A SEGUIR TEMOS ALGUNS ARTIGOS QUE SERVEM COMO BASE DE DE DEFESA E DE ESTUDO PARA ESTE CONCEITO.
FONTE, http://samuelpedroescritor.blogspot.com.br/ BLOG DE SUPORTE DO AUTOR E PESQUISADOR DESDE 2002 DO CONCEITO, QUE TAMBÉM É BLOGUEIRO E QUILOMBOLA DO QUILOMBO DA FLOR ROXA
A BATA DE FEIJÃO DESTAQUE DE REPORTAGEM
PELA TV SUBAÉ, GLOBO RURAL E TV CULTURA
EM 2007
A BOCA DO TÚNEL DO CAPITÃO DO MATO UM DOS
MARCOS HISTÓRICOS DO QUILOMBO DA FLOR ROXA
UNS VAQUEIROS E A ANTIGA ESTRADA DE BOIADA
VIA JACOBINA E PIAUÍ À F. DE SANTANA
DENTRO DA ANTIGA CASA DE FARINHA DE SEO
JAIME - UM LUGAR CULTURALMENTE DE SE
FAZER POLÍTICA.
FROTA DE ONIBUS ESPECIAIS QUE TRAZEM OS BAIANEIROS
BAIANOS QUE VIVEM EM MINAS GERAIS DEZ 2009.
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samuel pedro lima da silva
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15:08:00
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samuel pedro lima da silva
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05:44:00
A nomeação para Praianos começou ser dada para a comunidade por volta de 110 anos atrás – 1900- quando se deram varias idas e vindas, a sua terra natal, onde Fermino Praiano e seus familiares partiam para as “praias como o povo aqui diz” em busca de trabalho – sobretudo uma das idas mais comentadas por aqui, corresponde ao período da seca de 1932 e estão na mente e presente na vida deste povo, equiparados aos indícios e fatos referentes à remanescência quilombola narrados por aqui. E nesses registros. Os Bertoldos, que moravam no Mocambo – lembrando que mocambos são povoados que formavam os quilombos (em referencia atual, seu Piroca) trazem a muito o samba no pé e no gogó, eles juntos com outros sambadores, faziam e fazem à festa, nos sambas de: Reis; Religiosos e outros tipos. Nas vertentes: Brasileirinho; Santa Marença e Martelo ou de Quadra. Tendo Chulas, batuques e voltas como ritmos musicais. Hoje uma senhora conhecida por Adelza, samba com uma garrafa de vidro equilibrada na cabeça, um manifesto do Congo, África. Os Bois Roubados. As Rezas de setembro - destaques para as da casa de Dona Fulozina. As parteiras – a ultima foi Dona Antonia de Miguel (o nosso preto velho) ambos falecidos. Os Marcos Históricos do quilombo como: o cemitério clandestino; o túnel do capitão José Joaquim de Almeida – o homem que desativou este quilombo - , a toca a ele atribuída; a antiga capela e seus dois santos sincretistas; a estrada de boiadeiros e a pedra da Cangalha. Os Atos religiosos matriz. Os Batalhões, estruturados num fascinante calendário anual. A presença marcante do Samba e cantorias de Roda que regia todas as principais ações locais, no passado. A Casa de Farinha, o Terreiro de Feijão e o Canto de Milho. A forma de produção rural. O Raizeiro ou Mesinheiro e as plantas medicinais. As Ciências Naturais e Exatas aplicadas popularmente. As lendas e mitos. A culinária antiga de Praianos. O Linguajar. Os antigos moradores da área histórica quilombola e da atual Praianos: as pessoas marcantes para a povoação dessas terras. Dona Iria à matriarca do povo da serra. Dadinho notório sambador local – famoso – repentista regional e filho da terra. As antigas grandes fazendas locais: a fazenda matriz. Os fatores de contra cultura: catequismo; evangelismo e o êxodo rural. Os eventos de resgate a cultura local, quais, quando e realizados por quem. Realidade e perspectivas para Praianos nos aspectos de desenvolvimentos sócios culturais e econômicos. Relação de Praianos, Formigueiro e Morro Redondo – para além de apenas serem comunidades vizinhas. Os atores do amanhã, dentre outros “achados”. Agora Praianos, destacando o nome de um dos cerca de seis a oito clãs ou mocambos, que estimo que fosse a quantidade dessas povoações existentes no Flor Roxa, dentre elas: O Povo da Serra, Os Praianos, O Mocambo, o São Caetano (correspondente ao exato local do Marco Histórico do quilombo), a Barra do vento ademais. Praiano hoje tem morando na comunidade, 64 famílias ou 4,5 pessoas por família, equivalendo cerca de 290 habitantes.
PARTE TRÊS
A afirmação é verdadeira que muito de nossa cultura está parada no momento. Entretanto, também é bem verdade que muito dessa mesma cultura não morreu, é praticada no dia-a-dia e em atos de resgate. Também, é bem verdade por parte de grande número de nosso povo a vontade de reviver nossos costumes. Tudo muda menos a cultura de uma gente, as formas podem até mudar, porém, o porquê cultuar não muda nunca.
Com base nos registros para historiar este quilombo da Flor Roxa, já se passaram cerca de 170 anos entre a formação e desativação, desse refugio de negros escravos fugidos das senzalas – considerando que o capitão do mato, José Joaquim de Almeida foi expulso pela policia a mando do governo em 1853, fonte T. Franco. Este parece um tempo bastante significativo e longo para um povo ter conseguido levar a diante suas tradições e costumes exposto a todos os tipos de repressões, perseguições e até mesmo preconceitos.
