século XVIII. As quais foram a
da Bahia, doada a
Francisco Pereira Coutinho em
5 de março de 1534;
de Porto Seguro doada a
Pero do Campo Tourinho em
27 de maio de 1534;
de Ilhéus doada a
Jorge de Figueiredo Corrêa em
26 de julho de 1534;
Capitania das Ilhas de Itaparica e Tamarandiva|das Ilhas de Itaparica e Tamarandiva doada a Dom
Antonio de Athayde em
15 de março de
1598;
do Paraguaçu ou do Recôncavo da Bahia doada a Álvaro da Costa em
29 de março de 1566.
[31]
Tomé de Sousa, o primeiro
governador-geral, fundou
Salvador,
que se tornou a primeira capital do país em 1549, vendo a necessidade
de se criar um centro político e administrativo capaz de congregar todas
as capitanias, sendo, por muitos anos, a maior cidade das
Américas. Em 1572, o governo colonial dividiu o país em dois governos: um, em Salvador e o outro, no
Rio de Janeiro.
A situação se manteve até 1581, quando a capital do Brasil passou a
ser, novamente, apenas Salvador. A capital foi transferida para o Rio de
Janeiro definitivamente em 1763 motivada por rei Dom
João V devido a
descoberta do ouro e pedras preciosas em
Minas Gerais e que pudesse ser numa cidade de mais fácil acesso às regiões mineradoras.
[32] Desde então, o eixo
Sul-Sudeste se consolidou como o novo centro econômico e o aparelho político-administrativo do Brasil.
Em Salvador, concentrou-se uma grande população de
europeus,
índios,
negros e
mestiços - em decorrência da economia centrada no comércio com dezenas de
engenhos instalados na vasta região do
Recôncavo.
[33][34]
O território original da Bahia compreendia a margem direita do
Rio São Francisco (a esquerda pertencia a
Pernambuco). Estava, basicamente, dividido entre dois grandes
feudos: a Casa da Ponte e a
Casa da Torre, dos senhores
Guedes de Brito e
Garcia d'Ávila, respectivamente - promotores da ocupação de seu território.
[carece de fontes]
Invasões neerlandesas
No século XVII, a grande produção de
pau-brasil e de açúcar, mercadorias valorizadas na época, no
Nordeste do Brasil, fez essa região integrar-se ao
comércio internacional, atraindo também
corsários europeus.
[35] Assim, Salvador, a sede colonial do
Império Português na
América Portuguesa, foi visada e atacada por outras potências europeias da época, em especial
Inglaterra e
Países Baixos, até que, em 1624, foi conquistada pela
Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (CIO).
Os
neerlandeses, liderados por Jacob Willekems e Johan van Dorf
[36] e com a participação de
Piet Hein,
[35]
chegaram à capital baiana com inúmeras embarcações e mais de 3 600
soldados, enquanto, no outro lado, sem receber reforços, havia apenas
oitenta militares que debandaram com a maioria da população na iminência
do ataque. Os neerlandeses chegaram à praça deserta, exceto pelo
governador, que segurava a espada em riste prometendo defender a cidade
até a morte. Foi detido.
Salvador chegou a ficar sob domínio neerlandês por um ano (1624-1625),
[35] mas foi retomada por tropas
pernambucanas na chamada
jornada dos vassalos, com ajuda da esquadra luso-espanhola comandada por
Fadrique de Toledo Osório, mas maioritariamente portuguesa, cujo general era
Dom Manuel de Meneses, capitão-mor da
Armada da Costa de Portugal. No
Recôncavo, organizado nas pequenas vilas, prepararam a reação, com ajuda e empenho do Dom Marcos Teixeira de Mendonça,
bispo da Bahia.
[36]
Nova invasão ocorreu em 1638, período em que
João Maurício de Nassau dominava boa parte do
Nordeste,
mas foi fortemente repelida. Embora tenham falhado, Piet Hein e Witte
de With, junto a outros que tentaram tomar Salvador, novamente
capturaram vários navios portugueses com uma grande carga de açúcar.
[35][36]
Conjuração Baiana
Em 1798, a Bahia foi cenário da
Conjuração Baiana, que propunha a formação da
República Baiense - movimento pouco difundido, mas com repressão superior àquela da
Inconfidência Mineira: seus líderes eram negros instruídos (os alfaiates
João de Deus Nascimento,
Manuel Faustino dos Santos Lira e os
soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e
Luís Gonzaga das Virgens) associados a uma elite liberal (
Cipriano Barata,
Moniz Barreto e Aguilar Pantoja), mas só os populares foram executados, mais precisamente no
Largo da Piedade a 8 de novembro de 1799.
[carece de fontes]
Independência
As
lutas pela emancipação tiveram início na Bahia, ainda em 1821 e, mesmo após a declaração de
independência do Brasil,
em 7 de setembro de 1822, o estado continuou em luta contra as tropas
portuguesas até a rendição destas, ocorrida no dia 2 de julho de 1823,
após diversas batalhas. A data, feriado estadual, é comemorada pelos
baianos como o Dia da
Independência da Bahia.
[37]
Outras revoltas
Com a independência do Brasil, os baianos exigiram maior autonomia e
destaque. Como a resposta foi negativa, organizaram levantes armados que
foram sufocados pelo governo central. Foi o caso da
Federação do Guanais, levante de 1832.
[carece de fontes]
Em 1834, a Bahia foi palco da
Revolta dos Malês (como eram conhecidos os escravos africanos
islamizados), tida como a maior revolta escrava da história do Brasil. Com a
República, ocorreram outros incidentes políticos importantes, como a
Guerra de Canudos e o bombardeio de
Salvador, em 1912. A Bahia contribuiu ativamente para a
história brasileira e muitos expoentes baianos constituem nomes de proa na
política,
cultura e
ciência do país.
[carece de fontes]
Geografia
Em termos de extensão territorial, a Bahia é o
quinto estado e possui 36,334% da área total da
Região Nordeste do Brasil e 6,632% do território nacional. Da área de 564.733,177 quilômetros quadrados, cerca de 70 por cento situam-se na região do
semiárido.
[38] O estado encontra-se com 57,19% de seu território dentro do
polígono das secas, segundo dados da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
[39] O seu litoral é o maior entre os estados brasileiros, com 1 183 quilômetros.
[38]
Ao norte, o limite é o
Rio São Francisco, no município de
Curaçá, divisa com
Pernambuco. Sendo a
latitude 8º 32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a
barra do Riacho Doce, no município de
Mucuri, na divisa com o
Espírito Santo. Sendo a latitude 18º 20' 07" e a
longitude 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo é a barra do
Rio Real, no município de
Jandaíra, na divisa com o
Oceano Atlântico. Sendo a latitude 11º 27' 07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor de águas, no município de
Formosa do Rio Preto, divisa com o
Tocantins. Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". O centro geográfico do Estado fica na cidade de
Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte ao prédio dos Correios, nas coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação Google Earth).
[carece de fontes]
Hidrografia
O principal rio é o
São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os
rios Paraguaçu - maior rio inteiramente baiano - e o
de Contas - maior
bacia situada apenas no estado -, que se somam aos
rios Jequitinhonha,
Itapicuru,
Capivari,
Rio Grande, entre outros, compõem um total de dezesseis bacias hidrográficas.