Hoje em dias atuais, resta reviver nossas tradições, para nós praianenses quilombolas, as promoções de eventos de resgate é fundamental, igualmente os de afirmação, de autodefinição e de reconhecimento enquanto remanescente de quilombo, isso deve acontecer dentro de Praianos. Pois nossa cultura remanescente do Quilombo da Flor Roxa não morreu e nem morrerá. A da Pesquisa de campo sobre Cultura Tradicional Remanescente em Praianos - Raízes Quilombo da Flor Roxa, com os entrevistados: Seu Agnelo Gonzaga da Silva – o Benzedor. 81 anos (Praianos); Dona Carmozina Maria Gomes - Agente de Saúde local. 65 anos (Bela Vista); Dona Edelzuita Pereira da Cruz, 55 anos (Praianos); Dona Maria Edite dos Santos – Edite de Piroca. 64 anos (Praianos); Dona Matildes de Jesus Moreira – dona Tidinha. 63 anos (Praianos); Seu Luiz Souza Gomes – Fia de Doutor. 86 anos (Praianos); Seu Pedro Macedo da silva – seu Piroca, sambador. 80 anos (Praianos); Dona Maria de Lourdes Lima – Minha Mãe. 70 anos (Praianos); Seu Mariano Ferreira Gomes – neto de Torquato. 77 anos (Bela Vista); Seu Tomas Gonzaga da Silva, 64 anos (Praianos); Dona Luiza Barbosa de Jesus – Luiza de Horacio e filha de Bem Vindo. 78 anos (Praianos); Dona Euflozina de Jesus – Fulo, a rezadeira. 80 anos (Praianos); Seu Fidelis Néri – neto de Iria da Serra. 80 anos (Praianos); Seu Miguel Marques – seu Guéga, entrevistado em 2002. 80 anos (Praianos) e Valdemar de Aniba (Bela Vista), revelou esses dados e o livro Quilombo da Flor Roxa: Um olhar sobre sua remanescência – Praianos, será um instrumento – guia – para contribuir em registro com a perpetuação dessa rica cultura. Porque igualmente a planta flor roxa que resistiu a tudo, a Remanescência quilombo flor roxense não tombou e nem tombará jamais.
Samuel Pedro
Praianos Quilombola = 25-12-2009/25/05/2010
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15:23:00
na, a
escravidão...” Trecho do artigo o Quilombo da Flor Roxa do livro o Boi
Barbatão e outras crônicas de Serrinha, de Lafayete Coutinho, que também
esta transcrita no livro, Principais raízes do nosso povo: o Indígena, o
Africano e o Português, de 2004, do Dr. Antonio José de Oliveira. Esses
escritos dão notas a historia do Quilombo Flor Roxense além de outros
trabalhos contendo esse assunto.
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05:35:00
FONTE, http://samuelpedroescritor.blogspot.com.br/ BLOG DE SUPORTE DO AUTOR E PESQUISADOR DESDE 2002 DO CONCEITO, QUE TAMBÉM É BLOGUEIRO E QUILOMBOLA DO QUILOMBO DA FLOR ROXA
segunda-feira, 2 de maio de 2016
sábado, 23 de janeiro de 2010
SIM! PRAIANOS DISSE SIM, SOMOS SIM REMANESCENTES DO QUILOMBO DA FLOR ROXA!
É
com orgulho de ser quilombola e felecidade pela notícia que reporto
essa matéria. Aconteu ontem, 22 de janeiro de 2010 na comunidade de
Praianos, onde estavam presentes os praianenses em peso, para realizar o
maior ato de nossas vidas, si aceitar como quilombolas remanescentes do
Quilombo da Flor Roxa, e si aceitaram, dissemos isso com o punho
erguido as algemas da dúvida tinham sido destrancada, num estrondoso
sim, somos quilombolas Remanescentes do Quilomlobo da Flor Roxa. "Isso
que acabamos de fazer é um pequeno gesto de cada um de nós, mas com um
grande significado para nossa comunidade pra vida toda" como eu disse
após o ato, pois estava como coordenador do evento com título de
Assebléia Extraordinária na Associação Comunitária de Praianos - ASCOP. A
reunião ocorreu dentro dos procedimentos legais com abertura, votação e
fechamento a gargo do presidente da casa Pedro Genir, e contou com a
presença dos moradores e socios da ASCOP - ambos praianenses e
Quilombolas -, dos professores e do diretor do Grupo Escolar Dr. Ipê ,
local, de Ailson Araújo, estudante de Geografia pela Uneb- Serrinha e
Dr. Antônio José de Oliveira morador de Bela Vista escritor e um dos
pesquisadores da história do Quilombo da Flor Roxa. As exposições sobre o
assunto foram riquíssimas, e começaram quando com o uso da palavra
cedida por Genir, passei simbolicamente para o nobre Dr. Antônio José
ler em seu livro Principais Raizes do Nosso Povo: o indígena, o africano
e o português, o pedido foi em homenagem e reconhecimento ao mesmo pelo
trabalho de pesquisar e colocar no livro citado a história do nosso
quilombo. A comunidade deu um banho de exposição do assunto confirmando
tudo, e por unanimidade todos com os braços erguidos bradaram num
maravilhoso som digno de acompanhamento dos tambores do povo de
Palmares, do povo de Zumbi, de todos os quilombos e nosso do Quilombo da
Flor Roxa também. A partir de ontem 22 de janeiro de 2010, para a
Comunidade de Praianos inteira somos todos remanescente do quilombo flor
roxense com registro em ata. Eu sou quilombola com muito orgulho assim
como também sou negro. E nesse momento agradecer a todos que estieram,
estão e estarão conosco nessa, sem citar nomes agora para não corrrer e
risco de não mencionar algum nome. E meus parabéns Praianos por não
sinegar e Si Aceitar como Remanescentes do Quilombo da Flor Roxa.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Imagens dos Praianos Quilombolas
A BATA DE FEIJÃO DESTAQUE DE REPORTAGEM
PELA TV SUBAÉ, GLOBO RURAL E TV CULTURA
EM 2007
A BOCA DO TÚNEL DO CAPITÃO DO MATO UM DOS
MARCOS HISTÓRICOS DO QUILOMBO DA FLOR ROXA
UNS VAQUEIROS E A ANTIGA ESTRADA DE BOIADA
VIA JACOBINA E PIAUÍ À F. DE SANTANA
DENTRO DA ANTIGA CASA DE FARINHA DE SEO
JAIME - UM LUGAR CULTURALMENTE DE SE
FAZER POLÍTICA.
FROTA DE ONIBUS ESPECIAIS QUE TRAZEM OS BAIANEIROS
BAIANOS QUE VIVEM EM MINAS GERAIS DEZ 2009.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Quilombo Flor Roxa e sua cria Praianos 2
sábado, 7 de agosto de 2010
Esboço Dos Praianos Quilombola
Artigo: SÍNTESE DA HISTORIA DOS PRAIANOS QUILOMBOLA.
Para suas Comemorações Pela Igreja Católica no 3º Tríduo ao Sagrado Coração de Maria 26 a 28-05-10, Padroeira de Praianos.
Por Samuel Pedro
PARTE UMA Comemoração dos 110 anos de Praianos como comunidade e, 170 do Quilombo da Flor Roxa. Para melhor situar o nobre leitor, cai aqui esta afirmação, categórica e de caráter explicativo, Praianos é uma comunidade quilombola. Sua Remanescente é o Quilombo da Flor Roxa. As pessoas que hoje vivem aqui, são parentes dos escravos que outrora fugiram dos cativeiros e nas terras do São Caetano, no município de Serrinha, ergueram o nosso Quilombo da Flor Roxa. Que se “formou na primeira metade do século XIX, com escravos evadidos do Recôncavo baiano e de fazendas da região” (Tasso Franco). ... Foi ali no sopé e no interior da serra que se instalou o Quilombo da Flor Roxa. Escravos evadidos do recôncavo e da região, revoltados pela tirania dos Senhores, rebelaram-se contra a mais humilhante forma de exploração humana, a escravidão... L. Coutinho. Textos integrantes da obra do autor Antonio José de Oliveira, no livro, Principais raízes do nosso povo: o Indígena, o Africano e o Português, de 2004, esses escritos dão notas a historia do Quilombo Flor Roxense, além de outros não menos valiosos trabalhos contendo esse assunto. “Vindo das praias” como é dito por aqui em Praianos – Praiano, que é = alguém que veio das praias. Assim temos cerca de 170 anos de Quilombo da Flor Roxa e 110 anos de Comunidade de Praianos.
O livro o “Quilombo da Flor Roxa: Um olhar sobre a sua remanescência - Praianos”, está sendo escrito por este que ora escreve este artigo, e será produto Principal da Pesquisa de campo sobre Cultura Tradicional Remanescente em Praianos - Raízes Quilombo da Flor Roxa deste ano de 2009, realizada por este mesmo Autor e revelara tudo sobre a possível existência deste Quilombo - sendo estes, fato sem alto grau de contundência, que seja, na memória cultura (compreendendo as manifestações culturais, um belo sistema por sinal, de expressões como Sambas e Canturias de Roda, artesanato, e praticas agrícolas, medicinais, culinárias, e transição de conhecimentos dos mais velhos para os mais novos) e também a memória histórica ( relacionado aos resquícios, fraguimentos, resto ou provas físicas (escombros de ânticas casas com caldeirões que dão nome aos antigos moradores do local, ex. caldeirão de Zé Latão,b e visíveis de construções (o boca do túnel do capitão do mato, o homem que desativou o quilombo e artefatos antigos (tijolos e cacos de telhas) encontrados na área), em seus relatos históricos e com foco prioritário aos registros culturais , por serem dados inéditos e relevantes quando inclusos aos demais conteúdos já existentes a cerca do assunto. Por isso, inicialmente, a cerca de 170 anos, correspondente à data de que se tem escritos de sua formação e 110 anos de Praianos com base nos relatos da comunidade que referencia o crescimento do Clã, tribo ou Mocambo aonde, Fermino Praiano Ou Fermino da Cruz- vindo das praias- e sua esposa Joana Maria de Jesus – filha de índia das terras do São Caetano – área essa, que tem uma imponente serra e fazenda com mesmo nome (São Caetano). Por isso, até hoje, existem em aqui em Praianos, algumas casas que o endereço é, fazenda São Caetano, terras que limitava com a Fazenda Massapé – hoje pertencente a Fia de Doutor. Dona Iria da serra, senhora que faleceu a cerca de 40 anos com 108 anos de idade, Matriarca do povo da serra, estabelecia o outro clã – já em cima do Morro dos Quatro Pés (onde tem até os dias atuais a minação de Iria, mais um pé de dendê juntos). Passando por onde Anastácio morava – referencia o caldeirão de “Nastácio”- compreendendo ainda, toda extensão pelo Monte da Bela Vista – local de procissão na Semana Santa - Pedra da Cangalha – onde foram jogados arreios-cangalhas pelos jagunços do Capitão do mato José Joaquim de Almeida ou Zé Joaquim como ele é conhecido por aqui, ele e suas crueldades (o desativador do nosso quilombo), o Banheiro, local da boca de seu túnel, o tanque barreiro de Bem vindo – pai de dona Luiza de Horácio – que existe próximo sua casa, que foi habitada por Bem Vindo, Santo Correio e o Capitão Zé de Joaquim. A Capela e o cemitério clandestino (antigos) – são possíveis encontrar, até hoje na superfície, tijolos, cacos de telhas e pedras marcando as covas – se escavado, pode desenterrar ossadas humanas no local. A estrada de boiada, vinda de Jacobina na época do ouro e do estado do Piauí para Feira de Santana – vale o registro que nesse período por aqui era forte a criação de gado – registro notório, para a Fazenda Tamboatá de propriedade atual do prof. Waldir Cerqueira e que na época era de patrimônio e local de moradia de Bernado da Silva – o fundador de Serrinha (L. Coutinho). Continuando os situados acerca das antigas moradias e moradores do Marco Histórico do Quilombo da Flor Roxa, cabe colocar em nota o Clã do Mocambo, que na linguagem quilombola, mocambo, quer dizer Clã, tribo ou povoado – nesse caso, Clã – aonde residiam Os Bertoldos ou “Bertozos” (linguagem local). Uma família “de sambadores”, que junto com as outras pessoas do lugar que também sambavam, faziam Sambas e Canturias de Rodas todos os sábados.