[38]
Em março de 2009, através da resolução número 43 do Conselho Estadual
de Recursos Hídricos (Conerh) o estado foi dividido em 26 regiões,
chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA). Essas
regiões hidrográficas organizam das
bacias hidrográficas
no território baiano para fins de planejamento público, muitas vezes em
volta de um curso de água principal ou um grupo deles. A resolução
instituiu RPGA para o Riacho Doce (I),
Rio Mucuri (II), Rios Peruíbe,
Itanhém e Jucuruçu (III), Rios
dos Frades,
Buranhém e Santo Antônio (IV),
Rio Jequitinhonha (V),
Rio Pardo (VI), Leste (VII),
Rio de Contas (VIII), Recôncavo Sul (IX),
Rio Paraguaçu (X), Recôncavo Norte (XI),
Rio Itapicuru (XII),
Rio Real (XIII),
Rio Vaza-Barris (XIV), Riacho do Tara (XV), Rios Macururé e Curaçá (XVI), Rio Salitre (XVII), Rios Verde e
Jacaré (XVIII),
Lago de Sobradinho (XIX), Rios
Paramirim e
Santo Onofre (XX), Riachos da Serra Dourada e do Brejo Velho (XXI), Rio Carnaíba de Dentro (XXII;
Rio Grande (XXIII),
Rio Corrente (XXIV),
Rio Carinhanha (XXV),
Rio Verde Grande (XXVI).
[40]
Relevo e geologia
Imagem de satélite do relevo baiano com escala altimétrica.
Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de
planícies,
planaltos, e
depressões e as formas tabulares e planas (
chapadas,
chapadões,
tabuleiros).
As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano
possui uma elevação relativa, já que 90% de sua área está acima de
duzentos metros em relação ao
nível do mar.
[41]
Vista do morro Pai Inácio, na Chapada Diamantina.
Os pontos mais elevados na Bahia são o
Pico do Barbado, com 2 033 metros, localizado na Serra dos Barbados, entre os municípios de
Abaíra e
Rio do Pires e o
Pico das Almas, com 1 954 metros, localizado entre os municípios de
Érico Cardoso,
Livramento de Nossa Senhora e
Rio de Contas, na Serra das Almas.
[42][43]
O planalto e a
baixada são as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas.
[carece de fontes]
Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a
erosão trabalhou em busca de formas tabulares.
[41] Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe, na altura do estado, o nome de
Espigão Mestre.
[carece de fontes]
Os
planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam
rios vindos da
Chapada Diamantina, da
serra do Espinhaço, que nasce no centro de
Minas Gerais,
indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato
tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto
semiárido, localizado no
sertão brasileiro, caracterizado por baixas
altitudes.
[41]
O
relevo que predomina o estado baiano é a
depressão.
[41]
As planícies estão situadas na
região litorânea, onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem
praias,
dunas,
restingas e até
pântanos. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem
colinas que se estendem até o
oceano. As planícies aluviais se formam a partir dos
rios Paraguaçu,
Jequitinhonha,
Itapicuru,
de Contas, e
Mucuri, que descem da região de planalto, enquanto o
rio São Francisco atua na formação do
vale do São Francisco, onde o solo apresenta formação calcária.
[carece de fontes]
Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento do
Recôncavo baiano,
cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em
algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela
presença do
solo massapê, formado por terras de origem
argilosa.
[carece de fontes]
Clima
Tipos de clima, segundo
Köppen, no estado da Bahia.
Devido à sua
latitude, o
clima tropical predomina em toda a Bahia, apresentando temperaturas elevadas, em que as médias de
temperatura anuais, em geral ultrapassam os 30 °C, entretanto na
serra do Espinhaço as temperaturas são mais amenas e agradáveis. Também se encontra o clima tropical de altitude em cidades da
Chapada Diamantina (
Piatã a 1268 metros do
nível do mar) e no sudoeste do estado (
Vitória da Conquista está entre 923 metros e 1100 metros de altitude). Contudo, no
sertão, o clima é o
semiárido, em que os índices pluviométricos são bastantes baixos, sendo comuns os longos períodos de
seca.
Há distinções apenas quanto aos índices de
precipitação em cada uma das diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de
Ilhéus, a
umidade é maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500
milímetros anuais, no sertão pode não chegar aos quinhentos milímetros anuais.
[41] A estação das
chuvas
é irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos,
desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para
região do
vale do rio São Francisco.
Vegetação
Em relação à
fitogeografia, possui três grandes formações vegetais: a
caatinga, que é a
vegetação predominante, a floresta tropical úmida e
cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na
área da depressão do São Francisco, e na
serra do Espinhaço. Resta para o cerrado a porção ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.
[41]
A floresta tropical úmida sofreu forte impacto da exploração antrópica, devido à abundância de
madeiras de lei. Os plantios de
cacau foram feitos nessa vegetação. Nesses locais vem ocorrendo o
reflorestamento com o
eucalipto, especialmente na região do extremo sul do estado.
[carece de fontes]
Conservação ambiental
Segundo dados de 2002, existiam 128
unidades de conservação
(UC) cadastradas no estado, que são instituídas por legislações
federais, estaduais ou municipais. Dessas destaca-se a quantidade de
áreas de proteção ambiental
(APA), 36 ao todo, por ser uma categoria de UC em que a adequação e
orientação às atividades humanas são mais flexíveis. Há ainda a
categoria de
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que aparecem como opção de
preservação em propriedade privada e totalizam 46 unidades. as áreas preservadas baianas cobrem os diferentes
biomas presentes no estado:
cerrado,
caatinga e
floresta (
Mata Atlântica). Esta última conta com maior percentual de unidades de conservação, devido ao divulgado estado de
fragmentação e
degradação.
[38]
Além dessas formas de estabelecer
áreas protegidas, há os
parques estaduais e
nacionais, também protegidas por
lei. São sete nacionais (
Marinho dos Abrolhos,
Chapada Diamantina,
Descobrimento,
Grande Sertão Veredas - também localizado em
Minas Gerais -,
Monte Pascoal e
Nascentes do Rio Parnaíba - também localizado no
Piauí,
Maranhão e
Tocantins - e
Pau Brasil) e três estaduais (
Serra do Conduru,
Morro do Chapéu e
Sete Passagens).
Entretanto, nem sempre o
meio ambiente está livre de
poluição na Bahia.
Acidentes e
crimes ambientais como
queimadas, contaminação por metais pesados e
derramamento de petróleo e de outros derivados de
combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de
São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5
metros cúbicos de óleo provenientes da
Refinaria Landulpho Alves, provocando não só
impactos ambientais como econômicos.
[44]
Demografia
Crescimento populacional |
Censo |
Pop. |
|
%± |
1872 |
1 379 616 |
|
1890 |
1 919 802 |
|
39,2% |
1900 |
2 117 956 |
|
10,3% |
1920 |
3 334 465 |
|
57,4% |
1940 |
3 918 112 |
|
17,5% |
1950 |
4 834 575 |
|
23,4% |
1960 |
5 990 605 |
|
23,9% |
1970 |
7 583 140 |
|
26,6% |
1980 |
9 597 393 |
|
26,6% |
1991 |
11 855 157 |
|
23,5% |
2000 |
13 066 910 |
|
10,2% |
2010 |
14 016 906 |
|
7,3% |
Fonte: IBGE[45] |
Segundo o
censo demográfico de 2010 realizado pelo
IBGE, a Bahia é o
quarto estado brasileiro mais populoso e o
15.º
mais povoado, com uma população de 14 016 906 habitantes distribuída em
564 733,1 quilômetros quadrados resultando em 24,82 habitantes por
quilômetro quadrado nos seus 417 municípios. Segundo o mesmo censo,
6 880 368 habitantes eram homens e 7 141 064 habitantes eram mulheres.