Praianos ganhou destaque com esse nome, à cerca de 110 anos, por volta do ano de 1900, quando os familiares, os parentes e aderentes da família – do Clã dos Praianos - formada pelo casal Fermino Praiano e Joana crescia, representados também pelos oito filhos, do casal, dentre eles Estefania esposa de Aníbal do caldeirão - do povo “dos testas”, Zita esposa de Inocêncio Gonzaga (praiano) – mestre capoeira local (o primeiro),João Corro da baixa, Rufino casado com Chiquinha – o casal dos 32 filhos sem bastardos -, Marcelina esposa de Zé Candido (praiano) do Tinga. Assim eram os praianos,
Clã formada pelo povo vindo das praias, e que influenciou no nome daqui, seguido as regras ordinais para um agrupamento demográfico – primeiro, clã ou tribo, seguido por povoado comunidade – a nossa está nesse nível (é uma comunidade) os Praianos Quilombola como batizei na conclusão da pesquisa que irei citar no parágrafo seguinte -, distrito, município, em fim .
Essas informações, apenas foram possíveis serem registrada, graças à memória brilhante de nosso povo com seus depoimentos de muito valor e clareza de detalhes. Este artigo intitulado, Remanescência Quilombola: A flor roxa que não tombou, tem por objetivo sintetizar e adiantar os achados da pesquisa já citada.
Para entender de onde provem a nomeação flor roxa, designado ao nosso quilombo, é preciso por em nota, fazer menção, a notória presença ao longo das terras e da serra do São Caetano - área histórica deste quilombo - uma espécie peculiar, por isso especial, duma planta que tem flores roxas, e acontece em toda parte deste território, desde os terrenos "bons" aos com grandes "lajedos”, onde a mesma brota em suas fendas (no caso dos lajedos). Além de a planta possuir flores de cor roxa (sugestivos ao nome do Quilombo) vale o registro, de outras curiosas características desse vegetal, que lembra os atributos simbólicos da gente, negros, afro brasileiros - pretos e pretas - e acima de tudo, orgulhosamente quilombola, como: folhas grossas, curtas e arredondadas, de coloração verde-escura (ideal contra a perda de água, que é constante neste semi-árido brasileiro ) existência de leite no caule e diversas batatas em suas raízes (qualidades ótimas para garantir resistência, adaptação e sobrevivência as condições climáticas e as diversas situações do solo local). Com isso, a planta de flor roxa se adequou – se adaptou - muito bem nas terras de São Caetano, sem risco de extinção, por parte das mudanças naturais do clima ou do tempo em nossa região, assim, essa planta não tomba, não morre igual à remanescência quilombola deste lugar, que não tombou e nem tombará jamais. Obrigado Jaqueline Carneiro (estudante de Pedagogia UNEB- Serrinha – {envolvimento com o Quilombo da Flor Roxa}, ela e suas amigas de faculdade fizeram um trabalho de pesquisa em campo sobre o nosso quilombo em meados de 2009) pela dica de citação nesse artigo da planta flor roxa, referente ao nome do quilombo.
Para suas Comemorações Pela Igreja Católica no 3º Tríduo ao Sagrado Coração de Maria 26 a 28-05-10, Padroeira de Praianos.
Por Samuel Pedro
PARTE UMA Comemoração dos 110 anos de Praianos como comunidade e, 170 do Quilombo da Flor Roxa. Para melhor situar o nobre leitor, cai aqui esta afirmação, categórica e de caráter explicativo, Praianos é uma comunidade quilombola. Sua Remanescente é o Quilombo da Flor Roxa. As pessoas que hoje vivem aqui, são parentes dos escravos que outrora fugiram dos cativeiros e nas terras do São Caetano, no município de Serrinha, ergueram o nosso Quilombo da Flor Roxa. Que se “formou na primeira metade do século XIX, com escravos evadidos do Recôncavo baiano e de fazendas da região” (Tasso Franco). ... Foi ali no sopé e no interior da serra que se instalou o Quilombo da Flor Roxa. Escravos evadidos do recôncavo e da região, revoltados pela tirania dos Senhores, rebelaram-se contra a mais humilhante forma de exploração humana, a escravidão... L. Coutinho. Textos integrantes da obra do autor Antonio José de Oliveira, no livro, Principais raízes do nosso povo: o Indígena, o Africano e o Português, de 2004, esses escritos dão notas a historia do Quilombo Flor Roxense, além de outros não menos valiosos trabalhos contendo esse assunto. “Vindo das praias” como é dito por aqui em Praianos – Praiano, que é = alguém que veio das praias. Assim temos cerca de 170 anos de Quilombo da Flor Roxa e 110 anos de Comunidade de Praianos.