[46] Ainda segundo o mesmo censo, 10 105 218 habitantes viviam na
zona urbana e 3 916 214 viviam na
zona rural.
[46] Se fosse um país, a Bahia seria o
65.º em população, entre o
Camboja (64.º: 14 132 398 habitantes) e o
Equador (65.º: 13 752 593 habitantes),
149.º em
densidade demográfica, entre a
República Democrática do Congo (148.º: 25 habitantes por quilômetro quadrado) e o
Moçambique (149.º: 24 habitantes por quilômetro quadrado) e à frente do Brasil (150.º: 21 habitantes por quilômetro quadrado) e
7.º mais rico da
América Latina.
Etnias
Um estudo genético realizado no
Recôncavo Baiano confirmou o alto grau de ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos municípios de
Cachoeira e
Maragojipe, além de
quilombolas da área rural de Cachoeira. A ancestralidade africana foi de 80,4%, a europeia 10,8% e a indígena 8,8%.
[48]
Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a
maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida
pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%).
[49] Outro estudo, ainda revela que em relação aos
ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE.
[50]
Um estudo genético autossômico de 2015 encontrou a seguinte
composição para Salvador: 50,5% de ancestralidade africana, 42,4% de
ancestralidade europeia e 5,8% de ancestralidade indígena.
[51][52] Os pesquisadores explicaram que eles coletaram mais amostras de indivíduos que vivem em ambientes mais pobres (página 4).
[51]
Outro estudo do mesmo ano (2015) encontrou níveis semelhantes em
Salvador: 50,8% de ancestralidade africana, 42,9% de ancestralidade
europeia e 6,4% de ancestralidade indígena.
[53]
Um outro estudo genético de 2015 encontrou a seguinte composição em
Salvador: 50,8% de contribuição europeia, 40,5% de contribuição africana
e 8,7% de contribuição indígena.
[54]
Em
Ilhéus,
um estudo genético de 2011 encontrou a seguinte composição: 60.6% de
contribuição europeia, 30.3% de contribuição africana e 9.1% de
contribuição indígena.
[55]
Populações indígenas
As
populações indígenas localizados na Bahia pertencem, em grande maioria, ao
tronco linguístico macro-jê. Dentre elas, estão os grupos indígenas de
pataxós,
pataxós-hã-hã-hãe,
quiriris e os extintos
camacãs. Grande parte dos índios vem perdendo o hábito do
idioma materno, passando a falar a
língua portuguesa. As
tribos e
aldeias indígenas estão bastante distribuídas pela Bahia em
terras e
reservas indígenas.
[carece de fontes]
De acordo com informações da ANAÍ-Bahia e da
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), os
pataxós vivem, principalmente, na costa do
Atlântico Sul, no municípios de
Porto Seguro,
Santa Cruz de Cabrália,
Prado e
Itamaraju; os
pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos
tuxás vivem nas margens do
rio São Francisco no norte de Bahia, nas Áreas Indígenas Ibotirama (município de
Ibotirama), Rodelas e Nova Rodelas (município de
Rodelas), e também em Pernambuco; os
pancararés (
Pankararé) que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte da
Estação Ecológica Raso da Catarina, nos municípios de
Nova Glória e
Glória; os índios
quiriris (
Kiriri) moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de
Ribeira do Pombal e
Banzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São Francisco, no município de
Muquém de São Francisco; vizinhos a estes, os
caimbés (
Kaimbé) estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de
Muriti e
Tocas, todas dentro do município de
Euclides da Cunha; já os
índios tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do São Francisco entre os municípios de
Abaré e
Curaçá; os
cantarurés (
Kantaruré) habitando a Terra Indígena Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos
pancarus (
Pankaru) que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da
serra do Ramalho, no município de
Bom Jesus da Lapa.
[carece de fontes]
Há também a presença dos
tupinambás de Olivença em
Ilhéus,
Una e
Buerarema,
geréns,
trucás (
Truká ou
Tur-Ká),
aticuns-umãs (
Aticum ou
Atikim-Umã) e
Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda pelos
sapuiás e
camacãs.
[carece de fontes]
É no sul da Bahia que está localizada a
Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o
índio Galdino, que foi
queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de
Brasília, em 1997.
[carece de fontes]
Municípios mais populosos
O município mais populoso da Bahia é
Salvador (capital do estado,
com quase três milhões de habitantes), que também é o terceiro mais populoso do Brasil, sendo seguida por
Feira de Santana,
Vitória da Conquista,
Camaçari,
Itabuna,
Juazeiro,
Lauro de Freitas,
Ilhéus,
Jequié,
Teixeira de Freitas,
Alagoinhas e
Barreiras. A
região metropolitana da capital conta com cerca de quatro milhões habitantes,
a primeira da região Nordeste e a sexta do Brasil.
[57][58]
Rede urbana
Municípios baianos na hierarquia urbana brasileira.
Segundo o estudo do
IBGE Regiões de influência das cidades 2007 (REGIC 2007), na
hierarquia urbana do Brasil,
54 municípios baianos estão em algum nível hierárquico definido, ou
seja, não são um centro local, atribuição aos que não exercem
influência. O município a ocupar o mais alto é
Salvador, como metrópole regional (
██). Em seguida, vem as capitais regionais B (
██)
Feira de Santana,
Ilhéus,
Itabuna,
Vitória da Conquista; e
Juazeiro e
Barreiras como capitais regionais C (
██), não havendo capitais regionais A no território baiano.
[60]
Como centros sub-regionais A (
██) tem-se
Guanambi,
Irecê,
Jacobina,
Jequié,
Paulo Afonso,
Santo Antônio de Jesus e
Teixeira de Freitas; e centros sub-regionais B (
██)
Alagoinhas,
Bom Jesus da Lapa,
Brumado,
Cruz das Almas,
Eunápolis,
Itaberaba,
Ribeira do Pombal,
Senhor do Bonfim e
Valença.
[60]
No menor nível,
Caetité,
Camacan,
Conceição do Coité,
Ipiaú,
Itamaraju,
Itapetinga,
Macaúbas,
Porto Seguro,
Santa Maria da Vitória,
Seabra,
Serrinha,
Xique-Xique são classificadas como centros de zona A (
██); e
Amargosa,
Barra,
Boquira,
Caculé,
Capim Grosso,
Cícero Dantas,
Fátima Euclides da Cunha,
Gandu,
Ibicaraí,
Ibotirama,
Jaguaquara,
Riacho de Santana,
Livramento de Nossa Senhora,
Nazaré,
Paramirim,
Poções,
Riachão do Jacuípe,
Santana,
Serra Dourada e
Valente, como centros de zona B (
██).
[60]
Política
Integrante da
federação brasileira, é uma
unidade federativa autônoma, sob os limites da
constituição federal, com os três poderes próprios (executivo, judiciário e legislativo), além do
Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA),
eleições diretas periódicas para cargos do executivo e legislativo,
símbolos oficiais e
data magna estabelecidas na
Constituição estadual de 1989.
[61] A capital estadual é o município de
Salvador,
[61] e
Cachoeira
é a segunda capital do estado, de acordo com a Lei Estadual 10.695 de
2007, que estabeleceu que todos os anos, no dia 25 de junho, o governo
estadual é transferido para a cidade, em reconhecimento histórico pelas
lutas na
Independência da Bahia.