O livro o “Quilombo da Flor Roxa: Um olhar sobre a sua remanescência - Praianos”, está sendo escrito por este que ora escreve este artigo, e será produto Principal da Pesquisa de campo sobre Cultura Tradicional Remanescente em Praianos - Raízes Quilombo da Flor Roxa deste ano de 2009, realizada por este mesmo Autor e revelara tudo sobre a possível existência deste Quilombo - sendo estes, fato sem alto grau de contundência, que seja, na memória cultura (compreendendo as manifestações culturais, um belo sistema por sinal, de expressões como Sambas e Canturias de Roda, artesanato, e praticas agrícolas, medicinais, culinárias, e transição de conhecimentos dos mais velhos para os mais novos) e também a memória histórica ( relacionado aos resquícios, fraguimentos, resto ou provas físicas (escombros de ânticas casas com caldeirões que dão nome aos antigos moradores do local, ex. caldeirão de Zé Latão,b e visíveis de construções (o boca do túnel do capitão do mato, o homem que desativou o quilombo e artefatos antigos (tijolos e cacos de telhas) encontrados na área), em seus relatos históricos e com foco prioritário aos registros culturais , por serem dados inéditos e relevantes quando inclusos aos demais conteúdos já existentes a cerca do assunto. Por isso, inicialmente, a cerca de 170 anos, correspondente à data de que se tem escritos de sua formação e 110 anos de Praianos com base nos relatos da comunidade que referencia o crescimento do Clã, tribo ou Mocambo aonde, Fermino Praiano Ou Fermino da Cruz- vindo das praias- e sua esposa Joana Maria de Jesus – filha de índia das terras do São Caetano – área essa, que tem uma imponente serra e fazenda com mesmo nome (São Caetano). Por isso, até hoje, existem em aqui em Praianos, algumas casas que o endereço é, fazenda São Caetano, terras que limitava com a Fazenda Massapé – hoje pertencente a Fia de Doutor. Dona Iria da serra, senhora que faleceu a cerca de 40 anos com 108 anos de idade, Matriarca do povo da serra, estabelecia o outro clã – já em cima do Morro dos Quatro Pés (onde tem até os dias atuais a minação de Iria, mais um pé de dendê juntos). Passando por onde Anastácio morava – referencia o caldeirão de “Nastácio”- compreendendo ainda, toda extensão pelo Monte da Bela Vista – local de procissão na Semana Santa - Pedra da Cangalha – onde foram jogados arreios-cangalhas pelos jagunços do Capitão do mato José Joaquim de Almeida ou Zé Joaquim como ele é conhecido por aqui, ele e suas crueldades (o desativador do nosso quilombo), o Banheiro, local da boca de seu túnel, o tanque barreiro de Bem vindo – pai de dona Luiza de Horácio – que existe próximo sua casa, que foi habitada por Bem Vindo, Santo Correio e o Capitão Zé de Joaquim. A Capela e o cemitério clandestino (antigos) – são possíveis encontrar, até hoje na superfície, tijolos, cacos de telhas e pedras marcando as covas – se escavado, pode desenterrar ossadas humanas no local. A estrada de boiada, vinda de Jacobina na época do ouro e do estado do Piauí para Feira de Santana – vale o registro que nesse período por aqui era forte a criação de gado – registro notório, para a Fazenda Tamboatá de propriedade atual do prof. Waldir Cerqueira e que na época era de patrimônio e local de moradia de Bernado da Silva – o fundador de Serrinha (L. Coutinho). Continuando os situados acerca das antigas moradias e moradores do Marco Histórico do Quilombo da Flor Roxa, cabe colocar em nota o Clã do Mocambo, que na linguagem quilombola, mocambo, quer dizer Clã, tribo ou povoado – nesse caso, Clã – aonde residiam Os Bertoldos ou “Bertozos” (linguagem local). Uma família “de sambadores”, que junto com as outras pessoas do lugar que também sambavam, faziam Sambas e Canturias de Rodas todos os sábados.
Praianos ganhou destaque com esse nome, à cerca de 110 anos, por volta do ano de 1900, quando os familiares, os parentes e aderentes da família – do Clã dos Praianos - formada pelo casal Fermino Praiano e Joana crescia, representados também pelos oito filhos, do casal, dentre eles Estefania esposa de Aníbal do caldeirão - do povo “dos testas”, Zita esposa de Inocêncio Gonzaga (praiano) – mestre capoeira local (o primeiro),João Corro da baixa, Rufino casado com Chiquinha – o casal dos 32 filhos sem bastardos -, Marcelina esposa de Zé Candido (praiano) do Tinga. Assim eram os praianos,
Clã formada pelo povo vindo das praias, e que influenciou no nome daqui, seguido as regras ordinais para um agrupamento demográfico – primeiro, clã ou tribo, seguido por povoado comunidade – a nossa está nesse nível (é uma comunidade) os Praianos Quilombola como batizei na conclusão da pesquisa que irei citar no parágrafo seguinte -, distrito, município, em fim .
Essas informações, apenas foram possíveis serem registrada, graças à memória brilhante de nosso povo com seus depoimentos de muito valor e clareza de detalhes. Este artigo intitulado, Remanescência Quilombola: A flor roxa que não tombou, tem por objetivo sintetizar e adiantar os achados da pesquisa já citada.
Para entender de onde provem a nomeação flor roxa, designado ao nosso quilombo, é preciso por em nota, fazer menção, a notória presença ao longo das terras e da serra do São Caetano - área histórica deste quilombo - uma espécie peculiar, por isso especial, duma planta que tem flores roxas, e acontece em toda parte deste território, desde os terrenos "bons" aos com grandes "lajedos”, onde a mesma brota em suas fendas (no caso dos lajedos). Além de a planta possuir flores de cor roxa (sugestivos ao nome do Quilombo) vale o registro, de outras curiosas características desse vegetal, que lembra os atributos simbólicos da gente, negros, afro brasileiros - pretos e pretas - e acima de tudo, orgulhosamente quilombola, como: folhas grossas, curtas e arredondadas, de coloração verde-escura (ideal contra a perda de água, que é constante neste semi-árido brasileiro ) existência de leite no caule e diversas batatas em suas raízes (qualidades ótimas para garantir resistência, adaptação e sobrevivência as condições climáticas e as diversas situações do solo local). Com isso, a planta de flor roxa se adequou – se adaptou - muito bem nas terras de São Caetano, sem risco de extinção, por parte das mudanças naturais do clima ou do tempo em nossa região, assim, essa planta não tomba, não morre igual à remanescência quilombola deste lugar, que não tombou e nem tombará jamais. Obrigado Jaqueline Carneiro (estudante de Pedagogia UNEB- Serrinha – {envolvimento com o Quilombo da Flor Roxa}, ela e suas amigas de faculdade fizeram um trabalho de pesquisa em campo sobre o nosso quilombo em meados de 2009) pela dica de citação nesse artigo da planta flor roxa, referente ao nome do quilombo.