[62]
A história da
política no estado
brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país - e boa parte dela equivale à mesma, uma vez que
Salvador, por muitos anos, foi a capital da
Colônia. Contando sempre com expoentes no cenário
político nacional, a Bahia é um dos mais representativos
estados da federação.
[carece de fontes]
Durante o
período imperial, contou com diversos primeiros-ministros; na
fase republicana, estiveram à frente de vários movimentos nacionais baianos como Rui Barbosa,
Cezar Zama,
Aristides Spínola e outros. Na
República Velha, dominou o cenário estadual
José Joaquim Seabra; durante a
Era Vargas surgiu a figura de
Juracy Magalhães e em contraposição, com a redemocratização do pós-guerra, o socialista
Octávio Mangabeira. Durante o
regime militar, surgiu a figura de
Antônio Carlos Magalhães, que dominou o cenário político estadual por três décadas, com breve derrota para
Waldir Pires, na década de 1980, ocupando o cargo de senador, quando de sua morte. Tal fenômeno político ganhou a denominação de "
Carlismo".
[carece de fontes]
Tratando-se sobre
partidos políticos, todos os
35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado.
[63]
Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
com base em dados de abril de 2016, o partido político com maior número
de filiados na Bahia é o
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 94 518 membros, seguido do
Democratas (DEM), com 90 106 membros e do
Partido dos Trabalhadores (PT), com 84 525 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o
Partido Progressista (PP), com 73 386 membros; e o
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 64 477 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o
Partido Novo (NOVO) e o
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 24 e 275 filiados, respectivamente.
[63]
Sedes de representações dos três poderes na Bahia
Edifício da Governadoria, de onde o governador despacha.
Palácio Luís Eduardo Magalhães, local do plenário da
Assembleia
Poder executivo
O
Poder Executivo baiano é exercido pelo
governador do
estado, que é eleito em
sufrágio universal
e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos
de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. A atual sede é o
Palácio de Ondina, situado no bairro de
Ondina, desde
1967.
[64] Antigamente, a sede do governo baiano era o
Palácio Rio Branco, localizado na
Praça Municipal, e foi construída em
1549
(ano da fundação da cidade de Salvador, em 1549) tornando-se sede do
governo e residência oficial do primeiro governador-geral do Brasil,
Tomé de Sousa.
[65] Em janeiro de
1908, foi transformada em residência oficial dos governadores do estado.
[66] Depois do Palácio Rio Branco, a sede do governo baiano foi o
Palácio da Aclamação, localizado no bairro do
Campo Grande, até ser estabelecida a atual sede.
Poder legislativo
O
Poder Legislativo da Bahia é
unicameral, exercido pela
Assembleia Legislativa da Bahia, localizado no
Palácio Luís Eduardo Magalhães. É constituída pelos representantes do povo (
deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. Ela possui 63
deputados estaduais. No
Congresso Nacional, a representação baiana é de 3
senadores e 39
deputados federais.
[carece de fontes]
Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do
governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:
- Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
- Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
- Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções
públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
- Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
- Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.
O Tribunal de Contas, através de seus conselheiros, auxilia a
Assembleia Legislativa
na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do
estado, no julgamento das contas dos administradores e demais
responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual e as
contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público.
[carece de fontes]
Além deste, possui o
Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxilia as
Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos.
[carece de fontes]
Poder judiciário
A maior corte do
Poder Judiciário estadual é o
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, localizado em prédio denominado
Palácio da Justiça, situado no
Centro Administrativo da Bahia. A
Justiça do Trabalho está ligada à
Quinta região, que compreende todo o estado e possui sede na capital. A
Justiça Federal está vinculada à
primeira região com sede em
Brasília.
[carece de fontes]
Eleições
O sistema eleitoral na Bahia repete o
nacional.
Os mandatos eletivos duram quatro anos, e as eleições estaduais e
federais alternam com as municipais a cada dois anos. O eleitorado
baiano é composto por 10.110.100 votantes, segundo dados referentes às
eleições de 2012, o que representa o quarto maior colégio eleitoral do país. Sua capital,
Salvador, é o município com maior número de eleitores (1.881.544), seguido de
Feira de Santana (373.753) e
Vitória da Conquista (215.299). O município com menor número de eleitores é
Lajedinho, com 3.027.
[67]
Símbolos oficiais
Os
símbolos oficiais do estado da Bahia, definidos constitucionalmente, são a
bandeira, o
brasão de armas e o
hino.
[68]
A
bandeira baiana foi criada pelo médico baiano Diocleciano Ramos, quem, numa reunião do
Partido Republicano da Bahia, propôs este símbolo como representativo da agremiação política, em 25 de maio de 1889.
[68][69] O uso popular consagrado da bandeira somente veio a ser obrigatório por decreto do governador
Juracy Magalhães, em 11 de junho de 1960 (Decreto n.º 17.628).
[68][69] Com forte inspiração na
bandeira dos Estados Unidos,
a bandeira é composta por quatro listras horizontais alternadas entre
vermelhas e brancas e tem, na parte superior interna, um quadrado azul
com um
triângulo branco no seu interior. O triângulo faz referência ao símbolo
maçônico,
já adotado nas conjurações mineira e baiana - muito embora as cores
azul, vermelho e branco já tivessem figurado como símbolos da revolta de
1798 conhecida como
Revolta dos Alfaiates.
[68][69]
O
brasão de armas do estado da Bahia
constitui-se dos seguintes elementos: timbre com uma estrela, que
simboliza o estado; escudo com uma embarcação com a vela içada, onde um
marinheiro acena com um lenço branco;
Monte Pascoal, ao fundo, local do primeiro registro visual de terra pela esquadra de
Cabral; insígnia com dois
tenentes sobre
listel com o
lema PER ARDVA SVRGO
, que significa, numa tradução livre, "pela dificuldade, venço";
[2] dois tenentes, um homem seminu à esquerda com uma
marreta, uma
bigorna e uma
roda (representação da
indústria local) e uma mulher à direita com
barrete frígio (símbolo da
república), carregando a bandeira da Bahia, que jaz atrás do triângulo
maçônico; encimando o brasão, o nome do estado e, abaixo deste, o nome do Brasil.
[68]
O
hino baiano,
cuja letra é de Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos
Barreto, faz referência à data máxima do estado, o 2 de julho de 1823 -
quando o estado, finalmente,
tornou-se independente do jugo português e se uniu ao restante do Brasil, após grandes batalhas, referidas na composição - a exemplo de Cabrito e Pirajá.
[68][70] Somente foi oficializado em 20 de abril de 2010, em decorrência do decreto n.º 11.901 sancionado pelo governador
Jaques Wagner.
[71] Por este ato, o
Hino ao 2 de Julho substituiu o
Hino ao Senhor do Bonfim que era, mesmo que não de forma oficial, a música utilizada em ocasiões importantes do estado da Bahia.
[68]
Subdivisões
A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em
municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia
o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios.
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as
unidades federativas do Brasil em
meso e
microrregiões
para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme
aspectos socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32
microrregiões no estado.
Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o
Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são
Baía de Todos os Santos,
Costa dos Coqueiros,
Costa do Dendê,
Costa do Cacau,
Costa das Baleias,
Costa do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste,
Chapada Diamantina, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do São Francisco.