PARTE DOIS
A nomeação para Praianos começou ser dada para a comunidade por volta de 110 anos atrás – 1900- quando se deram varias idas e vindas, a sua terra natal, onde Fermino Praiano e seus familiares partiam para as “praias como o povo aqui diz” em busca de trabalho – sobretudo uma das idas mais comentadas por aqui, corresponde ao período da seca de 1932 e estão na mente e presente na vida deste povo, equiparados aos indícios e fatos referentes à remanescência quilombola narrados por aqui. E nesses registros. Os Bertoldos, que moravam no Mocambo – lembrando que mocambos são povoados que formavam os quilombos (em referencia atual, seu Piroca) trazem a muito o samba no pé e no gogó, eles juntos com outros sambadores, faziam e fazem à festa, nos sambas de: Reis; Religiosos e outros tipos. Nas vertentes: Brasileirinho; Santa Marença e Martelo ou de Quadra. Tendo Chulas, batuques e voltas como ritmos musicais. Hoje uma senhora conhecida por Adelza, samba com uma garrafa de vidro equilibrada na cabeça, um manifesto do Congo, África. Os Bois Roubados. As Rezas de setembro - destaques para as da casa de Dona Fulozina. As parteiras – a ultima foi Dona Antonia de Miguel (o nosso preto velho) ambos falecidos. Os Marcos Históricos do quilombo como: o cemitério clandestino; o túnel do capitão José Joaquim de Almeida – o homem que desativou este quilombo - , a toca a ele atribuída; a antiga capela e seus dois santos sincretistas; a estrada de boiadeiros e a pedra da Cangalha. Os Atos religiosos matriz. Os Batalhões, estruturados num fascinante calendário anual. A presença marcante do Samba e cantorias de Roda que regia todas as principais ações locais, no passado. A Casa de Farinha, o Terreiro de Feijão e o Canto de Milho. A forma de produção rural. O Raizeiro ou Mesinheiro e as plantas medicinais. As Ciências Naturais e Exatas aplicadas popularmente. As lendas e mitos. A culinária antiga de Praianos. O Linguajar. Os antigos moradores da área histórica quilombola e da atual Praianos: as pessoas marcantes para a povoação dessas terras. Dona Iria à matriarca do povo da serra. Dadinho notório sambador local – famoso – repentista regional e filho da terra. As antigas grandes fazendas locais: a fazenda matriz. Os fatores de contra cultura: catequismo; evangelismo e o êxodo rural. Os eventos de resgate a cultura local, quais, quando e realizados por quem. Realidade e perspectivas para Praianos nos aspectos de desenvolvimentos sócios culturais e econômicos. Relação de Praianos, Formigueiro e Morro Redondo – para além de apenas serem comunidades vizinhas. Os atores do amanhã, dentre outros “achados”. Agora Praianos, destacando o nome de um dos cerca de seis a oito clãs ou mocambos, que estimo que fosse a quantidade dessas povoações existentes no Flor Roxa, dentre elas: O Povo da Serra, Os Praianos, O Mocambo, o São Caetano (correspondente ao exato local do Marco Histórico do quilombo), a Barra do vento ademais. Praiano hoje tem morando na comunidade, 64 famílias ou 4,5 pessoas por família, equivalendo cerca de 290 habitantes.
PARTE TRÊS
A afirmação é verdadeira que muito de nossa cultura está parada no momento. Entretanto, também é bem verdade que muito dessa mesma cultura não morreu, é praticada no dia-a-dia e em atos de resgate. Também, é bem verdade por parte de grande número de nosso povo a vontade de reviver nossos costumes. Tudo muda menos a cultura de uma gente, as formas podem até mudar, porém, o porquê cultuar não muda nunca.
Com base nos registros para historiar este quilombo da Flor Roxa, já se passaram cerca de 170 anos entre a formação e desativação, desse refugio de negros escravos fugidos das senzalas – considerando que o capitão do mato, José Joaquim de Almeida foi expulso pela policia a mando do governo em 1853, fonte T. Franco. Este parece um tempo bastante significativo e longo para um povo ter conseguido levar a diante suas tradições e costumes exposto a todos os tipos de repressões, perseguições e até mesmo preconceitos.
Hoje em dias atuais, resta reviver nossas tradições, para nós praianenses quilombolas, as promoções de eventos de resgate é fundamental, igualmente os de afirmação, de autodefinição e de reconhecimento enquanto remanescente de quilombo, isso deve acontecer dentro de Praianos. Pois nossa cultura remanescente do Quilombo da Flor Roxa não morreu e nem morrerá. A da Pesquisa de campo sobre Cultura Tradicional Remanescente em Praianos - Raízes Quilombo da Flor Roxa, com os entrevistados: Seu Agnelo Gonzaga da Silva – o Benzedor. 81 anos (Praianos); Dona Carmozina Maria Gomes - Agente de Saúde local. 65 anos (Bela Vista); Dona Edelzuita Pereira da Cruz, 55 anos (Praianos); Dona Maria Edite dos Santos – Edite de Piroca. 64 anos (Praianos); Dona Matildes de Jesus Moreira – dona Tidinha. 63 anos (Praianos); Seu Luiz Souza Gomes – Fia de Doutor. 86 anos (Praianos); Seu Pedro Macedo da silva – seu Piroca, sambador. 80 anos (Praianos); Dona Maria de Lourdes Lima – Minha Mãe. 70 anos (Praianos); Seu Mariano Ferreira Gomes – neto de Torquato. 77 anos (Bela Vista); Seu Tomas Gonzaga da Silva, 64 anos (Praianos); Dona Luiza Barbosa de Jesus – Luiza de Horacio e filha de Bem Vindo. 78 anos (Praianos); Dona Euflozina de Jesus – Fulo, a rezadeira. 80 anos (Praianos); Seu Fidelis Néri – neto de Iria da Serra. 80 anos (Praianos); Seu Miguel Marques – seu Guéga, entrevistado em 2002. 80 anos (Praianos) e Valdemar de Aniba (Bela Vista), revelou esses dados e o livro Quilombo da Flor Roxa: Um olhar sobre sua remanescência – Praianos, será um instrumento – guia – para contribuir em registro com a perpetuação dessa rica cultura. Porque igualmente a planta flor roxa que resistiu a tudo, a Remanescência quilombo flor roxense não tombou e nem tombará jamais.
Samuel Pedro
Praianos Quilombola = 25-12-2009/25/05/2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
Remanescência Quilombola: A flor roxa que não tombou.