[72]
Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os
municípios baianos segundo características econômicas, formando as
regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral,
Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio
São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da
Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi
substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho
Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul,
Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano,
Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do
Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de
Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista,
Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica,
Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador.
[73]
A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão das
bacias hidrográficas e dos
recursos hídricos, criou as 26
regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA).
[40]
Economia
Exportações da Bahia em 2012
[74]
Exportações do Brasil por estado em 2012, a Bahia contribui com 4,47% do total
[75]
A Bahia responde por quase trinta por cento do produto interno bruto do
Nordeste brasileiro e por mais da metade das exportações da região. É o sétimo estado brasileiro que mais produz riqueza.
[76] A economia do estado baseia-se na
indústria (química, petroquímica, informática, automobilística e suas peças),
agropecuária (
mandioca,
grãos,
algodão,
cacau e
coco),
mineração,
turismo e nos
serviços.
[77] Existe o importante
Polo petroquímico de Camaçari, onde funciona, entre outros empreendimentos, a montadora
Ford, estando o complexo industrial localizado na cidade de
Camaçari, na
Região Metropolitana de Salvador, e que foi a primeira indústria automobilística a se instalar na região, em 2001.
[78] As atividades agropecuárias ocupam cerca de setenta por cento da
população ativa do estado. Um bom indicador de duas atividades econômicas é sua pauta de
exportação,
composta, no ano de 2012, principalmente por petróleo refinado
(18,77%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,82%), soja
(8,33%), algodão cru (6,32%) e farelo de soja (4,36%).
[74]
Evolução do PIB e do PIB per capita da Bahia
Anos |
2002 |
2003 |
2004 |
2005 |
PIB (em reais) |
60 671 843 |
68 146 924 |
79 083 228 |
90 942 993 |
PIB per capita (em reais) |
4 525 |
5 031 |
5 780 |
6 583 |
Setor primário
No setor primário, a
agricultura está dividida em
grande lavoura comercial, a pequena lavoura comercial e a
agricultura de subsistência. A grande lavoura está baseada na cultura da
cana-de-açúcar e integrada com modernas
usinas e na do
cacau. Entre as pequenas culturas comerciais, a
mandioca, o
coco-da-baía, o
fumo, o
café, o
agave, a
cebola,
dendê (e consequente
azeite-de-dendê) são as produções em destaque. As culturas de
subsistência estão em todo o território, sendo que a cultura da mandioca é a mais importante, seguida pelo
feijão, o
milho, o café e a
banana. O estado é conhecido por ter uma baixa qualidade nas condições de trabalho e de explorar excessivamente a mão-de-obra.
[79]
A Bahia é o primeiro produtor nacional de cacau,
sisal,
mamona,
coco, feijão e mandioca, sendo os dois últimos mais voltados para a
subsistência do que para a
comercialização. A
região de Ilhéus-Itabuna é uma das mais propícias áreas para o
cultivo do cacau em toda a Bahia. Além de ser o principal produtor de cacau, é também o principal
exportador de cacau no
Brasil, porém a produção declinou nos últimos anos.
[80]
Tem bons índices também na produção de milho e cana-de-açúcar. Outra
região do estado que merece a devida atenção é aquela compreendida pelo
Rio São Francisco, conhecida também como
Vale do São Francisco, compreendendo as cidades de
Juazeiro,
Curaçá,
Casa Nova,
Sobradinho, dentre outras. A região é a maior produtora de
frutas tropicais do país, essa
fruticultura é
irrigada, tem crescido e exporta para os mercados
europeu,
asiático e
estadunidense. Recentemente, o cultivo da
soja,
milho,
arroz, café e
algodão aumentou substancialmente no
oeste do estado, principalmente na área do
cerrado em que apresenta terreno plano e propício à
mecanização, com perfil produtivo
intensivo.
[81][82]
Também importante elemento da economia baiana, a
pecuária bovina ocupa hoje o sexto lugar nacional, enquanto a
caprina registra atualmente os maiores números do setor em todo o
Brasil, mas também se destacando os
rebanhos de ovinos.
[carece de fontes]
Já as atividades
extrativas vegetais têm pequena participação na economia baiana. Entretanto, tem reservas consideráveis de
minérios e de
petróleo. A
mineração baseia-se essencialmente na produção de
ouro,
cobre,
magnesita,
cromita,
sal-gema,
barita,
manganês,
chumbo,
urânio,
ferro,
talco,
columbita,
prata,
cristal de rocha e
zinco.
[carece de fontes]
Setor secundário
A
indústria
é relativamente bem distribuída, abrigando os mais mais variados
segmentos desse setor. Representa uma grande força econômica no estado.
Está voltado para os setores da
química e
petroquímica,
agroindústria,
informática,
automobilística e suas peças,
alimentos,
mineração,
borracha e
plástico,
metalurgia,
couro e
calçados,
higiene pessoal, perfumaria e cosméticos,
energia eólica,
celulose e
papel e
bebidas.
[85][86][87] Na
região metropolitana de Salvador, estão concentradas a maioria das indústrias no
Polo Industrial de Camaçari, maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul e que já nasceu planejado na
década de 70, cujo foco inicial era o setor petroquímico e com o passar dos anos diversificou sua produção.
[88] Em relação ao valor de transformação industrial, a Bahia saltou da nona para a sexta posição no ranqueamento nacional em 2005.
[89] Há municípios do interior que se destacam por ser um grande polo produtivo, como de bebidas em
Alagoinhas; papel e celulose em
Eunápolis e
Mucuri; calçados em
Itapetinga,
Serrinha e
Amargosa; agroindústria em
Juazeiro, etc.
Para fomentar a pesquisa e desenvolvimento tecnológico, foi lançado o projeto de um grande parque tecnológico em
Salvador.
[90] Chamado de
Parque Tecnológico da Bahia, tem como prioridades a
tecnologia da informação e comunicação (TIC), a
robótica e a
energia.
[91] A primeira área do complexo foi inaugurada em 2012.
[92] Outro ponto de desenvolvimento tecnológico, a primeira biofábrica do país se encontra na cidade
sertaneja de
Juazeiro, no vale do
Rio São Francisco.
A indústria, o comércio e os domicílios baianos contam com abundante suprimento de
energia elétrica, fornecido principalmente pelo
Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e pelas hidrelétricas de
Sobradinho e
Itapebi, que juntas produzem quase seis mil
megawatts de energia. No campo da energia a partir dos
hidrocarbonetos, o estado é dos maiores produtores nacionais de
petróleo e
gás natural. Há um importante polo de refino de petróleo e biocombustíveis em
São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, onde está localizada a
Refinaria Landulpho Alves, a primeira construída no Brasil e que foi responsável por manter a Bahia como o maior produtor de petróleo por décadas,
[93] e vários
oleodutos e terminais em seu entorno para a chegada e escoamento da produção.
Setor terciário
O turismo é uma destacada
atividade econômica baiana, uma vez que o setor é responsável por 7,5% do
produto interno bruto
(PIB) estadual e emprega uma cadeia gigantesca que englobam os
estabelecimentos do setor do turismo, como hotéis, bares, restaurantes e
agências de viagem.
[94] No cenário nacional, o turismo baiano tem a fatia de 13,2% do PIB turístico nacional, a segunda maior porcentagem.
[94][95] Foram 5,29 milhões de turistas brasileiros e 558 mil turistas estrangeiros que visitaram o estado em 2011.