Praianos é o nome desta comunidade remanescente de quilombolas, seu nome é derivado da palavra praia (nesse
caso a região do recôncavo baiano), possível herdeira do Quilombo da
Flor Roxa, uma vez que entre as pessoas chegadas aqui vindo dess
Praianos
e uma comunidade quilombola remanescente do quilombo da Flor Roxa. O
livro o “Quilombo da Flor Roxa: Um olhar sobre a sua remanescência -
Praianos”, esta sendo escrito por este que ora escreve, e será produto
Principal da Pesquisa de campo sobre Cultura Tradicional Remanescente em
Praianos - Raízes Quilombo da Flor Roxa deste ano de 2009, realizada
por este mesmo Autor e revelara tudo sobre a possível existência deste
Quilombo, em seus relatos históricos e com foco prioritário aos
registros culturais , por serem dados inéditos e relevantes quando
inclusos aos demais conteúdos já existentes a cerca do assunto.
Essas
informações, apenas foram possíveis o registro, graças a memória
brilhante de nosso povo com seus depoimentos de muito valor e clareza de
detalhes. Este artigo intitulado, Remanescência Quilombola: A flor roxa
que não tombou, tem por objetivo sintetizar e adiantar os achados da pesquisa já citada.
Para
entender de onde provem a nomeação flor roxa designado ao nosso
quilombo, e preciso por em nota, a notória presença ao longo das terras e
da serra do São Caetano, a histórica deste quilombo, uma espécie
peculiar, por isso especial de uma planta que tem flores roxas, e
acontece em toda parte deste território, desde os terrenos "bons" aos
com grandes "lajedos”, onde a mesma brota em suas fendas (no caso dos
lajedos). Além de a planta possui flores de cor roxa (sugestivos ao nome
Quilombo da flor roxa) vale o registro, de outras curiosas
características desse vegetal que lembra os atributos quilombola como:
folhas grossas, curtas e arredondadas, de coloração verde-escura (ideal
contra a perda de água) existência de leite no caule e diversas batatas
em suas raízes (qualidades ótimas para garantir resistência, adaptação e
sobrevivência as condições climáticas e situações do solo local). Com
isso, a planta de flor roxa sobrevive muito bem nas terras São Caetano, sem risco de extinção por parte das mudanças naturais
do clima ou do tempo em nossa região , assim , essa planta não tomba ,
não morre , igual a remanescência quilombola que não tombou. Obrigado
Jaqueline pela dica de citação nesse artigo da planta flor roxa,
referente ao nome do quilombo .
O
Quilombo da flor roxa "... formou-se na primeira metade do século XIX a
sudoeste do arraial, em direção do Candeal..." trecho do livro Serrinha
Historia e Estória, 1972, de Tasso Franco "... Foi ali no sopé e no
interior da serra que se instalou o Quilombo da Flor Roxa. Escravos
evadidos do recôncavo e da região, revoltados pela tirania dos Senhores,
rebelaram-se contra a mais humilhante forma de exploração huma
a
região, como narrou o nobre escritor Lafayete Coutinho (trecho este
devidamente transcrito nesse artigo), para a formação do Quilombo da
Flor Roxa, corresponde a essa região por ele descrita. As pessoas com
origens praianas que temos registros são: Fermino da Cruz – Fermino
Praiano e José Candido, vindos de Oriçangas e Inocêncio Gonzaga (o
capoeirista primeiro em Praianos), vindo de Oriçangas. Aqui, o local
ainda se chamava apenas de São Caetano, quando Fermino da Cruz casou-se
com Joana Maria de Jesus, nascida nas terras do São Caetano, José
Cândido casou com Marcelina Maria de Jesus e, Rita Maria de Jesus (essas
mulheres filhas do casal Fermino Praiano e Joana Mª de Jesus), casou-se
com Inocêncio Gonzaga.
E
nesses registros. Os Bertoldos (em referencia atual, seu Piroca) trazem
a muito o samba no pé e no gogó, eles juntos com outros sambadores, faziam e fazem à festa, nos sambas de: Reis; Religiosos e outros tipos. Nas vertentes: Brasileirinho; Santa Marença e Martelo ou de Quadra.
Tendo Chulas, batuques e voltas como ritmos musicais. Hoje uma senhora
conhecida por Adelza, samba com uma garrafa de vidro equilibrada na
cabeça, um manifesto do Congo, África. Os Bois Roubados. As Rezas de
setembro - destaques para as da casa de Dona Fulozina. As parteiras – a
ultima foi Dona Antonia de Miguel (o nosso preto velho) ambos falecidos.
Os Marcos Históricos do quilombo como: o
cemitério clandestino; o túnel do capitão José Joaquim de Almeida – o
homem que desativou este quilombo - , a toca a ele atribuída; a antiga
capela e seus dois santos sincretistas; a estrada de boiadeiros e a
pedra da Cangalha. Os Atos religiosos matriz. Os Batalhões ,
estruturados num fascinante calendário anual. A presença marcante do
Samba e cantorias de Roda que regia todas as principais ações locais, no
passado. A Casa de Farinha, o Terreiro de Feijão e o Canto de Milho. A
forma de produção rural. O Raizeiro ou Mezinheiro e as plantas
medicinais. As Ciências Naturais e Exatas aplicadas popularmente. As
lendas e mitos. A culinária antiga de Praianos. O Linguajar. Os antigos
moradores da área histórica quilombola e da atual Praianos: as pessoas
marcantes para a povoação dessas terras. Dona Iria à matriarca do povo
da serra. Dadinho notório sambador local – famoso – repentista regional e
filho da terra. As antigas grandes fazendas locais: a fazenda matriz.
Os fatores de contra cultura: catequismo; evangelismo e o êxodo rural.
Os eventos de resgate a cultura local, quais, quando e realizados por
quem. Realidade e perspectivas para Praianos nos aspectos de
desenvolvimentos sócios culturais e econômicos. Relação de Praianos,
Formigueiro e Morro Redondo – para além de apenas serem comunidades
vizinhas. Os atores do amanhã, dentre outros “achados”.