[94] A diversidade de atrativos no estado incitou o
planejamento governamental, que estabeleceu zonas turísticas para definições necessárias ao desenvolvimento do
ramo turístico e para identificação das potencialidades por meio do
Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR). Em 2002, eram sete zonas:
Costa dos Coqueiros,
Baía de Todos-os-Santos,
Costa do Dendê,
Costa do Cacau,
Costa do Descobrimento,
Costa das Baleias e
Chapada Diamantina.
[38] Isso mostra o destaque para o turismo no litoral, mas também aponta um importante polo no interior, a
Chapada Diamantina. Formação geográfica em que chegam anualmente 500 mil visitantes, que gastam meio bilhão de reais ao conhecer as cidades de
Lençóis,
Andaraí,
Rio de Contas,
Mucugê e
Palmeiras[96]
Mais tarde foram criadas novas zonas, interiorizando o planejamento
turístico, a saber: Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do
Sudoeste, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do
São Francisco.
[72]
Os principais veículos da
imprensa baiana são o tradicional jornal
A Tarde, que também possui uma emissora de rádio (
A Tarde FM); a
TV Salvador (emissora local),
Correio,
TV Bahia e outras emissoras que transmitem a
Rede Globo no interior do estado, todas as empresas da
Rede Bahia; o jornal
Tribuna da Bahia; a emissora de TV
Band Bahia, e a emissora da
Bandnews FM em
Salvador; e as emissoras de televisão
TV Aratu,
TV Educativa da Bahia (esta mantida pelo governo estadual),
TV Itapoan e a
TV Cabrália. Destacam-se três grupos de mídia baianos: a Rede Bahia, o
Grupo A TARDE e o
Grupo Metrópole, que publica o
Jornal da Metrópole.
[carece de fontes]
Infraestrutura
Educação
Resultados no ENEM
2006[97]
Média |
33,27 (17º)
36,90 |
51,53 (11º)
52,08 |
2007[98]
Média |
46,79 (14º)
51,52 |
56,23 (8º)
55,99 |
2008[99]
Média |
36,70 (19º)
41,69 |
58,71 (12º)
59,35 |
A Bahia possui um longo histórico na área de educação, desde os
primeiros jesuítas que já no século XVI instalaram escolas em Salvador,
então a capital da Colônia. Educadores de renome como
Abílio Cezar Borges,
Ernesto Carneiro Ribeiro e
Anísio Teixeira capitanearam o proscênio educacional do país.
[carece de fontes]
A
escola pública na Bahia é basicamente estadual e municipal, sendo que o município tem uma preocupação maior com a
ensino fundamental (primeira à quarta série) e o governo estadual com a
educação fundamental também, mas só da quinta à oitava série, além do
ensino médio. O governo federal tem pouca participação na formação direta da
população, porém, muitos recursos utilizados por estas instituições escolares são provenientes dos fundos federais.
[carece de fontes]
Atualmente, a Bahia conta com doze universidades, sendo
quatro públicas estaduais (
UNEB,
UEFS,
UESB e
UESC),
seis públicas federais (
UFBA,
UFRB,
UNIVASF,
UNILAB,
UFSB e
UFOB) e
duas privadas (
UCSal e
UNIFACS). Sem falar os institutos federais,
IFBA e
IF-BAIANO.
[101][102]
De acordo com um ranking realizado e divulgado pela
Folha de S.Paulo, em 2012, a
Universidade Federal da Bahia aparece como a segunda melhor pontuação entre as universidades públicas do norte e nordeste, atrás da
federal pernambucana, e em 12.º lugar no país inteiro,
[103] e na frente da
Universidade Estadual do Maranhão. Em outro ranqueamento publicado no mesmo ano, feito pelo
Ministério da Educação (MEC) a partir do
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), a
Universidade Estadual de Feira de Santana foi classificada como a melhor universidade das regiões norte e nordeste e a 15.º do país em cursos com a nota cinco.
[104][105]
Transportes
Rede de transportes da Bahia.
Feira de Santana é o eixo polarizador do sistema rodoviário estadual e é por onde passa as vias principais: a
BR-242, que liga
Salvador ao
oeste baiano e à
capital federal; a
BR-101 de sentido
norte/
sul com traçado paralelo ao
litoral; a
BR-116, que liga a
metrópole ao
sudoeste, além da
BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador. Outras
rodovias
estaduais e federais atendem ao tráfego de longa distância ou atendem
as sedes dos municípios fazendo parte de um sistema combinado que se
complementam a exemplo da
BR-110,
BR-415,
BR-407,
BA-052,
BA-099 e
BA-001 (essas duas últimas são rodovias estaduais litorâneas).
[38]
A Bahia conta com quatro
portos, sendo o de
Aratu, o de
Ilhéus e o de
Salvador marítimos e o
de Juazeiro fluvial. O de
Ilhéus é o maior exportador de
cacau do
Brasil e também grande importador. Na cidade também está em processo de construção o
Porto Sul, com a expectativa de ser um dos maiores portos do Brasil em movimentação de cargas.
[109]
A Bahia conta com dez
aeroportos operando com voos regulares, sendo o
Internacional Dois de Julho, também conhecido como Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, o
oitavo aeroporto mais movimentado do Brasil, o primeiro do
Nordeste e entre os 20 da
América Latina, respondendo por mais de trinta por cento do movimento de passageiros dessa região do país em 2011.
[110] Os outros são
Aeroporto de Barreiras, em
Barreiras;
Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana;
Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus;
Aeroporto Horácio de Mattos, em
Lençóis;
Aeroporto de Paulo Afonso, em
Paulo Afonso;
Aeroporto de Porto Seguro, em
Porto Seguro;
Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em
Vitória da Conquista;
Aeroporto de Valença, em
Valença; e [Aeroporto de Teixeira de Freitas]], em
Teixeira de Freitas. O
Aeroporto de Una-Comandatuba recebe muitos voos fretados.
[111]
A Bahia é cortada por várias
ferrovias,
[112] entre elas estão a
Estrada de Ferro Bahia-Minas, que vai de
Caravelas, na Bahia, ao norte de
Minas,
[113] e a
Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, que integrava a Bahia com os estados de Minas Gerais,
Sergipe,
Pernambuco e
Piauí.
[114] Além dessas duas interestaduais, existe a Estrada de Ferro de
Nazaré e a de
Ilhéus, esta última possuía projetos de expansão para chegar a
Vitória da Conquista e para ligar a outras do estado e à E. F. Bahia-Minas.
[115] Todas essas linhas férreas já não estão mais em atividade.
[113][114][115]
Atualmente, está sendo construída a
Ferrovia de Integração Oeste-Leste
(FIOL) com extensão de 1 527 quilômetros, que servirá de importante
ponto de escoamento da produção de minérios e grãos do estado através do
Porto Sul, no sul do estado. Ela também se conectará com a
Ferrovia Norte-Sul em
Tocantins formando um grande corredor logístico.
[116] Durante a
primeira gestão de Dilma Rousseff foram planejadas mais duas ferrovias cortando a Bahia: a
Ferrovia Salvador-Recife, com extensão de 893 quilômetros e que atravessa municípios dos estados de
Sergipe,
Alagoas e
Pernambuco, onde fazia conexão com a
Ferrovia Transnordestina[117] e a Ferrovia Belo Horizonte-Salvador, com extensão de 1 350 quilômetros e que atravessa 52 municípios da Bahia e
Minas Gerais estabelecendo uma conexão com o
Porto de Aratu na
Região Metropolitana de Salvador.
[118]
O transporte de alta capacidade de passageiros por trilhos foi implantado no estado com o
Metrô de Salvador, após 14 anos de construção e indícios de superfaturamento.
[119]
O funcionamento foi iniciado em junho de 2014 e a conclusão das duas
linhas licitadas está determinada pelo edital para ser em 2017.
[120][121]
Telecomunicação
O estado de Bahia é o quarto do Brasil em quantidade de dispositivos moveis ativos (17.033.298) após
São Paulo,
Minas Gerais e
Rio de Janeiro.
A cidade de Salvador tem a maior teledensidade (número de acessos por
100 habitantes) com 198,44 acessos para cada 100 pessoas.
[122]
Os códigos de discagem a distância, DDD, para realizações para números do estado são 71, 73, 74, 75 e 77.
[123]
Saúde
Hospital da Bahia, hospital particular localizado na capital.
A
saúde na Bahia não é das melhores do país, problemas típicos da
saúde brasileira ocorrem no estado. Algumas doenças tem altos índices de doentes, como o
câncer de mama,
[124] que, de acordo com a Sociedade Brasileira de
Mastologia, atinge cerca de dois mil novos casos anualmente.
[125] Apesar disso, certas práticas que poderiam salvar muitas vidas não são comuns no estado, a exemplo da
doação de órgãos. 60% das
famílias baianas se recusam a doar
órgãos de
parentes, índice bem maior do que a média nacional que é de 25%.
[126]
Entre as
doenças mais comuns, estão a
dengue e a
meningite, as quais estão alastrando-se por todo o território baiano e não apenas infectam os baianos, mas também provocam a
morte.
[127][128]
Na parte da estrutura, destacam-se na capital o
Hospital Geral do Estado (HGE),
[129] Hospital Geral Roberto Santos (HGRS),
[130] Hospital do Subúrbio que funciona sob gestão de
parceria público-privada, conceito inédito no Brasil,
[131] Hospital Santo Antônio (fundado por
Irmã Dulce),
Hospital Sarah Kubitschek,
Hospital Manoel Victorino,
Hospital Santa Izabel,
Hospital Ana Nery, referência nas áreas de cardiologia, cirurgia vascular, hemodiálise e transplante de órgãos,
[132] Hospital Couto Maia, referência em doenças infecciosas e parasitárias,
[133] Hospital São Rafael,
[134][135] Hospital da Bahia,
[136] Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM),
[137][138] Hospital Martagão Gesteira, referência no atendimento às mais diversas especialidades pediátricas,
[139] Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (COMHUPES, mantido pela
Universidade Federal da Bahia através do Sistema Universitário de Saúde),
[140] Hospital Aristides Maltez, instituição referência no diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil e que atende, prioritariamente, pacientes do
Sistema Único de Saúde (SUS),
[141] entre outros; o
Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em
Feira de Santana destaca-se por ser o maior hospital público, porta aberta, do interior do estado no atendimento de média e alta complexidade.
[142][143][144]
As
ciências médicas estão também organizadas, assim, as
sociedades científicas Academia de Medicina da Bahia e
Academia de Medicina de Feira de Santana desenvolvem e publicam as
pesquisas médicas dos especialistas baianos.
[carece de fontes]
Cultura
Esporte
Museus
Alguns
museus da Bahia são
Museu Afro-Brasileiro,
Museu de Arte da Bahia,
Museu de Arte Moderna da Bahia,
Memorial dos Governadores Bahia,
Museu Carlos Costa Pinto,
Museu Henriqueta Catharino,
Fundação Casa de Jorge Amado e
Museu Geográfico da Bahia. No interior do estado, destaca-se o Museu Histórico de
Jequié,
com um importante acervo sobre a história e cultura da região sudoeste.
O Museu dos Humildes em Santo Amaro, arte sacra, o Hansen em Cachoeira,
o Danneman em São Félix, com sua Bienal do Recôncavo.
[carece de fontes]
Festas
Na Bahia, ocorrem várias festas durante o ano todo. As principais são a
Lavagem do Senhor de Bonfim, o
Carnaval da Bahia e as diversas
micaretas
que ocorrem no ano todo sendo este evento momesco fora de época uma
criação baiana. Há também a Festa junina São João com destaque para a
cidade de
Cruz das Almas (onde acontece a tradicional
guerra de espadas) e
Irecê que todos os anos trazem grandes atrações da música brasileira. Ainda tem a tradicional
Vaquejada de Serrinha, que acontece sempre junto ao feriado de 7 de setembro.
[carece de fontes]
Em Salvador, acontece sempre, no começo do ano, o
Festival de Verão de Salvador. Em
Vitória da Conquista, durante o inverno, acontece o
Festival de Inverno Bahia.
[carece de fontes]
Literatura
Escritores baianos possuem relevância história ao aparecerem como representantes maiores do
Barroco no Brasil:
Gregório de Matos,
Botelho de Oliveira e
Frei Itaparica. Na Bahia apareceram também as primeiras Academias literárias, a
Academia dos Esquecidos (1724-1725) e a
Academia Brasílica dos Renascidos
(1759). Cabe salientar que na época havia os cronistas-mor nomeados
pelo rei de Portugal e que as academias eram tidas como seguidoras da
moda das academias em Portugal
[145] mas também representariam algum tipo de sentimento
nativista do meio intelectual, já bastante desenvolvido em território baiano.
No período mais recente, temos uma Bahia pródiga de autores imortais, como
Castro Alves,
Adonias Filho,
Jorge Amado, e
João Ubaldo Ribeiro.
Os dois últimos são autores excepcionais, de literatura fácil e rica de
detalhes sobre a Bahia. São, ao mesmo tempo, radiografias da vida no
estado. No entanto, ao se falar em
romances, a "produção" está reduzida, restringe-se a pequenos
versos e passagens que remontam o estilo
medieval e ao famoso romance,
Gabriela, Cravo e Canela,
de Jorge Amado, publicado em 1958. A obra é um retorno ao ciclo do
cacau, entrando no universo de coronéis, jagunços e prostitutas que
desenham o horizonte da sociedade cacaueira da época. Na década de 20 na
então rica e pacata
Ilhéus,
ansiando progressos, com intensa vida noturna litorânea, entre bares e
bordéis, desenrola-se o drama, que acaba por tornar-se uma explosão de
folia e luz, cor, som, sexo e riso.
[146] Paralelamente, a
literatura de cordel persiste principalmente no
sertão, onde
violeiros transmitem a tradição cordelista por meio de sua cantoria.
[146]
Artesanato
No campo do
artesanato da Bahia, destacam-se a
cerâmica decorativa, marca da influência
indígena, a
renda de bilros e outros tipos de
bordados, bonecas de pano, os santeiros e
carrancas, objetos feitos de
couro,
metal,
pedras e os destinados à
cozinha, como o
pilão e
gamela.
[146]
Música
Nas últimas
décadas, a Bahia tem sido um verdadeiro celeiro
musical.
Surgiram muitos artistas (músicos, instrumentistas, cantores,
compositores e intérpretes) de grande influência no cenário musical
nacional e internacional. Tendo a maior cidade das
Américas durante muitos
séculos, sua
capital foi local dos nascimentos, a partir da influência
africana, do
samba de roda, seu filho
samba, o
lundu e outros tantos
ritmos, movidos por
atabaques,
berimbaus,
marimbas - espalhando-se pelo resto do
Brasil, e ganhando o
mundo.