A
afirmação é verdadeira que muito de nossa cultura está parada no
momento. Entretanto, também é bem verdade que muito dessa mesma cultura
não morreu, é praticada no dia-a-dia e em atos de resgate. Também, é bem
verdade por parte de grande número de nosso povo a vontade de reviver
nossos costumes. Tudo muda menos a cultura de uma gente, as formas podem
até mudar, porém, o porquê cultuar não muda nunca.
Com
base nos registros para historiar este quilombo da Flor Roxa, já se
passaram cerca de 160 anos entre a formação e desativação, desse refugio
de negros escravos fugidos das senzalas. Este parece um tempo bastante
significativo e longo para um povo ter conseguido levar a diante suas
tradições e costumes exposto a todos os tipos de repressões,
perseguições e até mesmo preconceitos.
Hoje
em dias atuais, resta reviver nossas tradições, para nós praianenses
quilombolas, as promoções de eventos de resgate é fundamental,
igualmente os de afirmação, de autodefinição e de reconhecimento
enquanto remanescente de quilombo, isso deve acontecer dentro de
Praianos. Pois nossa cultura remanescente do Quilombo da Flor Roxa não
morreu e nem morrerá. A da Pesquisa de campo sobre Cultura Tradicional Remanescente em Praianos - Raízes Quilombo da Flor Roxa, com os entrevistados: Seu
Agnelo Gonzaga da Silva – o Benzedor. 81 anos (Praianos); Dona
Carmozina Maria Gomes- Agente de Saúde local. 65 anos (Bela Vista); Dona
Edelzuita Pereira da Cruz, 55 anos (Praianos); Dona Maria Edite dos
Santos – Edite de Piroca. 64 anos (Praianos);Dona Matildes de Jesus
Moreira – dona Tidinha. 63 anos (Praianos);
Seu Luiz Souza Gomes – Fia de Doutor. 86 anos (Praianos); Seu Pedro
Macedo da silva – seu Piroca, sambador. 80 anos (Praianos); Dona Maria
de Lourdes Lima – Minha Mãe. 70 anos (Praianos); Seu Mariano Ferreira
Gomes – neto de Torquato. 77 anos (Bela Vista); Seu Tomas Gonzaga da
Silva, 64 anos (Praianos); Dona Luiza Barbosa de Jesus – Luiza de
Horacio e filha de Bem Vindo. 78 anos (Praianos); Dona Euflozina de
Jesus – Fulo, a rezadeira. 80 anos (Praianos); Seu Fidelis Néri – neto
de Iria da Serra. 80 anos (Praianos); Seu Miguél Marques – seu Guega,
entrevistado em 2002. 80 anos (Praianos) e Valdemar de Aniba (Bela
Vista), revelou esses dados e o livro Quilombo da Flor Roxa: Um olhar sobre a sua remanescência – Praianos, será um instrumento – guia – para
contribuir em registro com a perpetuação dessa rica cultura. Porque
igualmente a planta flor roxa que resistiu a tudo, a Remanescência
quilombo flor roxense não tombou e nem tombará jamais.
Samuel Pedro
Praianos - Quilombola = 25-12-2009
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Os Quilombos sempre estiveram ativos na sociedade revela Ensaio
Nada de novo pois, para nós quilombolas, sendo Zumbi um dos 12 construtores do Brasil.
Alegremo-nos mesmo com a devida precaução, o fato de a Casa Grande reconhecer, embora tardia o que a muito, todo quilombola que bem sabe viver a sua Quilombogia, ver mais em
O breve ensaio acrescenta um capítulo na história do campesinato negro do Brasil, tema que passou a ser objeto de estudo a partir dos anos 1980.
Doutor em história social do trabalho pela Unicamp, Flávio dos Santos Gomes contesta a visão de que os quilombos e mocambos se isolaram da sociedade.
Tais comunidades, argumenta o autor, proliferavam mais do que em outras
áreas escravistas das Américas exatamente devido à sua "capacidade de
articulação com as lógicas econômicas das regiões onde se
estabeleceram".
A obra relata como as atuais comunidades remanescentes de quilombos participam do debate sobre a reforma agrária e, apropriadas pela militância, se tornaram símbolos étnicos no combate ao racismo.
Nos anexos, há uma lista, útil para estudiosos, com mais de 5 mil comunidades reconhecidas no Brasil. (OSCAR PILAGALLO)
Publicada por
samuel pedro lima da silva
à(s)
08:07:00
Alegremo-nos mesmo com a devida precaução, o fato de a Casa Grande reconhecer, embora tardia o que a muito, todo quilombola que bem sabe viver a sua Quilombogia, ver mais em
O Que E Quilombogia? O CONCEITO de Uma NOVA MATÉRIA ACADEMICA!
vem a séculos provando, sempre com muita resistência, mesmo que em detrimento de esta as esquerda, as margens e a contramão que afirmam masoquistas intelectuais.
Agora o Sou Quilombola e Vivo Minha Quilombogia, reproduz conteúdo extraído da Folha.
Ensaio contesta visão de que quilombos se isolaram da sociedade
MOCAMBOS E QUILOMBOSO breve ensaio acrescenta um capítulo na história do campesinato negro do Brasil, tema que passou a ser objeto de estudo a partir dos anos 1980.
Doutor em história social do trabalho pela Unicamp, Flávio dos Santos Gomes contesta a visão de que os quilombos e mocambos se isolaram da sociedade.
Divulgação |
Capa de "Mocambos e Quilombos" |
estabeleceram".
A obra relata como as atuais comunidades remanescentes de quilombos participam do debate sobre a reforma agrária e, apropriadas pela militância, se tornaram símbolos étnicos no combate ao racismo.
Nos anexos, há uma lista, útil para estudiosos, com mais de 5 mil comunidades reconhecidas no Brasil. (OSCAR PILAGALLO)
BRAZ VELLOSO
QUANTO: R$ 34,90 (340 págs.)
AUTOR: Flávio dos Santos Gomes
EDITORA: Claro Enigma
Do blog Sou Quilombola e Vivo Minha Quilombogia, com informações da Folha.