[147]
Na Bahia nasceram expoentes brasileiros do samba, do
pagode, do
tropicalismo, do
rock brasileiro, da
bossa nova,
axé e
samba-reggae. Alguns dos principais nomes são
Dorival Caymmi,
João Gilberto,
Astrud Gilberto,
Gilberto Gil,
Caetano Veloso,
Gal Costa,
Maria Bethânia,
Tom Zé,
Novos Baianos,
Raul Seixas,
Marcelo Nova,
Pitty,
Bira (do
Sexteto do Jô),
Carlinhos Brown,
Daniela Mercury,
Ivete Sangalo,
Luiz Caldas,
Margareth Menezes,
Dinho (do
Mamonas Assassinas) etc.
[147]
Carnaval
A história começou em 1950, quando
Dodô e
Osmar inventaram o
Trio Elétrico.
O
negro reconquista sua identidade e ganha força nos
Filhos de Gandhi, o
Olodum, e blocos como o
Ilê Aiyê, que une música ao
trabalho social. O
Carnaval de Salvador, considerado o maior carnaval de rua do mundo, atrai anualmente 2 milhões de foliões em seis dias de festa.
[148] Durante o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do
Brasil desfilam nos
trios elétricos como,
Ivete Sangalo,
Daniela Mercury e muitos outros.
Mas também há as festas de momo no interior, com destaque para
Barreiras,
Canavieiras,
Palmeiras e
Porto Seguro.
[149]
Culinária
Do
candomblé ou do tabuleiro da
baiana do acarajé brotam o
acarajé, o
abará, o
vatapá e tantos pratos temperados pelo
azeite de dendê, festejando aos santos, como o
caruru ou festejando a vida, como a
moqueca e o
mingau, a Bahia tem uma grande variedade de pratos típicos.
[150]
Dialeto
Diferentemente da satirização feita pelos grandes meios de
comunicação, o dialeto falado na Bahia, segundo alguns linguistas, seria
parte integrante do grupo sulista, sendo, portanto, um dialeto próprio,
assim como os
dialetos do nordeste. Entretanto, algumas gírias soam estranhas para outras regiões do país, como os famosos
oxente,
massa (no sentido de coisa boa) e
aonde (utilizado para negar uma frase).
Cinema
O cinema na Bahia é promovido e incentivado pela Diretoria de Artes
Visuais e Multimeios (DIMAS), além da Associação Baiana de Cinema e
Vídeo (ABCV / ABD-BA), membro da
Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas.
Na Bahia, ocorrem vários
festivais e encontros de
cinema e
cineclubismo, entre eles:
- Bahia Afro Film Festival, em Salvador;[151]
- Encontro Baiano de Animação, em Salvador.[152]
- Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana;[153]
- Festival Brasilidades, em Feira de Santana;[154]
- Festival Nacional de Vídeo - A Imagem em 5 Minutos, em Salvador;[155]
- FIM! - Festival da Imagem em Movimento, em Salvador;[155]
- Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador;[155]
- Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista;[156]
- Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador.
- Vale Curtas - Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina;[157]
Também há várias
produções cinematográficas nacionais que possuem como tema a Bahia ou algo a ela relacionado, a exemplo de
Cidade Baixa e
Ó Paí, Ó.
O estado também é berço de grandes nomes do
cinema nacional, como os atores
Lázaro Ramos,
Wagner Moura,
Luís Miranda,
Priscila Fantin,
João Miguel,
Othon Bastos,
Antonio Pitanga (pai dos também atores
Rocco e
Camila Pitanga) e
Emanuelle Araújo e os cineastas
Glauber Rocha e
Roberto Pires.
Valorizando o cinema baiano, a
TVE Bahia exibe às
sextas-feiras, a sessão de filmes
Sextas Baianas.
[158] E a DIMAS exibe a sessão
Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira, às
quartas-feiras, às 8h da
noite.
[159]
Pontos turísticos
Outra principal indústria é o turismo, ao longo da costa da Bahia,
que é o estado brasileiro com o maior litoral, as bonitas praias e os
tesouros culturais fazem-lhe um dos principais destinos turísticos do
Brasil, sendo o estado que mais recebe turistas na
região Nordeste com um fluxo de 11 milhões de visitantes em 2011, segundo estudo realizado pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
[160][161][162] Além da
ilha de Itaparica e
Morro de São Paulo, há um grande número de praias entre
Ilhéus e
Porto Seguro, na costa sudeste, o norte litoral da área de
Salvador, esticando para a beira com
Sergipe, transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como
Linha Verde. A
Costa do Sauípe se destaca como o maior complexo de
hotéis-
resorts do
Brasil.
[163]
No ecoturismo, se destaca a
Chapada Diamantina.
[96] Na região está o melhor roteiro do país, localizado no Vale do Pati (
Lençóis), segundo aponta o Ministério do Turismo em 2010.
[96] Nele, cerca de 500 mil turistas, brasileiros e estrangeiros, passam anualmente.
Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo
Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,
[164] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais,
Pernambuco, com 11,9%, e
São Paulo,
com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas
categorias pesquisadas. Já em 2010, foi escolhida pelo jornal americano
The New York Times como um dos 31 destinos que merecem ser visitados em 2010.
[165][166] O estado foi o único do Brasil a integrar o
ranking.
Religião
O
catolicismo
é a religião dominante no estado, e também a primeira forma organizada
de culto que se introduziu no país, desde a celebração da primeira
missa no Brasil. Em Salvador foi erguida a primeira igreja em solo brasileiro, graças à
Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da
Graça. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada do
Arcebispo Primaz. A
padroeira do estado é
Nossa Senhora da Conceição da Praia,
cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao
Senhor do Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.
[167] Possui ainda centro de peregrinação de
Bom Jesus da Lapa, alvo de
romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo com suas novenas. Possui a
Arquidiocese de Vitória da Conquista,
Arquidiocese de Feira de Santana entre outras. Ressalta dentro do catolicismo as figuras das
freiras Joana Angélica,
Irmã Dulce e
Irmã Lindalva.
O
sincretismo, entretanto, com as religiões de origem
africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o
candomblé com o catolicismo (como a
Irmandade da Boa Morte e a
Irmandade dos Homens Pretos) e outras variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o
Cabula e a
Umbanda. Sobressai, neste campo, a figura cultuada de
Mãe Menininha do Gantois, e os
terreiros como o
Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano.
Desde o início do
século XX, a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do
Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como
Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha o crescimento das múltiplas denominações cristãs.
Feriados
Referências
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do príncipe regente Dom João ao conde da Ponte, governador da capitania
da Bahia, João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes Brito, na qual
ordena a abertura dos portos do Brasil a todas as mercadorias
transportadas por navios de seus vassalos e de estrangeiros de nações
amigas. Foi estabelecido o pagamento de direitos por entrada de 24%, com
exceção dos vinhos, aguardentes e azeites doces, que deveriam pagar o
dobro dos "direitos" até então pagos, além de liberar, aos mesmos
navios, a exportação de mercadorias coloniais, a exceção do pau-brasil e
outros produtos estancados, para todos os portos que lhes aprouver.
Pacheco, Isabel Maria de Jesus. «"BAHIA TERRA DA FELICIDADE" - O IMAGINÁRIO DA CARTA DE CAMINHA NAS PROPAGANDAS TURÍSTICAS» (PDF). uesc.br. Consultado em 15 de maio de 2012
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http://www.nature.com/articles/srep09812
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